Hoje, aproveitando a companhia do Filipe e do Carlos Sales, fomos dar uma vista de olhos nuns quantos trilhos que conhecia de outrora e que queria incluir numa das minhas próximas aventuras.
Era minha intenção conseguir passagem da Praia Fluvial da Azenha dos Gaviões para os Bugios.
Conheço um pouco a zona, e sei que existiam em tempos algumas passagens, quando os olivais eram colhidos regularmente, mas agora, o mato abrasou quase toda a zona fora da mata de eucaliptal.
Sabendo também que existe um percurso pedestre que ladeia parte do Rio Ocreza naquele local, pegámos nas bikes e aí vamos nós explorar a zona.
Saímos da Pires Marques à hora habitual e passando pela Talagueira, cuja barragem se encontra num estado deplorável, com a falta de água e um estranho movimento de terras a juzante da mesma, continuámos pelo Baixo da Maria, em direcção às Benquerenças de Baixo.
Divertimo-nos na passagem do single das antigas Benquerenças, onde já algum tempo não passava e rumámos à Represa.
esta vez não parámos no Ramalhete e por sugestão do Filipe, fomos até aos Amarelos "papar" uns panikes com recheio de chocolate, com um cafézinho no final. O momento delicioso do dia!!!
A partir dali entrávamos em terreno a explorar.
Seguimos uns belos trilhos pelo eucaliptal e numa alucinante e um pouco técnica descida, chegámos ao pequeno paraíso abandonado que dá pelo nome de Azenha dos Gaviões, uma praia fluvial, cujos banhos são interditos.
Por alí nos mantivemos algum tempo saboreando aquela bonita e profunda paisagem.
Depois de passarmos o paredão do açude, com algum cuidado, pois na parte final estava bastante escorregadio, entrámos então no carreiro do percurso pedestre que nos proporcionou umas quantas pedaladas num soberbo single track, entrecortado aqui e alí, nalgumas passagens sobre pedra xistosa que compunham as paredes nos socalcos, e que, com um pouco de mão de obra, ou seja, refazer um pouco as partes muradas recolocando as lages no lugar, dava um explêndido single track, no meio de nenhures e em plena natureza selvagem.
Por tal percurso chegámos ao caminho para o Marco Geodésico da Vareda, onde numa subida com 18% de inclinação, chegámos ao entroncamento do caminho que tinha escolhido para chegar aos Bugios.
E tudo correu bem até à ribeira que passa ao Lagar dos Carris, mas a partir daí, o caminho evaporou-se e tivemos que galgar um par de socalcos para chegar ao caminho.
A partir de então já estava em local que conhecia e num entrelaçado de caminhos que por ali existem, escolhemos os que nos conduziram à Aldeia dos Bugios, onde pretendia fazer uma visita ao meu amigo Zé e à sua adega.
Mas derivado à hora e ao facto do Filipe ter de ir trabalhar à tarde, deixámos a visita para um outro dia e regressámos á cidade.
Ficou ainda por limar a passagem no ribeiro, para que o percurso fique ciclável e com passagem em trilhos fantásticos.
Com tempo irei juntando as partes e criarei um percurso circular para mais tarde partilhar com os amigos.
Posto isto, foram 74 kms por zonas de agreste beleza, onde o Rio Ocreza sobressaía com as suas águas, agora esverdeadas pelas microalgas, próprias do tempo estival.
Uma manhã de btt, onde o expírito explorador e de aventura, nos proporcionaram umas quantas horas divertidas e adrenalínicas, nalguns momentos.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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