"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê. . . (Platão)
Hoje apeteceu-me dar uma volta vadia em modo cicloturistico, a vertente que mais gosto para usufruir do prazer de andar de bicicleta.
Logo cedinho, levantei-me preparei a trouxa, tomei a primeira refeição do dia e fui buscar a bicicleta que arrumei na mala do carro.
Com musica selecionada dos Creedence Clearwater Revival e dos Dire Straits, lá fui trauteando umas "words" até Penamacor, onde estacionei a viatura no parque das bombas de gasolina.
Preparei um percurso para percorrer umas aldeolas catitas encaixadas nalguns dos bonitos vales graníticos da zona de Sortelha, Belmonte e Caria.
Pelas 07h30 sai do parque das bombas rumo à Meimoa.
Um percurso rolante e propício a umas boas pedaladas iniciais, desfrutando da acalmia daquela hora matutina e da beleza das encostas da Serra da Malcata.
Mais á frente passei o Vale da Senhora da Póvoa e enfrentei a primeira e longa subida do dia, que me fez ir assoprando levemente até ao alto de Santo Estevão com passagem pelo Terreiro das Bruxas.
Já no alto, virei à esquerda para uma estreita e panorâmica estradinha que me conduziu por Alagoas, Aldeia de Santo António e Urgeira, onde virei à esquerda para uma bonita estrada com ricas panorâmicas até Sortelha, uma das mais belas e antigas vilas portuguesas, que mantêm ainda a sua fisionomia urbana e arquitetónica inalterada até aos nossos dias, sendo considerada uma das mais bem conservadas.
Entrei naquela bonita vila medieval pela Porta da Vila e cruzei toda a povoação, em sentido ascendente, e que ascendente, até à Porta Nova, onde pude usufruir de vistas espetaculares sobre os vales que a circundam.
Desci de novo à estrada pela zona da calçada e ladeando a Torre do Facho.
Seguiu-se uma adrenalinica descida de fechadas curvas, mas não resisti parar logo à terceira curva para apreciar um bonito recanto repleto de pequenas esculturas e arte que desconheço.
Já na parte final da descida virei à direita para a Azenha e logo depois à esquerda para pedalar em mais uma bonita estrada panorâmica até à Bendada.
Continuei para Trigais para um pouco mais á frente virar à direita para uma estreita e fantástica estradinha a rasgar um granítico vale, pelas Olas, Quinta de Baixo e Quinta Cimeira, virando a esquerda para Maçainhas, cruzando a A23 por uma passagem posterior.
Cruzada a aldeia pelas suas bonitas ruas empedradas, ladeei a A23, que mais á frente voltei a transpor por uma passagem posterior e rumei a Belmonte, terra de Pedro Álvares Cabral, terra solarenga, de boas gentes, paisagens sem fim e uma história de séculos.
Subi ao seu altaneiro castelo e desci por umas ruelas estreitas e belas, subindo de novo ao miradouro para apreciar a magnânima paisagem a perder de vista sobre as encostas da Serra da Estrela.
Desci seguidamente à Quinta das Pereiras e fui até Caria, uma vila muito antiga e um explêndido exemplar da cultura da belíssima Cova da Beira.
A hora de almoço estava-se aproximando e era hora de ir terminando esta belo percurso cicloturistico, pelo que segui até à Capinha e depois de passar a velha ponte medieval segui para Penamacor, onde cheguei rapidamente, com a ajuda do senhor vento, que desta vez foi meu amigo nesta parte final.
Depois de arrumada a bicicleta, foi hora de regressar a casa, satisfeito com esta bonita manhã, que chegou a ser bem acalorada por aquelas bandas, desfrutando de esplendorosas paisagens e bonitas estradinhas panorâmicas, visitando algumas aldeias, ou vilas com história e que ficam na história deste meu passeio vadio em cicloturismo.
Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté
AC
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