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"Foz do Rio Ponsul"

Ontem, quarta feira, na companhia do meu amigo Filipe fomos dar mais uma das nossas voltinhas semanais, uma espécie de peregrinação por terras beirãs, um vício saudável já com alguns anos de existência.
Saímos pouco depois das 08h da Pires Marques, um dos primeiros "berços" do Btt cá da urbe, com o pensamento naquele belo recanto junto à fronteiriça aldeia de Monte Fidalgo.
Pisando os velhos trilhos que serviram a última Maratona de Castelo Branco, que morreu bastante jovem, apenas com dois anos de idade e quando começava a entrar na "Ribalta do Btt", chegámos à estrada de ligação que passa por Alfrívida, abandonando aqueles trilhos, rumando agora em direcção à Sra dos Remédios, local de culto e romaria das gentes daquela aldeia beirã.
Por rápidos estradões chegámos às imediações de Monte Fidalgo e junto ao campo de jogos, virámos à esquerda em direção à margem esquerda do Rio Tejo, para pouco depois chegarmos áquela abrupta margem, onde lá bem no fundo o Rio Ponsul despeja as suas águas no internacional Rio Tejo, agora em tons esverdeados, derivado às microalgas que se acumulam nesta altura do ano e até que cheguem as primeiras chuvadas.
Por alí nos mantivémos algum tempo, quase que em meditação, olhando aquelas longinquas paisagens e o entrecortado do rio cujas águas alí são travadas pela barragem de Cedillo, bem à nossa frente.
Divertímo-nos um pouco no estreito single que dá acesso à velha e abandonada casa da Guarda e subimos desta vez ao Monte Fidalgo, continuando agora em direcção a Vale Pousadas em busca duma bebida fresca e uma sombra para arrefecer a "máquina".
Se até ali não houve dificuldades de maior, dalí em diante a coisa ia piar mais fino, pois esperava-nos a temida, para alguns, ladeira de S. Gens.
Ladeámos os Cebolais de Baixo e entrámos no Retaxo pelo recinto da Sra da Guia e após pedalarmos por umas pitorescas ruelas naquela povoação, subimos às Olelas por um trilho que eu gosto bastante e que já começa a ter alguma projecção na comunidade betêtista cá do burgo.
Descemos pela parte mais fácil e após algum asfalto até à ponte sobre a linha férrea, acompanhámo-la até à cidade, onde chegámos pelas 12h . . . hora ideal para uma relaxante paragem no bar da Associação do Valongo para uma bjeca fresquinha e uns tremoçinhos XL. Depois foi o regresso a casa para o retemperador banhinho e o almoço bem merecido após 63 kms de curtidas pedaladas, numa manhã onde o calor era Rei!!!

Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC

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