Hoje fui para o campo na companhia do Sandro Gama.
Quando logo pela manhã espreitei pela janela, não se via um palmo à frente do olho. É só em redor da cidade. . .pensei eu!!!
Enganei-me redondamente, pois saí da cidade com nevoeiro cerrado e cheguei a casa com a cidade ainda envolta em neblina. Um passeio diferente e com uma beleza quase fantasmagórica nalgumas zonas por onde passamos.
saímos da cidade pelas 08h00 e seguimos para a Atacanha, onde fletimos à esquerda para mais á frente cruzarmos a N.18 para o Couto do Vaz Preto.
Entrámos depois na M.551 que seguimos até à passagem da ponte sobre o Rio Ocreza, onde seguimos para a Barroca das Virtudes.
Com o azimute virado ao Juncal do Campo, ziguezagueamos pelos bonito Vale da Garzinda, Tapada do Mouco e Fonte do Ferro antes de entrarmos na aldeia.
O branco era hoje a cor predominante com os campos cobertos de um belo geadão, criando formas e imagens surreais. Frio e belo ao mesmo tempo.
Devidamente agasalhados, absorvíamos toda aquela beleza fantasmagórica enquanto nos íamos divertindo com algumas pequenas dificuldades criadas pelo gelo e algumas passagens mais escorregadias.
Alguns pequenos regatos e charcos de água estavam completamente solidificados pelo gelo, dando alguma espetacularidade à nossa aventura de hoje.
No Juncal buscamos o Clube local para a matinal dose de cafeína, mas batemos com o nariz na porta. café por ali, só depois do meio dia, durante a semana. Apenas no fim de semana abre pelas 08h30. Fica o registo!
Descemos ao vale da Zebreira Grande e tomámos a direção ao Barbaído, aldeia conhecida por aqui como o centro do mundo. Porquê, não sei!
Cruzamos a povoação e fomos em busca da aldeia seguinte, o Martim Branco, o nosso objetivo de hoje.
Depois de passar a Várzea Fundeira hesitamos em cruzar a Ribeira do Seixo, pois naquela zona, a passagem é por um pequeno pego com alguma profundidade e, apesar das meinhas sealskinz, não estava nada interessado em molhar os pezinhos.
Posto isto, buscamos uma alternativa, que até já conhecia de um passeio com a malta do Juncal.
Ladeamos então a ribeira em direção a norte e, passadas umas centenas de metros cruzámo-la numa zona fácil, sem ser necessário desmontar da bike.
Virando o azimute a sul, pedalamos até à Várzea do Porto do Conde, onde passamos a Ribeira do Tripeiro pelo pontão ali existente.
Contornamos aquela herdade e descemos a Martim Branco, umas das bonitas aldeias de xisto da nossa zona, ainda em fase de recuperação, mas já com uma beleza assinalável.
Por ali nos entretivemos um pouco em modo turismo, registando fotograficamente um ou outro recanto e seguimos em direção às Carvalheiras, onde cruzamos a N.112 para a Esteveira de Baixo, rumo ao Chão da Vã.
Descemos à aldeia e fomos em busca do único café ali existente, que por azar nosso, também só costuma abrir durante a tarde durante a semana.
Tudo bem. Cruzamos de novo, um pouco mais à frente, a Ribeira do Tripeiro pela zona das passadouras, mas a pedalar, pois dava para passar sem molhar o pé.
Depois da passagem pela Cruz da Almas e Vale Cimeiro, chegamos ao Salgueiro do Campo.
Estávamos já a aproximarmo-nos da cidade e a manhã já tinha melhorado substancialmente, com o sol um pouco amedrontado a querer dar algum calor a um dia que começou gélido e esbranquiçado.
Mas calor era o que não nos iria faltar, pois íamos subir à serra pelo interior da aldeia, uma algo longa e dura subida, que termina com uma última seção de 100 metros a 22% (garmin)
Hoje não pudemos desfrutar da beleza da panorâmica que se avista do alto da serra pela neblina que ainda envolvia os vales, mas ainda assim valeu a pena o esforço. É uma bonita passagem, que termina com um escorregadio single track que nos leva ao interior do Palvarinho, a ultima aldeia que passamos neste nosso passeio de hoje.
Descemos à Azenha do Santo ( Ponte de Ferro) e subimos a Penedo Gordo.
Mais à frente, junto à Casa do Rouxinol, fletimos à direita e fomos até ao Cabeço da Barreira, onde passamos a Ribeira da Liria em direção às Casas do Formigo.
Depois de cruzar a N.233 subimos à Tapada da Abeceira, passamos sobre a A23 e descemos à Barragem da Talagueira, por onde entramos na cidade pela zona da Piscina Praia.
Foi uma bonita aventura de 63 kms de btt, na agradável companhia do Sando Gama, numa manhã fria e bela, pela panorâmica diferente que hoje nos proporcionou, onde o branco da geada e o crepitar do gelo que cobria as zonas húmidas, foram a cor e o som predominante.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
Lindo e espectacular passeio, digno de "Reis"!
Abraço e o melhor do mundo para 2015, em todas as "pedaladas" da vida!
Silvério