Nesta quarta feira e aproveitando a embalagem da primeira etapa do GR22 entre Castelo Novo e Piodão, apeteceu-me continuar a ver paisagens diversas das que têm sido as das últimas saídas de Btt, onde quase sempre estou condicionado aos compromissos dos meus amigos, que ainda "labutam" para o patronato, não tendo ainda atingido a idade para a aposentação, como é o meu caso, que me permite gerir o meu tempo da forma como me dá na gana, ou não seja eu, como costumo dizer quando me perguntarm o que faço agora . . . um gestor de tempos livres!!!
Na companhia do Nuno Eusébio, a gozar umas muito mini férias, aproveitámos para pintar a manta por aí, sem horários nem compromissos, só pedalar por onde nos desse na gana.
E assim, fui redescobrir uns velhos trilhos, para mim, onde já há uma "catrefada" de anos não circulava e que até duvidava se alguns deles ainda estavam cicláveis.
Saímos da nossa bonita e ajardinada sala de espera na Pires Marques . . . ainda se lembram! . . . e rumámos às Benquerenças, onde logo procurámos e pedalámos por uns quantos singles que por ali "pululam" à esperam que alguém os descubra e lhes dê alguma dignidade, por eles pedalando e arfando de alegria.
Descemos depois para a Foz Líria, onde a beleza na junção daqueles dois caudais, agora como que "hibernados" em multiplas "péguias", não deixam de nos deslumbrar com as suas paisagens algo agrestes.
Como depois duma boa descida se segue quase sempre uma arfante subida, desta vez também não fugiu à regra e assim chegámos à pacata aldeia de Calvos.
Após umas centenas de metros em asfalto saímos para a direita, onde nos embrenhámos em frescos e sombrios pinhais, pedalando por trilhos atapetados pela caruma do pinheiro, até que entrámos no lugarejo da Nave, cruzando a sua única e principal artéria, onde efectuámos uma breve paragem para admirar o seu castiço fontanário e dar dois dedos de conversa com um habitante local.
Seguímos depois pelo Espadanal, Vinhas da Tapada, Estacal, Valejo, Rapesão e Alagoas até chegarmos às passadouras que dão acesso á Aldeia de Camões.
Subimos por alcatrão aquela "chicane" de curva e contracurva em inclinada subida, para logo nos desviarmos à esquerda e nos lançarmos em adrenalínica descida para o vale que nos levou à Esteveira de Baixo e Carvalheiras, atingindo depois a bonita Aldeia de Xisto de Martim Branco, onde efectuámos uma paragem junto à fonte para atestar os camelbacks e comer algo.
A partir dalí os trilhos já eram mais conhecidos e batidos pelos betêtistas e que nos conduziram pela Várzea Fundeira ao Barbaído, continuando depois pelo Juncal do Campo, Lameira do Velho e Caféde, onde hoje derivado ao adiantado da hora não efectuámos a habitual paragem no Café da Dª. Júlia e seguimos passando a Rabaça em direcção à Fábrica da Ração, entrando seguidamente em Alcains e logo depois Santa Apolónia chegando à cidade com 83 kms percorridos em trilhos bonitos e diversificados, em andamento calmo e descontraído, onde puz a conversa em dia com o amigo Nuno Eusébio, que também ele ficou bastante satisfeito com a nossa volta betêtista de hoje, tanto mais que nunca antes por ali tinha pedalado.
No próximo domingo segue-se a segunda etapa do GR22 entre Piodão e Linhares da Beira e na semana seguinte vou gozar umas merecidas mini férias, aproveitando os feriados.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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