"Hoje foi dia de "punição!"
Era para ter sido no passado domingo, mas o "caparro" negou-se, com a desculpa de que ainda estava um pouco cansado do dia anterior. Tudo bem!
Mas hoje tinha que ser, pois já há um tempinho que estava para lá ir acima e hoje, foi o dia.
pelas 07h45 já seguia montado na minha "ézinha" rumo à Milhã, para entrar na N.112 por onde segui até à Portela da Lameira, com passagem pelo Salgueiro do Campo e Lameirinha.
Virei à direita e fui até Almaceda, onde parei na padaria local, para o cafezinho matinal e pastelito de nata.
Calmamente sorvi aquela pequena dose cafeínica e fui mordiscando o bolinho, enquanto, pensava nas duras rampas que tinha que enfrentar até à central elétrica lá no alto.
Atravessei a aldeia pelas suas irregulares ruas empedradas e dei início à subida para o cruzamento do Violeiro.
Passei por esta aldeia e por Rochas de Cima, antes de chegar a Ribeira D'Eiras, onde ía começar o meu pequeno suplício.
Logo ao cruza a aldeia, o "instrumento" começou logo por marcar 15%.
A longa subida, de 3 kms e pouco curvilínea, lá ia sendo conquistada, com um assopro aqui, um assopro ali, com o aparelhómetro a marcar entre os 15% e os 18 % e um par de pequenas seções a 20%.
Mas o que me fez morder mais a língua, foi os últimos 200 metros a 22%. Só tive pena de lá mesmo no alto, junto à cerca da central elétrica não haver uma relvazinha, pois era ali mesmo que me "escarrapachava" de papo para o ar.
Brincadeira à parte, a coisa doeu um bocadinho, mas tudo numa boa. Foi uma boa subida e não é nada do outro mundo . . . faz-se, mas é necessário, no meu entender, já ter alguns quilometrozitos nas pernas, antes de se fazerem à "coisa". Vale sobretudo pela soberba paisagem que se alcança lá do alto.
E é isto que me move. A pequena conquista, sim, mas sobretudo, a grandiosidade da paisagem, aquela imensa solidão inóspita, um mundo que parece só meu!
Depois de uns bons minutos de contemplação, estava na hora de regressar.
Voltei a descer ao Violeiro e no cruzamento, virei à esquerda para a Partida e mais à frente, como se ainda não chegasse de dor, voltei à direita para o Mourelo e Tripeiro.
Mais um bom par de rampas pela bonita estrada que liga aquelas duas aldeias e a aproximação ao Sobral do Campo, onde as pernitas já acusavam um pouco o esforço.
Depois de passar pela aldeia, fui compensado pelo "sr vento" que me ajudou bastante a chegar a casa "porreirinho" e a horas de almoçar descansadinho com a minha "Maria".
Antes de entrar na cidade, com 100 kms de boas pedaladas, passei ainda por Tinalhas, Freixial e Juncal, onde virei para a estreita estradinha que vem entroncar na M.551, depois das Quinta de Valverde.
Uma esplêndida manhã de pedalada asfáltica, com passagem por alguma das bonitas e castiças aldeolas cá do nosso condado e umas boas rampitas para acomodar um pouco mais o caparro para umas aventurazitas que estão em "banho maria" e que pretendo ir fazendo ao longo do ano.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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