Hoje, na companhia do Pedro Barroca, resolvi revisitar a bonita Aldeia de Xisto de Martim Branco.
Saímos da Pires Marques pouco depois das 08h e rumámos à Pedra da Légua, onde virámos à esquerda agora em direcção às Qtas de Valverde, por trilhos já sobejamente conhecidos.
Chegados ao Freixial do Campo, a primeira aldeia da nossa rota de hoje, parámos no já fechado Café Amazonas para tomar uma bebida fresca.
O dono, sempre que por alí se encontra, abre o ex- estabelecimento, para servir a rapaziada, pois mantém o café apenas para familiares e alguns amigos.
Depois de algum tempo de conversa animada, voltámos aos trilhos, descendo a adrenalínica descida para o Vale Sando, seguindo-se uma estafante subida, com três secções de parede, onde a avózinha "rangeu" durante algum tempo até chegarmos ao alto da subida do Barbaído, também ela a fazer "inchar o peito" quando por alí passo com a asfáltica.
Seguiu-se uma secção de estradão poeirento, para seguidamente, em nova viragem à esquerda, nos divertirmos numa longa descida entre pinhal e eucaliptal, até ao Vale que nos levou até às proximidades de Martim Branco.
Contornado o Arraial, entrámos numa pequena secção de single track que nos levou ao PR da Rota dos Moinhos.
Entrámos então na aldeia, pela sua ruela mais pitoresca, agora em obras de restauro.
Por alí nos entretivemos a espreitar aqui e ali e rumámos ao Chão da Vã, a terceira aldeia do nosso percurso de hoje,
Subimos à Esteveira e apanhámos o trilhos que nos levou à aldeia, onde chegámos numa descida rápida, acordando todos os canídeos da povoação, que nos receberam com uma recepção bem "ladrada".
Com a única tasca da aldeia fechada, restava-nos as três fontes públicas, mas as primeiras duas estavam fechadas e a última, mesmo à saída da aldeia, obrigou-nos a apenas molhar a boca, pois o sabor da água não foi lá muito do nosso agrado.
Passámos o Rio Tripeiro e sobre a nossa direita, rumámos ao Salgueiro do Campo, a quarta aldeia, onde pensámos refrescar-nos e mudar a água aos camelbag's. Mas ao chegarmos à aldeia, pelo lado do Campo de Futebol, resolvêmos continuar até ao Palvarinho, pois para ir até ao café e voltar aos trilhos, era quase a mesma distância até ao Palvarinho.
No Café da Iria, assim conhecido hà muitos anos, refrescámo-nos com uma bebida fresca e mais abaixo, na fonte junto à igreja, mudámos a água aos camelbag's.
Sempre a descer, rápidamente chegámos à Ponte de Ferro. Mas a partir daí, deu-se exactamente o inverso e arfámos penosamente, debaixo de temperaturas a rondar os 38 graus, até ao Rouxinol, onde numa pequena secção de asfalto, estabilizámos as pulsações.
Seguiram-se depois uns divertidos trilhos pelo Cabeço da Barreira, com umas secções de singles bastante divertidas, até chegarmos à ponte superior sobre a A23, para já restabelecidos, pedalarmos calmamente até à cidade, onde entrámos pela Cova do Gato, com 60 "curtidos" kms, sempre em amena conversa e apreciando um ou outro recanto de singela beleza, que faziam parte do nosso percurso de hoje.
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No próximo domingo, na companhia de alguns amigos, vou reviver a Rota do Mineiro, com trilhos de rara beleza, longos e adrenalínicos single tracks, acompanhando durante largos kms o bonito e curvilíneo Rio Zêzere, onde no final, as nossas famílias nos esperam com um "farnel" à antiga, na Praia Fluvial de Janeiro de Baixo, onde passaremos o resto do dia.
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Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles.
AC
Comentários
Há uma explicação; à medida que vou lendo e vendo as fotografias é como se lá estivesse, ou seja, faço o passeio virtualmente, e assim mato as saudades.
Um grande abraço
Silvério
P.S. Ah! No domingo divirtam-se. Eu, como mais uma vez não vou poder participar, espero na 2ª feira fazer o meu passeio virtual ao ler/ver a reportagem.
Em boa hora conheci o seu blog, pois costumo ir, com alguma frequência, passar uns dias a C.^Branco, e conheço alguns dos locais que aqui descreveu.
É uma delícia percorrer estes trilhos, mesmo que virtualmente,aliás, como comentou o sr Silvério.
Também gosto muito de BTT , embora nao o pratique com regularidade.. admiro a vossa capacidade de percorrer 60 km no tipo de relevo referenciado!
cumprimentos e boas escritas neste blog!
Pedro JOão