Respondendo a um convite do Agnelo Quelhas, enviado para a comunidade betêtista, fui este fim de semana fazer a travessia em btt, de Castelo Branco à Guarda, cruzando a Serra da Gardunha e a Serra da Estrêla.
Juntei-me assim ao grupo composto pelo Agnelo Quelhas, Pedro Quelhas, Dário Falcão, Marco Messias e Carlos Pinto.
À partida, juntaram-se ainda o Pinto Infante, que nos acompanhou até ao sítio das Lameiras, na Serra da Gardunha, regressando depois pelo Casal da Serra e o Silvério Correia que nos acompanhou até ao Souto da Casa.
Esta aventura, com o cunho do Agnelo e apelidada de "Outono na Estrêla III" levou-nos à bonita Serra da Gardunha, que subimos pela vertente da Cruz das Oles e descendo ao Porto dos Asnos, pela Piçarreira, seguindo pelo percurso de PR (pequena rota) até ao Souto da Casa, onde almoçámos, umas bifanas e umas sandes mixtas, no Restaurante o Pipo.
O Silvério regressou á cidade e nós continuámos esta fantástica aventura, que nos levaria neste primeiro dia, até às Penhas da Saude, onde ficaríamos alojados num dos chalés do Hotel Serra da Estrêla.
Até ao Freixial, seguimos por belos estradões, sempre com os olhos postos no horizonte, onde lá ao longe, num pontinho ainda bem distante e que a nossa vista ainda não conseguia alcançar, lá estava o final de etapa, na magnânima Serra da Estrêla.
Chegámos ao Telhado e contornando o Pesinho, entrámos no Peso em direção á Coutada, para uma terrível subida pela Portela ao Cabeço dos Couçinhos.
Antes da subida o Carlos Pinto teve que nos deixar por se começar a sentir mal, sendo rebocado pelo Fidalgo que o veio buscar ao cruzamento para as Cortes.
A subida foi longa e terrível. Um bom teste à nossa capacidade de sofrimento e resistência.
Entretanto a chuva veio juntar-se ao vento gélido que já nos apoquentava há algum tempo, criando uma intempérie, que se tornou um terrível teste á nossa capacidade de sofrimento e superação.
Os kms passavam muito lenta, lentamente e o corpo que suportava toda aquela roupa encharcada, ainda mais dificultava a progressão.
O final do dia apanhou-nos em plena ascensão, privando-nos da beleza do bonito Vale da Alforfa, vulgo Vale de Unhais e do belo Covão do Ferro e a sua "vizinha" Barragem do Padre Alfredo.
Cheguei ao chalé a tiritar de frio. Valeu-me aquele belo banho com água quentinha.
O jantar foi uma grata surpresa, com um esparguete cozinhado pelo nosso guia e mentor desta aventura, a que se juntou a carne á bolonhesa já confecionada de véspera e uma série de iguarias que ajudaram na horas seguintes, bem divertidas e de bom companheirismo. O TNT do Dário, foi como que a orquestra desta tertúlia, pois a longo do tempo, lá foi soltando a língua á rapaziada. Não fosse o cansaço acumulado e a necessidade de repouso, para enfrentar o dia seguinte e aquele TNT teria ficado apenas com as iniciais. Mas pouco faltou!!!
O dia acordou bonito, com um sol brilhante, mas com um frio de "rachar". Lá fora, a água tinha solidificado. Tudo o que era humidade estava gelado e tivemos que nos agasalhar bem.
Vindos de Castelo Branco, juntaram-se ao grupo o Nuno Eusébio, o Nuno Dias, o Luís Lourenço e o José Luís, que nos acompanharam neste segundo dia.
Demos então início à segunda etapa desta bonita travessia, subindo aos Piornos e descendo por asfalto até à curva que antecede a entrada norte para a Nave de Santo António, entrando depois num trilho fenomenal, pela Lagoa Seca, Fojo e Cadaval, com uma soberba vista sobre o Vale Glaciar. Simplesmente espetacular!!!
Descemos para a estrada do Poço do Inferno, onde a malta ficou de "boca aberta" com tamanha beleza proporcionada pela folhagem luminosa de tons de Outono que cobria a estrada na sua tonalidade. Um verdadeiro espetáculo a que ninguém conseguiu ficar indiferente.
Mas daqui para a frente, foi quase uma constante.
A descida a S. Gabriel foi algo fantástico. Um trilho longo e curvilínio pejado de ouriços e castanhas, caidos das largas dezenas de castanheiros que o ladeavam. Uma loucura para qualquer mortal.
Depois de S. Gabriel seguiu-se uma penosa subida até á Cruz das Jogadas, com inclinação considerável e bastante enlameada, endurecendo-a bastante.
A passagem pelo Covão da Ponte e Sra de Assedasse, foram a rampa de lançamento de mais uma longa subida pelas Lombas da Rachada e do Pedriqueiro até à Portela do Folgosinho.
Já pela cumeada, entrámos em velocidade de cruzeiro absorvendo as belas panoramicas sobre o alto do Folgosinho a caminho de Videmonte, onde parámos para almoçar à base de petiscos regionais.
O percurso inicial seria pela Santinha e Mondeguinho, mas optou-se e muito bem, em encurtar a etapa, pois o desgaste do dia anterior e a dificuldade da longa subida, de cerca de 22 kms até à Santinha, fariam certamente que a noite nos apanhasse antes de concluir o percurso. Além de que aquela subida iria certamente "matar" a malta!!!
E práticamente, para concluir esta belíssima travessia, seguiu-se a passagem pela zona dos Pisões e a subida à Aldeia dos Trinta.
Até à Guarda já foi sempre por asfalto, com passagem pela bela Barragem do Caldeirão e Maçainhas.
Entrada triunfal nas instalações dos Bombeiros da Guarda, que nos facultaram um bom banhinho quente, que muito agradecemos.
O Pedro Quelhas reservou-nos para o final, um belo petisco no Restaurante "A Boleta", onde a malta confraternizou e mais tarde se despediu, com a emoção de um fim de semana bem passado, numa travessia fantástica e na companhia de amigos e bons companheiros.
Venha a próxima!!!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Clip de filme
Comentários
quero agradecer-vos a companhia e prazer que proporcionaram em me dexarem fazer-vos companhia neste bonita aventura...
prometo que a próxima de 1 dia estarei presente.
um grande abraço
Pinto Infante
1 Abraço