Em ano do 1º. aniversário do Blog Btt-Albi, criado pelo amigo João Afonso, resolveu este e em boa hora, comemorar com um belíssimo Raid por terras distantes e diversas das que habitualmente estamos habituados a pedalar.
Um raid simples e bem intencionado que nos levou lá para os lados da Mó, Dáspera, Sesmo e Pomar, zonas de beleza impar e trilhos acidentados que nos proporcionaram um dia pleno de aventura e boa disposição.
Responderam à chamada seis companheiros, Eu AC, o Mike, o Filipe, o Luís Dias, o João Caetano e o Nuno Eusébio, cuja cultura betêtistica começa já a ser encarada de forma mais lúdica e para quem este tipo de evento se torna enriquecedor do espírito e da alma em plena comunhão com a natureza, sem "ses" ou outros interesses, mais ou menos mesquinhos, que não a aventura e a descoberta de novos e amplos horizontes.
Foi ponto de encontro a Quinta Dr. Beirão, junto às instalações da IPERDEL e de onde partiram os sete aventureiros montados nas suas diversificadas bikes em direcção a zonas totalmente desconhecidas para uns e parcialmente para outros.
Pelas 08h15 já rumávamos às Benquerenças, onde estava destinada a primeira paragem para a dose matinal de cafeína.
Com passagem pela sempre bonita e melancólica aldeia abandonada de Benquerenças Velhas, chegámos à Foz da Líria, onde esta ribeira expande as suas águas no Rio da Ocreza, um local bonito e acolhedor, onde chegámos a alta velocidade.
Uma pequena paragem para um par de fotos e iniciámos a longa subida para os Calvos e sempre em trilhos maravilhosos, contornámos as Teixugueiras e cruzámos a Lomba Chã para chegarmos ao Monte Gordo e nos deliciarmos com um par de single tracks que nos encheram de adrenalina.
Sempre em alegre brincadeira e contando histórias e historietas, lá fomos em direcção a um dos mais bonitos locais do percurso que o amigo João Afonso nos reservara neste seu raid, a bonita Praia Fluvial da Couca, ou Baía com o mesmo nome, se assim lhe quiserem chamar.
Depois de nos deliciarmos com aquela paisagem espectacular, havia que atravessar o Rio Alvito, e se uns mais ousados o tentaram atravessar montados, apena um o conseguindo, o Filipe, claro, outros descalçaram o sapatinho para efectuar tal travessia. . . depois, seguiu-se um momento onde enquanto uns se calçavam e mordiam uma das barritas energéticas para repor hidratos, outros registavam o local nas suas digitais e apreciavam de forma mais profunda a beleza do local.
Do outro lado do rio era a Aldeia da Cerejeira, onde os Joões. eh eh eh . . . conheciam um dos dirigentes do colectividade local e através dum familiar ainda o tentaram acordar, mas a "criatura" ainda dormia profundamente quase às 12h, presumivelmente ainda envolto em núvens criadas pelo "Deus Baco".
Da Cerejeira iniciámos uma longa e suave subida para a Mó, com paragem sensivelmente ao meio para apreciarmos o bonito e inóspito lugarejo da Cova do Alvito, alojada num local recôndito e em plena recuperação e onde o verdadeiro xisto impera. Bonito, sim senhor!!!
Depois do breve descanso lá continuámos em direcção à Mó, onde viemos a ser contemplados com mais um espectacular single track.
Até à Dáspera foi sempre a subir suavemente, mas a partir daqui e até ao alto da serra, ufff!!!, que trabalheira, mas foi espectacular e então a visão daquele vasto e espectacular horizonte, foi soberbo. Ao entrar no asfalto da estrada que vem do Sesmo, esperava-nos outro tipo de surpresa, não só para a vista, mas essencialmente para o palato.
O João reservara-nos um abastecimento palaciano, onde nada faltava, desde febras grelhadas, ao frango assado, bolo caseiro e frutas, não esquecendo as bebidas frescas e com as famosas "sagrespan", claro. E como estamos em época de Páscoa, até amendoas havia para adoçar a boca. E esta, heim!!!. (Ó João se te pões a dar comida desta maneira, nos próximos raides arranjas um autocarro de malta, nem que seja só para comer. eh eh eh!!!)
Com os estômagos menos flácidos, derivados às iguarias do João, descemos para o Sesmo, onde ladeámos a ribeira durante algum tempo, com passagem na Praia Fluvial, agora com rumo ao Pomar, alguns kms mais à frente.
Agora em terrenos com orografia mais diversa, chegámos às Azenhas de Cima onde efectuámos nova paragem para tomar nova dose de cafeína.
Num bonito trilho sempre a ladear a ribeira, passámos as povoações de Monte Goula, Gatas e Rapoula até chegarmos às Azenhas de Baixo, onde tivemos que "trepar" por trajecto diferente do inicialmente traçado, pois este simplesmente tinha desaparecido pela passagem das "aivecas" duma qualquer máquina industrial, quando por ali plantou o néo eucaliptal.
Já no alto e onde a zona de planície nos era mais favorável, pedalávamos até um dos locais préviamente programados, a Malhada do Cervo, onde o Luís Dias se entretém na reconstrução de uma casa de xisto, quase pronta e desta vez levava a chave. eh eh eh!!!
Depois de apreciarmos aquele aprazível lugar, onde a calma e tranquilidade devem ser o apanágio, bebemos uma "bjecazinha" e mordiscámos um "esquecido", "ou "broa de mel", nuns minutos de descanso passivo.
Já em derradeira etapa, rumámos à Serrasqueira, que contornámos e entrámos no estradão sempre em descida até à bela Praia Fluvial do Muro, a precisar de uma mãozinha amiga que lhe restitua um pouco da pujança de outros anos.
Por trilhos já sobejamente conhecidos direccionámo-nos ao Palvarinho, que passámos a norte, para os lados das bombas de combustível, para entrarmos nuns bonitos trilhos que pelas Quintas de Valverde nos conduziram ao novo estradão asfaltado que serve o Santuário e com ligação ao Juncal.
Junto à Quinta da Maçana despedí-me da restante malta que seguia para o outro extremo da cidade e na companhia do Filipe e do Mike, rumámos à Pires Marques, onde cheguei pelas 16h45 com 101 kms percorridos num belo dia pleno de btt e aventura, acompanhando amigos e partilhando da camaradagem e companheirismo, num raid para mais tarde recordar.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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1 abraÇo.