Aderindo a uma iniciativa do Agnelo Quelhas, fui ontem até Figueira de Castelo Rodrigo, para percorrer em Btt o fantástico trilho do Caminho dos Franceses.
Cerca das 06h fui buscar o Nuno Dias e o Nuno Eusébio, que partilharam a minha viatura e rumámos ao local de partida desta bonita aventura.
Eram 08h15 quando saímos do parque de estacionamento do Convento de Santa Maria de Aguiar para os trilhos, inseridos nas duas dezenas de companheiros que aderiram a esta iniciativa.
Uns kms de asfalto para início e creio que a única forma de chegar à fronteira a pedalar, pois aquela zona é composta por profundas barrocas e íngremes subidas.
Passámos por Nave Redonda e parámos em Almofala para tomar café, curiosamente o mesmo café onde parei quando por ali passei com alguns amigos no GR22 ( Rota das Aldeias Históricas).
E não menos curioso que dois deles estavam presentes nesta aventura.
Já com o corpinho compensado da falta cafeínica, seguimos o nosso percurso, passando seguidamente por Escarigo, descendo para a ponte da Ribeira de Tourões, que faz fronteira com Espanha e por onde entrámos em tierras de nuestros hermanos.
Passámos depois a primeira povoação espanhola, A Bouça, descendo seguidamente à Ribeira de Puerto Seguro
Uma subida ben puxadita com informação a indicar-nos que o cansaço era bem natural, pois as placas indicavam 15% de inclinação.
E foi lá no alto que virámos à esquerda para os trilhos, que nos levaram à Povoação de Puerto Seguro, que cruzámos para darmos pouco depois início à que era a grande atração desta aventura . . . As Arribas do Rio Águeda e a passagem pela Ponte dos Franceses.
Uma descida adrenalínica em calçada romana um pouco escorregadia, levou-nos até à ponte, sob a qual corriam as águas do Rio Águeda.
A subida da outra margem, foi também ela em calçada romana.
Soberbas paisagens inundaram as nossas vistas e encheram-nos a alma com aquela imensa espetacularidade.
Já no alto e ainda a olhar para trás sobre o ombro, seguiram-se uns bonitos e rápidos estradões que nos levaram até uma povoação de curioso nome . . . San Felices de los Gallegos.
Segui-se Ahigal de los Aceiteros e lá mais à frente, Sobradillo, onde parámos um pouco para apreciar os monumentos que são história naquele lugar.
A próxima paragem seria em Fregeneda, onde chegámos com a chuva a querer estragar este belo dia de pedaladas. As ruas fervilhavam de gente com o Festival de la Almendra.
E foi ali que "abancámos" numa das várias tasquinhas, dito à nossa moda, onde comemos um excelente "bocadillo de lomo e uma cerveza Mahou com limon" debaixo de um pequeno aguaceiro que não nos conseguiu demover daquele calmo e peculiar repasto na esplanada.
Depois do almocinho e para ajeitar bem a comidinha, seguiram-se um par de single tracks que puseram um sorriso de orelha a orelha em toda a rapaziada. Um espetáculo!!!
Estávamos já nas encostas do Douro, pois abdicáramos da passagem pelas pontes da desativada via férrea. Uma sensata decisão do Agnelo, que eu partilho plenamente!!!
A descida da encosta até Barca D'Álva, foi adrenalínica.
A povoação fervilhava também de gente e com as ruas repletas de feirantes e, foi giro, cruzarmos o mercado de bike pelo meio das tendas.
Depois foi a parte mais dificil para a maioria da rapaziada a longuíssima subida, quase até ao ponto de partida. Porém, pessoalmente adorei. Foi fantástica, serpenteando por aquele imenso barrocal.
Depois de ter arrumado a bike e mudado a roupa suada da longa subida, fui até ao bar do Intermarché beber um par de "jolas" na companhia do Nuno Dias, que infelizmente não pode pedalar connosco, derivado a uma queda inicial quando pretendia fazer um pequeno clip de filme da partida da malta.
Acabou por regressar depois de tomarmos o cafézinho em Almofala.
Foi um dia fantástico, na companhia dum grupo animado e bem disposto durante os 86 kms desta bonita aventura.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
. . . ou fora deles.
AC
.o0o.
Clip de filme
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Abraço