Avançar para o conteúdo principal

"Alto da Foz do Giraldo; Sarnadas de S. Simão; Sarzedas"

Sai de casa pelas 08h00 e fui dar umas pedaladas asfálticas em solitário.
Rumei ao Salgueiro do Campo e segui até à Lameirinha, onde parei com intenção de tomar a matinal dose de cafeína.
Mas hoje o dia, apesar de bonito e um pouco mais amenizado, relativamente ao frio que se tem feito sentir, avizinhava-se azarado.
Entrei no Café e, ao balcão, encontrava-se um tipo a fazer um enorme esforço para se manter agarrado ao balcão. Dobrava os joelhos tanta vez, que me fez lembrar um pisco, sempre a fletir as pernas. Logo de manhã. Chiça!!! A aguardente ali da zona deve calçar sapatilhas!
bati duas vezes ao balcão, mas ninguém  aparecia para me atender. Talvez por pensarem que era o tal tipo e já não lhe queriam vender mais bebida.
Optei por continuar sem o cafezinho matinal.
Subi ao Alto da Foz do Giraldo dando uma espreitadela pela bonita paisagem á minha esquerda, sobre os vales e serranias a perder de vista.
Chegado a alto toca o telemóvel. Era o Vasco Soares a convidar-me para uma voltinha, ao que respondi. Companheiro já estou no Alto da Foz do Giraldo, se quiseres podes vir ao meu encontro via Sarzedas.
Virei à esquerda para a N.238 que segue para Oleiros e lá fui pedalando calmamente, apreciando a paisagem, pensando com os meus botões e planeando uma ou outra escapadela velocipédica para 2015.
Ao chegar ao cruzamento para Vilar Barroco, parei para tirar uma foto à terra adotada pelo Silvério, as Sarnadas de S. Simão. Se calhar e como estamos na semana do Natal, até é capaz de andar por aí a "malhar cabeços!"
Voltei a pedalar e passadas umas centenas de metros furei na roda detrás. Já não me lembrava da ultima vez que tivera um furo na bike de estrada.
Mudei a câmara de ar dei ums bombadas e quando estava a meter mais pressão com a bomba de CO2, aquela treta descomandou-se toda perdendo a maior parte do ar.
Mas ainda assim era suficiente para continuar. Siga a marcha!
Passei as Sarnadas de S. Simão e à passagem pela Cardosa, outro furo. C'um catano, esta coisa já não está a ter graça nenhuma.
A Camara de ar que meti, já estaria certamente um pouco debilitada por andar a roçar dentro da sacola.
Remendei a primeira câmara de ar com uns remendos com cola que também já por ali andavam há um bom par de anos e voltei a tentar encher o pneu, mas apesar de a bomba, segundo a publicidade, meter 110 psi de ar, aquilo não dava para encher uma tripa de linguiça. Mas dava para chegar a casa. Pensei eu!
Comecei a descer para o Pé da Serra e ao dar uma curva apertada, o remendo não aguentou e eu andei por ali a apanhar bonés até conseguir endireitar a bike. Acho que fiquei um pouco para o branquinho, mas domei a "bicha!"
Voltei a desmontar o pneu, colocar o último remendo e toca a bombar.
Bombei, bombei, bombei, mas nada. A bomba também tinha dado o berro e só conseguia meter meia dúzia de psi's. nada feito. "Acabei por chamar a assistência em viagem!"
Estava eu entredito com este "passatempo" e já a arrumar as coisas, quando chega o Vasco Soares. Afinal sempre veio ao meu encontro e certamente já não fazia ideia de me encontrar, pois eu tinha planeado estar em casa por volta das 12h00 e às 11h30 ainda ali estava.
O Vasco trazia câmara de ar e bomba e já dava para desenrascar. mandei a "assistência" regressar a casa, pois já vinha a caminho e com a bomba do Vasco lá consegui meter mais uns psi's, mas poucos pois não sei porquê, a bomba também não enchia o pneu convenientemente, mas já dava para continuar.
Lá consegui regressar a casa de bike, agora na companhia do Vasco Soares, a quem agradeço a ajuda e companhia.
Acabamos a descida ao Pé da Serra, passamos pela Azenha de Cima e encostamos à Ribeira da Azenha, pelo percurso das Gatas em direção a Sarzedas.
Já com um ritmo um pouco mais vivo, passamos o Cabeço do Infante e Vilares para descermos ao Rio Ocreza, enfrentando seguidamente a última subida do dia, à Taberna Seca, a derradeira povoação antes de entramos na cidade, pelas 13h05, tendo eu percorrido 82 kms, com algumas peripécias, para variar.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-