Carnaval é carnaval e as tradições são para manter, dentro do possível . . .claro!
Como não sou folião de corso, conidei alguns amigos para uma manhã de btt, ampliada com um belo almoço de bucho de ossos, uma das nossas tradições carnavalescas, confeccionado à boa moda "malpiqueira" e por quem sabe.
Logo de manhã, pelas 07h30, foi altura de reunir as tropas na Quinta Pires Marques, para rumarmos todos juntos até Malpica do Tejo, o local de início e fim desta nossa aventura.
Já com as viaturas estacionadas no Largo 1º. de Maio, junto ao Café - Restaurante Sacul, entramos para tomar café e acertarmos agulhas relativamente ao almoço, que agendamos para as 14h00, para livremente nos embrenharmos nos trilhos, em busca de aventura e divertimento, sem que o relógio nos aponquentasse.
Deixamos a aldeia pela Rua da Mina e Arrabalde em direçã ao Monte dos Negrais.
Depois de passar a ribeira e subirmos quase à cumeada, viramos á esquerda para o Monte de São Domingos e Santuário de Nossa Senhora das Neves, de onde guardo gratas recordações do meu tempo de juventude.
Ali tiramos uma foto de grupo e descemos à Ribeira do Marmelal, que cruzamos para ladear o Monte do Galisteu, pelo novo desvio até ao alto, onde fletimos à esquerda, para de novo acompanharmos a ribeira até ao Monte do Lopes, que nos proporcionou alguns bons momentos de btt, repartidos por trilhos inóspitos e bonitas paisagens.
Depois da passagem pelo VG da Castiça, pedalamos pelos largos estradões até ao Couto do Javiel, onde enfrentamos uma divertida subida, com uma primeira parte em pedra roliça até ao desvio para o VG do Castelo.
Passamos ao cruzamento das minas da tinta e do pó, mas a sua visita ficará para outra oportunidade com outros trilhos e noutra aventura.
Já com a malta agrupada, resolvemos subir ao VG, onde se encontra o posto de observação e que nos privilegia com umas estupendas paisagens, num ângulo de 360 graus. Simplesmente fantástico!
Com a malta animada e bem divertida, tiramos uma foto de grupo e descemos a Monforte da Beira e paramos no café do Joaquim Padeiro, onde nos mandamos a uns branquinhos traçados, à laia de treino para o belo tintinho que nos aguardava no local de repasto.
Umas conversetas com o sempre bem falante "Ti Jaquim", uns branquinhos malhados e umas barrinhas trucidadas, por ali nos mantiveram até que saimos da aldeia á conquista da Serra do Carregal e os seus pedregosos olivais.
Um percurso agradável levou-nos até à cumeada para nos mostrar mais uma incrível panorãmica que se estendia até onde a vista podia alcançar.
A malta estava a gostar . . . por isso vamos lá malhar mais uns trilhos!
Descemos a serra e lá mais à frente, entramos no asfalto para encurtar um pouco o percurso e evitar um par de passagens um pouco mais complicadas, entrando depois no Monte do Caldeireiro, seguindo pela cumeada e malhão dos montes do Grifo e da Represa até que fletimos à esquerda descendo á ribeira que delimita o Monte do Malha Pão que cruzamos, passando pelo velho e abandonado arraial até entroncarmos no estradão que nos conduziu ao Monte das Flores por bonitas terras de montado.
Cruzamos a N.18-18 pelo Pontão das Flores e viramos logo à direita para o Monte dos Judeus e enfrentarmos a ultima subida do dia.
A hora era a ideal e os poucos kms que faltavam para chegarmos a Malpica espalhavam-se pela planura do Vale das Vacas e Covão.
Ainda antes de chegarmos de novo à N18-8, deparamo-nos com um grupo de caçadores que estavam já a tratar da bucha com uma bela grelhada e onde o Juca tratou logo de arranjar amigos.
A malta continuou e eu, que não gosto de deixar ninguém para trás fique com ele e aproveitei o convite para beber um copo de vinho e mordiscar um naco de pão com entremeada grelhada . . . e que bem soube.
O Tó Bispo que também já tinha passado . . . vá-se lá a saber porquê, deu meia volta e veio ter conosco, aproveitando também o simpático convite da rapaziada caçadora . . . malhando também um tintinho e um naco de pão com entremeada.
Depois de dois dedos de conversa, despedimo-nos e fomos a encontro da restante malta que já nos aguardava junto à estrada.
Depois de cruzarmos o Covão, entramos na aldeia pelo S. Bento e arrumamos as bikes nas viaturas.
Mudamos de roupa e fomo-nos sentar à mesa, no recanto para nós reservado.
As iguarias foram chegando, a malta conversando e bebendo e as peripécias foram surgindo, enriquecendo um belo dia de Btt, ampliado com um belo almoço de bucho de ossos bem à moda malpiqueira.
Depois dos cafezinhos regressamos à cidade, onde uma parte do grupo, ainda com algum arcabouço, foi fazer umas horas extraordinárias para o Café Golfinho, estendendo a tertúlia até a final do dia.
Foi um excelente dia, enriquecido com um belo almoço, regado com uma bela pinga e sobretudo, partilhado com um excelente grupo de amigos. Inté!!!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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http://youtu.be/zHEJxaocK9A