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"Uma visita ao Parque Natural da Serra D'Aires e Candeeiros"

"Pior que não terminar uma viagem é nunca partir." (Amyr Klink)
Para hoje havia a espectativa de um belo dia solarengo . . .e assim foi!
levantei-me cedo, tomei a primeira refeição do dia calmamente e depois de vestir a fatiota da mota, fui ter com ela á garagem.
Tinha planeado ir fazer uma pequena visita ao Parque Natural da Serra D'Aires e Candeeiros, donde tão belas recordações tenho de alguns belos passeios de btt e até algumas caminhadas.
Pelas 10h00 já estava de visita aos "velhotes" no pequeno lugarejo de Robalo ali para os lados da Amêndoa - Vila de Rei.
Pus a conversa em dia e depois da despedida, segui em direção à N2, que segui até Abrantes.
A manhã estava esplêndida e apetecível para o mototurismo.
Segui para Constância, onde parei junto ao rio para uma pequena visita. É uma bonita vila aninhada entre os Rios Tejo e Zêzere e também apelidada de "Vila Poema" por nela ter residido o grande poeta Luís de Camões, que nela se terá inspirado para alguma das suas obras.
Cruzei a ponte sobre o Rio Zêzere e segui para Almourol, com nova paragem mesmo defronte do enigmático castelo, sitiado numa ilhota mesmo no meio do Rio Tejo, considerado um dos monumentos mais enigmáticos da reconquista cristã.
Depois da foto da praxe, voltei à estrada, agora rumo ao PNSAC, com passagem por Tancos, Vila Nova da Barquinha, Entroncamento, Torres Novas, Zibreira e Minde, já em pleno parque, onde parei para um belo almocinho numa tasquinha local, Um cozidinho à portuguesa à moda antiga.
Já de papinho cheio e com vontade de andar de mota, subi à Serra de Santo António para ver a impressionante Polje de Minde, uma vasta lagoa que se cria na Serra de Aires e Candeeiros, quando as condições de pluviosidade excedem os valores considerados normais e os terrenos atingem um nível tal de saturação, que não lhes permite absorver a água.
Um fenómeno raro, de grande interesse cientifico, constitui, igualmente, um fenómeno natural de invulgar beleza.
Por bonitas estradinhas panorâmicas e sem praticamente trânsito, cruzei aquele bonito parque, onde não ficamos indiferentes ao fascínio das suas grutas, os secretos algares, as dolinas e poljes, os canhões cársicos e os campos de lapiás. São manifestações naturais que nos surpreendem pela sua invulgaridade e se multiplicam nesta serra de suaves recortes.
É o mundo do silêncio. É o mundo das profundezas. É o mundo das insólitas formações rochosas. É também o mundo onde a água se esconde nas entranhas do mundo.
Por ali deambulei, pelo Vale Florido, Vale da Trave, Pé de Pedreira, Valverde, Vale de Ventos Arrimal, Bezerra, Serro Ventoso, Porto de Mós, Alcaria, Alvados e Mira D'Aire, não esquecendo a bonita Costa de Alvados, a Fórnea e o Serro Ventoso.
A tarde já ia a meio e era hora de regressar, pelo que rumei a Fátima e Ourém, apanhando mais à frente o IC9, que segui até Tomar.
Passei por Ferreira do Zêzere, Vale Serrão e Cernache, parando na Sertã para uma pequena visita ao meu irmão Luís e um lanchinho para o resto da viagem.
Com um até á próxima, segui para o IC8, por onde circulei até à A23 e IP2, chegando a Castelo Branco ao final do dia, com a barriguinha cheia de bons momentos, com a alma renovada e limpa das maleitas do quotidiano.

Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, fora dela ou por aí.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté.

AC

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