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"O outro lado da Estrêla"

Uma vez mais, resolvi fazer umas das minhas "voltas vadias", programadas para este ano, que espero mais rico em aventuras lúdicas e de partilha com amigos.
Criei um percurso que chamei de "o outro lado da Estrela", pois a nossa querida Serra da Estrela só é conhecida pela maioria da malta pelas " Torres, Adamastores e outros alimentadores de egos".
Mas a serra não é só isso, tem o outro lado, bem bonito por sinal, repleto de lindas panorâmicas e bonitas aldeias. Umas históricas, outras não, mas todas elas com encanto e uma história para contar.
Juntaram-se à minha ideia, 14 companheiros e amigos, todos eles ávidos de uma boa aventura e bons momentos de convívio e sã camaradagem.
Juntámo-nos na Rotunda da Racha, junto à loja do David, a Feelsbike, pelas 07h00, rumando seguidamente ao Vale da Amoreira, onde estabelecemos o "paddock", junto à Casa de Pasto Ideal, para uma reposição calórica e hidratação atempada, logo após a chegada.
Saímos para a estrada ainda não eram 08h30 e depois de alguns kms planos e passagem por Valhelhas, demos início à primeira e suave subida do dia pelo Vale da Famalicão rumo à barragem do Caldeirão.
Logo no início da subida, esperavam-nos o Alexandre Guilhoto da Garbike, que veio ao nosso encontro com alguns amigos, que engrossaram ainda mais o colorido pelotão de amigos, participantes neste lúdico passeio.
Antes passamos Fernão Joanes e Meios, onde paramos para um cafezinho, gentilmente oferecido pelo Alexandre Guilhoto.
Depois da aldeia de Trinta, descemos então à barragem do Caldeirão, depois da passagem pela Corujeira.
No paredão da Barragem, a Sandra Tapadas furou a roda traseira da sua bike, pequeno problema rapidamente resolvido.
Sempre em alegre cavaqueira, descemos para Pero Soares e Mizarela  para darmos início à segunda subida do dia, na Aldeia Viçosa, com pouco mais de 2 kms e pendente média acima dos dois dígitos até ao alto da Rapa.
Uma breve paragem lá no alto para respirar e apreciar a bela panorâmica que dali se avistava e descemos à aldeia, onde o Alexandre e amigos se despediram e seguiram rumo à Guarda.
O restante grupo, tinha ainda pela frente um osso bem duro de roer, com a subida à Portela do Folgosinho, pouco mais de 9 kms com pendente média superior a 7%. Mas esta malta é brava e gosta de arfar!
Da Rapa seguimos para Cadafaz, uma outra subida, mas um pouco mais amena, passamos os Prados e as Assanhas para subirmos, um pouco mais à frente à bela e histórica aldeia de Linhares da Beira.
Foi este belo local o escolhido para retemperar forças, no Restaurante "Cova da Loba" . . . esta malta não fica por menos e, neste caso, o menos foi mais, com umas belas sopas, tipo gourmet, mas de qualidade excelente e paladar requintado, a preparar o estômago para as belas bifanas que se seguiram em pão centeio torrado e regado com um azeite esquisito de cor esverdeado, que lhes dava um sabor sublime.
A Cerveja Bohemia, de modo artesanal, foi a bebida escolhida para empurrar aqueles belos nacos de fino sabor, em tertúlia bem animada, bem à nossa moda, onde a bicicleta é apenas o veículo que nos transporta nestes lúdicos e sempre animados passeios cicloturisticos, onde por vezes também surgem uma animaçãozita a imitar os prós, os pseudos e os outros, a dar "canha" até os "bofes" começarem a dificultar a entrada de ar aos pulmões.
Mas não foi necessário dar esse tipo de "canha" para que isso acontecesse, pelo menos à maioria da malta, na subida à Portela . . . chiça, que aquilo era um pouco violento para a malta da voltinha domingueira.
Estas voltinhas não dão para por a "chapa" do display do garmin no face, senão a rapaziada pensa que somos uns meninos a andar de bike, com médias que nem aos 20 por hora chegam. Há que manter o ego em alta!!
A passagem por Figueiró da Serra e Freixo da Serra proporcionaram belas panorâmicas e a primeira parte da subida até ao Folgosinho, uma bela dor de pernas.
A descida a Covão da Ponte foi feita debaixo de algum nevoeiro, que se foi dissipando consoante íamos chegando ao vale. A descida a Manteigas foi adrenalínica e depois de Manteigas, alguns companheiros devem certamente sido picados pela "abelha asiática", que "aquilo" até deitava fumo em direção ao Vale da Amoreira após cruzar a última povoação do dia, o Sameiro.
Depois das bikes arrumadas, seguiu-se a parte, onde de fato somos dos melhores, o belo petisco, a bela tertúlia e a animação constante, com risadas e historietas e conversas da treta.
Posto isto, chegou a hora de regressar. Feitas as despedidas, com beijinhos abraços e apertos de mão, lá regressamos a casa, uns à espera da próxima aventura e outros, quiçá, a garantirem que não os tornam a meter numa destas tão cedo. lol.
A próxima aventura será certamente a visitar a sempre bela e mítica Serra da Lousã, onde uma boa descida procede sempre uma boa subida.

Fiquem bem.
Vemo-nos por aí, na estrada ou fora dela.
Beijos abraços e apertos de mão.
AC

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