Hoje deu para me levantar cedo.
Eram 06h30 quando abandonei o vale dos lençóis e me preparei para ir passear a minha "santa", a solo e em modo vadio, como tanto gosto.
Já há algum tempo que não me atrevia a trilhar vales e cabeços em solitário, recordando alguns cantos e recantos onde já há bastante tempo não passava e quiçá, encontrar outros cantinhos para dar umas agradáveis pedaladas.
Abandonei a cidade ainda antes das 07h30 e tomei o rumo a Alcains, via Atacanha e Santa Apolónia.
Cruzei a vila e logo depois a N.18 e andei entretido nalguns carreirinhos, rumo a uma velha passagem sobre o rio Ocreza. Um velho e estreito pontão meio escondido entre os salgueiros que ladeia o rio.
Passei o rio e já nas proximidades da Póvoa de Rio de Moinhos, fui até à "Flôr do Outeiro" tomar o cafézinho martinal e degustar o delicioso pastelito de nata.
A manhã estava por minha conta, o stress já não me afeta com a mesma intensidade que em tempos idos e a paixão por uma voltinha de bicicleta ainda me faz vibrar um pouco, por isso, a tranquilidade e a contemplação da natureza, não carecem da minha parte qualquer tipo de esforço. acontecem de forma natural!
Já bem aconchegadindo entrei no estradão que segue em direção à rabaça e umas centenas de metros antes, virei à direita para Caféde.
Cruzei a aldeia, ainda meio adormecida e fui até às três toneladas, cuja conhecida dificuldade ultrapassei hoje de forma calma e descontraída, seguindo depois em direção a Tinalhas.
Não entrei na povoação e deambulei por cabeços e vales rumo ao Sobral do Campo, acabando por fletir à direita e virar o azimute à marateca, que daquele local tinha uma vista magnífica, um pouco prejudicada pela falta de brilho que o sol teimava em não ofrecer nesta bela manhã para pedalar.
O céu mantinha-se cinzento, com uma ou outra nuvem mais ameaçadora, acabando por ser ameaças vãs.
Resolvi seguir de novo em direção à Póvoa de Rio de Moinhos, voltando a cruzar o Rio Ocreza, mais a montante da vez anterior pedalando em bonitos estradões rumo à A.23, que cruzei numa passagem inferior e passndo a N.18, fui até ao Monte da Ordinha, onde virei de novo para Alcains.
Voltei a passar por Santa Apolónia e pela Atacanha, para chegar à cidade, pelas 12h15, com a "barriguinha" cheia de belos trilhos e singelas veredas.
Como o David Vila Boa tinha a loja aberta àquela hora, lá o consegui desencaminhar para me acompanhar numa bebida e dois dedos de conversa na pastelaria do João carteiro.
Uma voltinha vadia de vez em quando, faz-me ver "a coisa" noutra perspectiva, descarrega-me o stress, carrega baterias e acabo por lá deixar um ou outro pensamento dúbio, que por vezes me tolda a "mona" e baralha o pensamento.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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