"Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo" (Oscar Wilde)
Na companhia dos amigos Francisco Mendes e Dª. Zarita, José Paulo e Carla Paulo e Nuno Silva, fomos dar um belo passeio de mota pela Beira Alta e Beira Litoral.
Com o ponto de encontro no parque de estacionamento do Hipermercado Continente, lá nos juntamos pelas 06h00 para mais uma aventura mototuristica.
Partimos em direção a Valhelhas, onde viramos á direita e serpenteando o bonito Vale da Estrela, fomos até à barragem do Caldeirão, onde paramos para apreciar aquela imponente bacia hidrográfica.
Fomos depois entrar na velhinha N.16 por onde rolamos até Aveiro.
É uma estrada pouco movimentada mas com um razoável interesse turístico, onde destaco a passagem que contorna a Serra do Alvendre pelo Vale do Rio Mondego e a passagem entre Paçô e Sernada do Vouga, ladeando o bonito Rio Vouga.
Passamos por muitas aldeias, vilas e algumas cidades, onde destaco Celorico da Beira, Mangualde, Fragosela, Viseu, Moselos e São Pedro do Sul.
Paramos nas termas de São Pedro do Sul, para apreciar aquela bonita zona termal, comermos uma pequena "bucha" e beber algo fresco.
Voltamos às motas e percorremos os restantes kms da N.16, com passagem ainda por Vouzela, Oliveira de Frades, Pinheiro de Lafões, Arcozelo das Maias, Paçô, Sernada do Vouga, Albergaria a Velha e finalmente Aveiro, onde almoçamos, no Restaurante "O Manel", na Esguelha já na entrada da cidade.
Cruzamos aquela linda cidade rumo à zona portuária, deixando a verdadeira beleza daquela fantástica metrópole, também conhecida como "Veneza Portuguesa" para uma outra visita mais demorada, mas hoje, o objetivo era diferente.
Percorremos a bonita estrada da Costa Nova, uma pequena península entre a ria de Aveiro e o mar.
Desta vez foi um pouco penoso percorrer este pequeno troço até à Vagueira, pois o trânsito estava simplesmente infernal e, o constante para e arranca entre largas dezenas de viaturas, tirou a motivação e o encanto de percorrer aquela curta zona.
Cruzamos a ria para Vagos e fomos ao encontro da N.235 em Oiã, que seguimos até ao Luso, passando por Oliveira do Bairro, Sangalhos e Vila Nova de Monsarros.
Seguiu-se a visita à fabulosa Mata do Buçaco, de verde intenso, exuberância serena, quase mágica e botânica deslumbrante.
Ficámo-nos pela olhada exterior do Palace Hotel do Buçaco, um dos mais belos edifícios neo-manuelinos de Portugal, Convento de Santa Cruz e jardim adjacente.
O tempo já era curto e o regresso à cidade ainda distava a cerca de duas centenas de kms, por isso, ficou apenas a referência para quem mais tarde queira visitar aquele belo local e as suas exuberantes matas, que dispõem de seis interessantes percursos pedestres, aptos para percorrer em família.
Era minha intenção inicial regressar pela sempre bela e intrigante Serra do Açor, com os seus belos vales, cursos de água, estradas curvilíneas e aldeias com encanto, mas, o fato é de que estes recantos são mesmo para quem gosta de curvar e aventurar-se pelo desconhecido, por paisagens inóspitas, quase selvagens.
Com o final do dia a aproximar-se recorremos ao plano B, algo discutido por sinal e optamos por regressar por percurso mais ameno, apesar de um pouco mais longo, recorrendo ao IC2, IC3 e IC8 para rumarmos à cidade, com uma derradeira paragem no Lugar de Pastor, para um bolinho e bebida fresca.
Como o inacabado e uma palavra que não faz parte dos meus gostos pessoais, irei um dia destes demorar-me um pouco mais pela frondosa Mata do Buçaco, com um pequeno passeio pelos seus belos recantos e percorrer o percurso que tinha delineado pela Serra do Açor, com passagem por algumas zonas que também são desconhecidas para mim e que quero conhecer.
Chegados à cidade, sem incidentes, foi hora de um até á próxima, regressando cada um a sua casa, depois de um dia estafante para alguns, talvez pouco interessante para outros e inacabado para mim.
Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, ou fora dela.
Inté
AC
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