Avançar para o conteúdo principal

"Passeio de mota pelo Geopark Las Villuercas e Guadalupe"

"Feliz do homem que possui uma moto, ele pode viajar, ver paisagens e entender-se a si próprio." (Eric Viking)
Hoje foi dia de dar liberdade à mota.
Na companhia dum casal amigo, o José Paulo e a Carla, fomos passear de mota pelas Dehezas Extremeñas, Geopark de las Villuercas e uma pequena visita a Guadalupe, um dos mais bonitos "pueblos" de Espanha.
marcamos encontro na Pastelaria "A Ministra", numa das rotundas do Bairro da Carapalha e pouco depois das 08h30, já com a matinal dose de cafeína ingerida, fizemo-nos à estrada.
Rumamos a Segura, onde entramos na "tierra de nuestros hermanos" seguindo depois até á Ponte Romana de Alcântara, onde efetuamos uma pequena paragem para apreciar aquela fantástica obra de engenharia romana que maravilhou o mundo antigo.
Com uma história que se perde no tempo, esta ponte carrega peripécias e curiosidades.
Não entramos na povoação e por uma estradinha "vecinal" seguimos para Mata de Alcântara e Garrovillas de Alconétar, onde paramos, na sua praça principal, para aliviar um pouco as pernas e beber uma bebida fresca.
Fomos seguidamente até ao impressionante "Pântano de Alcantara" que ladeamos um pouco e depois da passagem sobre a ponte de onde se avista a famosa Torre de Floripes, mergulhada nas águas da barragem, voltamos à direita para nos adentrarmos nas "dehezas extremenhas" com passagem por Hinojosa, Talaván e Monroy, uma bonita "Villa Romana".
Aqui descemos pela primeira vez ao Rio Almonte, para aliviar um pouco o percurso mais linear e subimos à Aldea del Obispo e mais à frente, Torrecilla de la Tiesa, onde voltamos a cruzar o Rio Almonte, com mais uma boa sequencia de belas curvinhas.
Na Deleitosa paramos para abastecer de gasolina e uns kms mais à frente, fizemos nova paragem, em Retamosa, para o almocinho da praxe, num simpático "tasco" de gente simpática.
Já com a barriguinha mais aconchegada, demos inicio à parte montanhosa, praticamente dito e mal fizemos os primeiros kms após o almoço tivemos a primeira grande imagem sobre as Villuercas.
Aquela paisagem montanhosa é simplesmente singular.
Subimos o Puerto de Portollano, bem curvilíneo e depois de passar por Roturas e Navezuela, pudemos apreciar a beleza única sobre o vale do "Embalse de Cancho del Fresno" e as impressionantes paisagens do Collado de la Quebrada.
Descemos a Cañamero por uma estreita estradinha de montanha e alguns kms mais á frente entramos na majestosa Guadalupe, um dos "pueblos" mais bonitos e um dos centros de maior devoção mariana do país, foi considerado Conjunto Histórico-Artístico pelo incrível legado medieval que conserva.
Conserva plenamente o traçado medieval do seu urbanismo e belíssimos exemplos de arquitetura popular.
O seu maravilhoso Real Monastério, declarado Património da Humanidade pela Unesco e a história da virgem que lhe deu fama.
Por já ser um pouco tarde e haver compromissos por parte da Carla, que tinha hora para estar na cidade, não foi possível desta vez fazer a merecida visita a este bonito "pueblo", começando pelo seu imponente "monastério".
 Ficará para outra oportunidade!
A partir daqui o regresso fez-se por percurso mais rápido, com passagem por Navalvillar de Ibor, Castañar de Ibor, Bohonal de Ibor, Embalse de Valdecañas e mais á frente entramos na A5 e A1, chegando mais rapidamente a Moraleja.
Aqui eu fui atestar a moto á povoação e o José Paulo e a Carla continuaram para Castelo Branco, pois já estavam um pouco atrasados.
Foi um belo dia a passear de moto por alguns dos bonitos "pueblos de nuestros hermanos" por estradinhas maioritariamente panorâmicas, tendo de destacar a fabulosa travessia do Geoparque de Villuercas- Ibores e Jara, na excelente companhia do José Paulo e da Carla.
Um bem-haja para eles pela boa camaradagem.

Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-