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Manhã algo fria e ventosa a adivinhar chuva a qualquer momento, mas que ainda assim, não conseguiu demover 10 companheiros que hoje compareceram na Pires Marques para mais um raid domingueiro, desta vez ao Vale das Vacas e Monte dos Judeus na freguesia de Malpica do Tejo. AC, Filipe, Álvaro, Ricardo, Pedro Antunes, Fidalgo, Nuno Diaz, Nuno Maia, Marcelo e Jorge Palma.

Saímos da cidade pelas 08h15 em direcção aos Maxiais com passagem pelo Vale do Grou, onde o Fidalgo foi protagonista da única avaria do dia com um chupão de corrente que lhe danificou um elo.

Problema resolvido e continuámos o nosso raid acercando-nos então duma das belas passagens do dia na zona das Espantalhosas, onde delineámos uma curva de nível para acedermos à rapidíssima descida para o Ribeiro do Barco com inclinação de respeito na sua parte inicial, mas que a malta, uns mais temerosos que outros, concluiram subindo os níveis de adrenalina quanto baste.

continuámos para o Pereiral para entrarmos num espectacular single track a terminar no Cabeço do Pico e com os últimos 400 metros a requerer bastante concentração, derivado ao facto do trilho ser bastante estreito e técnico. Que o diga o Ricardo que deu um ligeiro "malho" para o meio das estevas, que felizmente lhe ampararam a queda, evitando males maiores, pois para o lado que caíu, tem alguma profundidade.

Subimos então para os Lentiscais e parámos no Café "Pescaça" para tomar café. Tentámos ainda que o Filipe nos "desse música" tocando uns acordes com o acordeão, mas desta vez levámos uma "nega".

Alí tirámos uma fotografia de grupo para a posteridade e continuámos a nossa aventura rumando à Barroca do Lobo, por um velho e técnico trilho. Passámos a ribeira e empurrámos as bikes pela íngreme encosta para entrarmos nos agora denominados Montes da Balisa, onde os vastos eucaliptais são a perder de vista e onde é bastante fácil um indivíduo perder-se, se não conhecer bem o local, pois ali tudo parece igual, até a disposição dos antigos "arraiais" em ruinas são bastante semelhantes. Por isso quem para ali for pedalar, aconselho a ir acompanhado de quem conheça bem o local, ou bem fornecido de cartografia, ou GPS já com track da zona.

Passámos um recanto da Balisa, por belos estradões e entrámos no vale das Vacas pelo também Vale da Sarangonheira, para descer por outro engraçado single à ribeira que pretendíamos atravessar para ter acesso ao Monte dos Judeus.

Mas passados os anos sem intervenção na zona, pois as hortas estão todas em degradado estado de abandono e os silvados deram lugar aos belos e viçosos jardins (hortas) de outrora, lá tivemos que criar uma passagem através das silvas, conseguida a golpes de varapau por dois dedicados "obreiros", eu e o Nuno Diaz. eheheh.

Já no lado oposto, tivemos que efectuar uma curta e inclinada "subidita" para entrocarmos no caminho principal que nos levou até ao arraial do Monte dos Judeus, também em ruínas e descemos por um já velho e abandonado caminho que antigamente dava acesso à Ponte das Flores, mas já cortado e vencido pelo arado, pelo que tivemos mais uma vez que penar empurrando as biclas pois o trilho "esboçado" no terreno sobre lavrada antiga era bastante técnico e apesar de algumas tentativas, toda a gente achou razoável empurrar mais uma vez as nossas companheiras metálicas e algumas "carbónicas" até ao inicio do estradão que nos conduziu à N.18-8 que liga Castelo Branco a Malpica do Tejo.

Aí, cinco companheiros resolveram regressar à cidade pelo asfalto, Marcelo, Nuno Maia, Ricardo, Álvaro e Pedro Antunes, pois o "homem da marreta" já por alí andava no encalço dos menos preparados.
Os outros cinco, Eu, Filipe, Fidalgo, Nuno Diaz e Jorge Palma, resolvemos continuar pelo percurso delíneado, apesar de já ter decidido encurtar um pouco quando chegássemos à N.554, para abreviar a hora de chegada a casa.

Continuámos então pelos Montes Flores, Malha Pão e Farropa, onde entrámos no asfalto e circulámos umas centenas de metros até à entrada para o Monte dos Cancelos, onde descemos para a Ponte Romana do Rio Ponsul e já do outro lado do rio, não resistimos a uma paragem na tasca da "Ti Amélia" para "sugar umas bjecas" e criar alento para a derradeira subida à cidade.

O Jorge Palma acabou por se "baldar" atalhando também por asfalto e acabámos quatro resistentes, subindo pela para mim menos dura subida, ou seja, a que dá acesso às traseiras do Aterro de Rib's e já no alto entrámos no eucaliptal em direcção ao Monte dos Cagavaios e passando o Monte de S. Martinho entrámos na cidade, não pelas Palmeiras, como pretendíamos por o final, neste caso, do single estar cortado e ser impossível passar, pelo que tivémos que contornar e entrar pela Carapalha, chegando à cidade pelas 14h00, com 61 kms percorridos por belos e diversificados trilhos, que apesar de alguma dureza, são para mim espectaculares.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
Album Fotográfico
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Comentários
Abraço
Pinto Infante
As paisagens são mesmo de se respirar com prazer!!!
Tive de voltar por estrada porque comecei a fazer contas e estava a ver as horas a passar muito depressa...
Para a próxima prometo ter mais tempo.
A vossa chegada deve ter sido um pouco molhada não!
Nestes dias temos mesmo de ir com tempo para aproveitar os trilhos.
obrigado ao mestre Cabaço, por nos dár a conhecer mais uns belos "maus" caminhos