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"Volta vadia de bicicleta por Belver e Alamal"

"Andar de bicicleta faz com que percebamos detalhes nunca antes percebidos por nós."
(Jâneo Bigo)
Aproveitando uma folga do amigo Jorge Varetas e da sua excelente companhia, fomos dar uma volta vadia em modo cicloturistico  pela zona de Belver e Praia Fluvial do Alamal.
Com o ponto de encontro marcado para as 07h00 junto à minha garagem, partimos de carro para Vila Velha de Rodão, o local de partida e chegada desta nossa pequena aventura velocipédica.
Depois do cafezinho e tudo o restante a que tínhamos direito, (salgadinhos) fizemo-nos à estrada subindo a Alvaiade por Gavião de Rodão e Tavila.
Descemos ao Perdigão e à Ponte sobre o Rio Ocresa, ainda com um bom caudal e subimos ao Vale da Mua, onde viramos à esquerda em direção a São Pedro do Esteval, com passagem por Peral, Monte Fundeiro, Lameira da Ordem e Redonda.
Em São Pedro paramos no café das bombas para saborear uma "pretinha nortenha" (superbock) e assim evitar um pouco o aumento da temperatura corporal.
A manhã estava com uma temperatura amena e convidativa para dar umas boas pedaladas que,  aliada à ausência de tráfego automóvel e agradável panorama paisagístico, criava uma boa sensação de bem estar e prazer, na prática deste gratificante desporto lúdico.
Seguimos depois para a Ladeira, onde o Jorge aproveitou para encher o bidon com água da fonte das termas, aconselhada para o "reumático lambão e bicos de papagaio africano".
Passamos Venda Nova, Envendos, Vale do Coelho, Domingos da Vinha, Arriachas, Cimeira e Fundeira e descemos à bela Vila de Belver.
Na descida à vila, é surpreendente aquela imagem do castelo, no cimo de um monte e com a sua forma circular, que sobressai como o anjo da guarda do casario que está a seus pés.
É também um fantástico miradouro para o Rio Tejo que está a seus pés.
Fizemos uma paragem no quiosque do jardim junto à igreja matriz, para mais uma "pretinha" fresca e dois dedos de conversa.
Abandonamos aquele agradável local e descemos à ponte sobre o Rio Tejo, que quebra um pouco aquele ambiente natural, assim como a linha do comboio da Beira Baixa, que aqui tem um percurso lindíssimo até às Portas de Rodão.
Pena a paisagem nesta altura ser um pouco desoladora, por toda a área ter sido consumida por incêndios.
Logo à saída da ponte e fazendo juz ao nosso espírito aventureiro, resolvemos ir até à bela Praia Fluvial do Alamal, pedalando pelo seu idílico passadiço, que acompanha o Rio Tejo, com uma visão constante sobre o altaneiro Castelo de Belver.
Foi um momento mais intenso, a passagem pelo passadiço, recentemente reconstruído e de beleza impar, onde as nossas digitais dispararam a torto e a direito.
Pouco depois, chegamos à Praia Fluvial do Alamal, em pleno Rio Tejo e que ali separa o Alentejo da Beira Baixa.
É seguramente uma reserva natural de acalmia e tranquilidade.
Com uma paisagem natural deslumbrante e inserida na Rede Ecológica Nacional,  esta bonita praia, de beleza incontornável, onde o verde das árvores contrasta com o tom amarelado do areal, é bem convidativa à preguiça e ao descanso.
E a preguiça, também ela aliada à necessidade de algum descanso, foi nossa conselheira e ali nos sentámos numa castiça mesa de madeira a apreciar aquela singela paisagem, enquanto nos saciávamos com uma refrescante "somersby" aguardando pela suculenta sandocha, uma bela bifana, que nos caiu que nem ginjas.
A preguiça aconselhava-nos a ficar por ali e a subidinha que nos esperava para sair daquele local era sua aliada, mas, a necessidade de chegar a casa e ainda os bons kms que tínhamos pela frente, ativaram-nos  bom senso e, mais uma vez nos fizemos à estrada em direção ao Gavião, que cruzamos para enfrentar a monotonia das grandes retas até Arez, onde mais uma vez paramos para uma "bjeca" fresquinha, agora já num formato mais adulto, pois a "máquina" já levava algum aquecimento.
Até Nisa foi um instantinho e rodar até Vila Velha de Rodão, o local de partida, também não foi difícil, mas mais fácil, foi saborear a última "bjeca" na esplanada da Bolaria Rodense e dar por encerrada esta nossa aventura, ao meu jeito de volta vadia, ficando ainda a promessa de novas aventuras neste formato puramente cicloturista, quando a oportunidade surgir.
Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté
AC

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