Na passada quinta feira, eu e o Jorge Palma, resolvemos ir em busca de um passeio ligeiramente diferente do habitual e fomos em busca de novas paragens, noutros lugares, cruzando bonitas e peculiares aldeias cá do nosso belo interior.
Abandonámos a cidade pelas 06h30 na minha "fragonete" e rumamos ao Orvalho, onde estacionamos jno pequeno parque das bombas de combustível.
Fomos primeiramente tomar o cafezinho matinal no café local e depois preparar as bikes e restante material.
Eram 07h30 quando nos fizemos à estrada, aproveitando o ainda fresquinho da manhã, que ameaçava aquecer ao longo das horas.
Descemos até Cambas e sempre em sentido ascendente, fomos até à Selada da Cova, onde fletimos à direita, em direção à Barragem de Santa Luzia, ainda em sentido ascendente, com passagem pela Portela do Armadouro.
Nunca tinha visto a barragem com tão pouca água, mas ainda assim, mantém a beleza que a caracteriza.
Paramos no restaurante do Casal da Lapa e bebemos uma bebida fresca para relaxar.
Voltamos a subir, em suave pendente até à Portela de Unhais, onde fomos confrontados com as obras um curso, que nos obrigou a criar uma alternativa ao trajeto inicialmente programado.
Já não subimos à cumeada do parque eólico, e se calhar ainda bem, pois só de olhar para a rampa inicial, a coisa metia respeito, e o Jorge, quase que tenho a certeza que pensou logo na sua Jamis com a cassete de 32 dentes!
Em alternativa, descemos a Unhais o Velho e pela panorâmica estradinha do vale fomos até Meãs, onde voltamos a "empinar" até irmos ao encontro do percurso inicial lá na cumeada.
Sinceramente, creio que este desvio forçado foi uma mais valia, pois além de ter reduzido um pouco a dificuldade, mostrou-nos paisagens de encher o olho e onde as constantes paragens eram obrigatórias para registar aquela fantástica panorâmica em formato digital.
Depois de um último olhar sobre a bonita aldeia de S. Jorge da Beira, a embelezar o profundo vale sobre a nossa esquerda, terminamos a subida, para depois descermos à Barroca Grande, a aldeia do Couto Mineiro local da famosa Mina da Panasqueira,
cujo período de maior desenvolvimento aconteceu durante a Segunda Guerra
Mundial, devido à utilização do volfrâmio nas ligas metálicas do
armamento.
Por ali nos entretivemos olhando aquele grande arraial mineiro e tirando umas fotos para mais tarde recordar.
Descemos depois ao encontro do Rio Zêzere, com passagem pela Aldeia de São Francisco de Assis, onde o encontramos junto ao Cabeço do Pião e o seu bem conhecido Bairro Chinês.
Ali fletimos à esquerda e pela margem esquerda do rio, fomos subindo sempre com um olho nas bonitas paisagens criadas pelo rio até que chegamos ao Ourondo.
Cruzamos a aldeia e depois de passar por Relvas e Pisão, entramos no Paul, onde procuramos um restaurante para comer algo mais sólido, mas o restaurante que encontramos estava fechado.
Como ainda não era tarde, seguimos viagem e fomos até ao Barco, não nos apetecendo ir até ao interior da aldeia em busca de tasco, ou restaurante. Ainda não estava fora de horas e seguimos em frente em direção a Lavacolhos.
Depois de enfrentar a terrível subida, quando abandonamos a estrada que seguia para Sivares, que nos pôs com língua de palmo, encontramos a frescura e o agradável bar da Praia Fluvial de Lavacolhos, onde nos refastelamos na sombreada esplanada, atacando um saboroso par de bifanas e umas quantas imperiais bem fresquinhas e gulosas.
Já recuperados, subimos à aldeia e fletimos à esquerda, em direção à Enxabarda, que ladeamos, dando início à longuíssima subida ao Souto Altinho, sob um sol abrasador, com o meu "garminho" a marca 43 graus.
Dali seguimos para a Malhada Velha, sempre com um olho naquelas impressionantes paisagens, ladeando os Boxinos.
Num constante sobe e desce seguimos para o Maxial da Ladeira, com passagem pelo Descoberto.
Descemos a inclinada rua principal da aldeia pelo seu trepidante empedrado e até às Bogas de Baixo, foram uns kms de descida, que nos aliviou um pouco o costado.
Voltamos a parar na praia fluvial da aldeia e no bar vingamo-nos nas fresquíssimas imperiais, que nos puseram o radiador a trabalhar de novo em modo normal.
Até ao Orvalho foi um instante, onde chegamos depois de vencer a última ascensão do dia, esta bastante suave e até agradável.
Voltamos a colocar as bikes na minha fragonete e depois de mais uma fresquinha e um geladinho da Olá, regressamos a casa, depois de mais uma bonita aventura asfáltica, que culminou com 111 kms, bonitas estradas panorâmicas e fantásticas paisagens, sempre na agradável companhia do Jorge Palma, um "lentinho" como eu, nesta coisa das lides ciclísticas, ou cicloturistas, no nosso caso.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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