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"GR22 - Linhares da Beira/Marialva"

Neste domingo, juntou-se de novo o grupo original, para concluir a terceira etapa da bonita "Rota das Aldeias Históricas" em BTT.
AC, Luís Cabaço, Silvério, Carlos Sales e João Valente, cedo se prepararam para mais esta aventura.

pouco passava das 07h quando partimos em direcção a Linhares, sob chuva, por vezes intensa, que nos iria certamente dificultar a progressão nesta bonita aventura.

Pouco depois das 08h30, chegámos então a Linhares da Beira, uma aldeia histórica situada nas faldas da Serra da Estrela a 810 m de altitude. O seu bonito Castelo, construido em 1291 durante o reinado de D. Dinis, desempenhou um importante papel na defesa da Beira Alta nos primórdios da nacionalidade. A colonização romana é ainda visível em alguns troços de estrada e do seu património histórico, destaca-se a calçada romana que ligava Linhares a Mangualde e por onde demos início à nossa aventura.

Depois duns valentes abanões pela técnica descida da calçada romana até quase ao Bairro da Ribeira, entrámos nos trilhos que por entre paisagens diferentes das etapas anteriores, mas não menos belas ,nos conduziram à bonita e altaneira aldeia histórica de Marialva.

O tempo até ajudou na primeira metade do percurso, com um sol que apesar de alguma timidez, até aquecia.

Com uma altimetria moderada e em trilhos enriquecidos aquí e alí com alguns single tracks lá fomos progredindo cruzando pequenas povoações e algumas aldeias.

Ladeámos Figueiró da Serra e cruzámos a Carrapichana a Mesquitela e Vila Soeiro e após a travessia do Rio Mondego pelo açude, num local algo paradisíaco, alí efectuámos a nossa primeira paragem para repor energias, desta vez reforçadas pela "angelica" que o meu irmão Luís trazia dissimulada num "garrafito" e com a qual pretendia apaziguar a "gula" por geropiga do Silvério, pois ainda não houve etapa alguma em que não evocasse aquele "néctar".
Foi uma surpresa que o deixou feliz !!!
Só que, a partir dalí, com uns goles de "angelica" e um toque na configuração das suspensões da sua bike, foi como se tivesse bebido "Red Bull". Deu-lhe asas . . . e a partir dalí, para o parar só quando o Carlos Sales lhe tapava o caminho, obrigando-o a travagens de emergência. eh eh eh!!!

Cruzado o Mondego, continuámos pedalando por bonitos e diversificados trilhos passando pela Aldeia da Muxagata e Aldeia Nova, onde a chuva nos começou a fazer companhia.

As negras nuvens que já algum tempo nos acompanhavam, começaram então a descarregar dificultando-nos na mais dura subida do dia, a que nos conduzia pelo Vale de Serapico e que para que a dificuldade fosse acrescida, tivemos ainda a companhia duns quantos "motoqueiros" de motorizadas e aceleras que nos poluiram o ar e os ouvidos durante algum tempo.

À chegada ao alto, a chuva aumentou de intensidade, parecendo quase um dilúvio, molhando-nos o "fatinho" por completo, com excepção do Silvério, cuja roupinha já tinha guardado hà bastante tempo e que conduzia já a sua "máquina" com os seus calçõezinhos à Ronaldo e de camelback às costas. Peculiar!!!

À chegada à Venda do Cepo a chuva já tinha abrandado um pouco e lá íamos progredindo, agora com paisagens ainda mais bonitas e passadas as aldeias das Moreirinhas e do Rabaçal, avistámos então o Castelo de Marialva, que se erguia lá no alto e onde seria o "términus" na nossa façanha de hoje.

Até à entrada da parte nova de Marialva, não foi difícil, mas para chegar ao Castelo, na parte antiga da aldeia, tivemos que vencer uma subida em calçada que valeu o esforço, pois a beleza do seu castelo é gratificante.

Marialva . . . situa-se na sua parte antiga numa vasta eminência rochosa a 580 m de altitude, sobranceira aos campos da Devesa. O seu bonito Castelo ergue-se num esporão a 613 m de altitude, sobranceiro ao extenso vale que constitui o rebordo mais ocidental da Meseta Ibérica. Foi ali que se situou o principal núcleo da comunidade dos Aravos, tribo Lusitana que se terá oposto com vigor à invasão romana.

Foi debaixo de chuva que arrumámos as nossas bikes e encetámos o caminho de regresso a Castelo Branco.

Paragem ainda no caminho num restaurante à beira da estrada para uma pequena refeição,para repor as calorias gastas.
Apesar do dia ser algo insípido, não arrefeceu a vontade e a procura de aventura deste quinteto de amigos e cujo próximo capítulo está já agendado para o próximo domingo, com a ligação de Marialva a Castelo Mendo, numa extenção que se aproximará dos 100 kms.
Deixo aqui também o meu "bem haja" ao João Afonso e esposa, pela disponibilidade e pelo apoio, gesto que que apreciámos e registámos com agrado.


Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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GR22 - Linhares da Beira/Marialva

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