Avançar para o conteúdo principal

"Transpirenaica # Argelés-Sur-Mer > Mont Louis"

DIA 03 Set.
1ª. Etapa
Argelés-Sur-Mer - Mont Louis.
Após 1400 de carro, cheguei finalmente a Argelés-Sur-Mer.
Tinha previsto fazer a viagem em dois dias, 1 e 2, mas com a preciosa ajuda da minha filha Ana Rita que me foi revezando ao volante, decidimos concretizar a viagem num só dia, chegando ao destino, o pacato Hotel Astória.
depois do check in arrumámos a tralha no quarto e fomos em busca de alimento, e sorte a minha, a menos de cem metros do hotel descubro a Pizzeria Kemia, onde atestei durante dois dia os depósitos energéticos com spaghetti e tagliatteli à bolognaise.
No dia 3, finalmente a primeira etapa com destino a Mont Louis, que iniciei pelas 09h20, após um belíssimo pequeno almoço de buffet ainda no hotel.
O tempo estava inicialmente agradável, vindo a piorar ao longo do dia com um aumento brusco da temperatura que me dificultou bastante a segunda parte do percurso e a mais complicada.
Foi uma etapa em que os primeiros 90 kms não apresentaram grande dificuldade, apesar de algumas passagens de montanha, mas curtas e com inclinação suave, havendo apenas a destacar o Col de Xatard e o Col de Fourtou.
A nível paisagístico, a beleza é constante, ou não estivesse nos Pirinéus, mas ainda um pouco afastado das altas montanhas, porém gostei bastante de pedalar por algumas estradinhas panorâmicas e bastante curvilíneas, quase sempre acompanhadas por rios que ladeavam a estrada, ou vice versa.
Na Subida ao Col du Xatard e após ter passado alguns companheiros do pedal, encontrei um outro companheiro que ía de btt, na pequena aldeia de Taulis e com quem meti conversa.
Chamava-se Alex e acompanhou-me durante cerca de meia dúzia de kms, até que nos despedimos lá no alto, com um au revoir e bonne journèe.
Após a descida em estrada estreitinha e com mau piso, onde até tinha dificuldade em me cruzar com as autocaravanas, cheguei a Bouleternére, onde entrei na N116, que me levou a Mont Louis.
Já com melhor piso e em estrada mais larga, lá fui galgando kms sempre em constante sobe e desce, apesar de não ser muito pronunciado, até que à passagem pela bonita Cidadela de Villefranche de Conflent, dei início a longa e penosa subida de cerca de 30 kms até à também Cidadela de Mont Louis, ambas muralhadas e bem preservadas no seu estilo medieval e ambas consideradas património Mundial pela UNESCO.
Foi uma dolorosa subida que nunca mais acabava e num quase constante serpentear, com pendentes entre os 4% e os 7% e com os últimos 300 metros a 10%.
Foi um alívio quando avistei a porta de entrada para o interior da cidadela e depressa cheguei ao Hotel Clos Cerdain, bastante cansado e um pouco desidratado derivado à alta temperatura que se fez sentir e que me fez mossa durante a interminável subida, com 134 kms pedalados por bonitas estradas e explendorosas paisagens.
Mas a primeira etapa foi concluída com êxito e após um bom banho e um merecido descanso, estarei certamente preparado para a segunda etapa, que me levará a Tarascon-Sur-Ariége, já à entrada da verdadeira montanha.
Aproveitei o facto de haver Net no Hotel em Montory, onde estou alojado, no final da 5ª. Etapa para avançar um pouco com o relato desta aventura.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos,
ou quem sabe, no asfalto.
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Passeio de Mota à Serra da Lousã"

"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." (Albert Einstein) Dia apetecível para andar de mota, com algum vento trapalhão durante a manhã, mas que em nada beliscou este esplêndido dia de passeio co amigos. Com concentração marcada para as 08h30 na Padaria do Montalvão, apareceram o José Correia, Rafa Riscado, Carlos Marques e Paulo Santos. Depois do cafezinho tomado acompanhado de dois dedos de conversa, fizemo-nos à estrada, rumo a Pampilhosa da Serra, onde estava programada a primeira paragem. Estacionamos as motas no estacionamento do Pavilhão Municipal e demos um pequeno giro pelo Jardim da Praça do Regionalismo e Praia Fluvial, indo depois comer algo à pastelaria padaria no beco defronte do jardim Abandonamos aquela bonita vila, não sem antes efetuarmos uma pequena paragem no Miradouro do Calvário, com uma ampla visão sobre aquela vila tipicamente serra, cruzada pel