"Não há nada mais emocionante do que a aventura de viver"
(Hayrã Felipe Martins)
Andar de bicicleta, conviver com amigos e desfrutar de uma boa aventura, é um dos meus hobbys preferidos.
Na companhia do Nuno Eusébio, Luís Lourenço, Nuno Maia, Jorge Palma e Jorge Varetas Verde fomos aventurar-nos num bonito passeio velocipédico pelas Serras da Lousã, Sinhel e Castanheira de Pera.
Partimos do parque de estacionamento da Praia das Rocas, em Castanheira de Pera pelas 08h00 rumo à primeira dificuldade do dia que se iniciava na Palheira e terminava no alto da Mega.
Um "ossinho" para aquecer o "caparro" para os "carocinhos" que nos aguardavam lá mais para a frente.
Logo à saída de Castanheira de Pera fomos em busca da matinal dose de cafeína num café, mas a senhora tinha-se esquecido de ligar a máquina, pelo que seguimos viagem.
Aproveitamos a passagem e demos um saltinho à Praia Fluvial do Poço da Corga, um belo recanto para umas horinhas de relaxamento e um par de mergulhos nas suas águas cristalinas.
Subimos então ao alto da Mega e descemos para a Mega Cimeira, para mais uma pequena dose até ao alto de Obrais.
Pouco depois de iniciarmos esta ascensão, o Nuno Maia foi protagonista do azar do dia ao partir o desviador da sua KTM, de tal forma que não tinha reparação possível.
Nada havia a fazer e teve de recorrer à assistência privada para regressar a casa.
Continuamos a nossa aventura e seguimos para Álvares, uma bonita vila beirã.
Entramos na vila cruzando a sua bela ponte filipina e paramos no café da vila no aprazível local do Soito, onde vegetam frondosos álamos.
Depois duma merecida "sandocha" de bacon e queijo e uma bjeca fresquinha, saímos para enfrentar os contornos da Serra de Sinhel, ladeando o seu bonito vale e cruzando as bonitas aldeias de Amiosimnho, Relva da Mó e Roda Fundeira e Cimeira.
Logo à saída, e depois de cruzar a ribeira por um velho pontão, enfrentamos a curta e exigente subida que ladeia a velha fábrica de lanifícios, movida a energia hidráulica, já há muitos anos desativada e abandonada, onde entre outros, se fazia o velho burel.
Um percurso bonito de paisagens cativantes até à aldeia de Roda Cimeira, onde enfrentamos um dos duros "caroços" do dia, com a longa subida ao tanque florestal e antiga casa do guarda.
A partir daqui a "coisa" acalmou, com a entrada na N.2, sempre em descida até ao Cimo do Alvém com passagem por Cantoneiros, Esporão e Ladeiras.
No Cimo do Alvém abandonamos a N.2 e seguimos pela panorâmica estradinha que nos conduziu à Lousã, passando por Alegria, Pontão do Seladinho, Codeçais, Golpilhares e Vilarinho.
Mal entramos na Lousã e com uns barulhinhos esquisitos na zona estomacal, paramos no Restaurante "Manjar de Deus" e ali estivemos entretidos com uma bela sopinha, umas bifanas, umas bjecas bem fresquinhas e até uma sobremesa bem adocicada valeram, em modo preparatório à subida da sempre bela Serra da Lousã, caracterizada pela sua magnitude e simplicidade, com especial destaque para as suas belíssimas aldeias serranas e percursos naturais.
Demos inicio a esta fantástica subira pela Alfocheira e paramos na bonita aldeia de Candal, com uma pequena visita ao seu largo principal onde apreciamos a natural beleza daquele local único.
Desfrutando da idílica panorâmica montanhosa desta magnífica serra, fomos até ao Catarredor, a aldeia menos recuperada, mas ainda assim com o seu encanto.
Mais à frente, foi a vez da visita à aldeia de Talasnal, para mim a mais bela e bem recuperada de todas elas, a par de Gondramaz, que não teve a nossa visita por estar fora de roteiro.
A descida da serra rumo a Cacilhas foi feita a boa velocidade, seguindo depois por Vale Maceira, Portela, Cova do Lobo, Espinho, Cadaixo e Pereira, onde enfrentamos a maior dificuldade do dia com a duríssima subida ao Casalinho, pelo Torno.
A partir daqui a dureza abrandou e seguimos pela cumeada da serra, passando Supegal e Fetais até chegarmos a um bonito recanto do percurso, a Praia Fluvial da Louçainha, que não pudemos desfrutar pelo adiantado da hora, pois ainda estávamos a uma vintena de kms do final.
Até Castanheira de Pera já não houve grande dificuldade e depois da passagem pela Ribeira Velha, foi desfrutar da boa descida a Castanheira.
Já junto das viaturas, arrumamos as bicicletas, trocamos a licra por roupa mais informal e fomos até ao Restaurante Santo Amaro, na Sertã, em busca da afamada sopa de peixe e dum belo prego, bem regadinho com par de canequinhas loiras.
Foi um belo dia de pedalada com amigos, numa bonita aventura lúdica, com alguma dureza, mas é disto que a malta gosta e nos faz sentir ativos e com vontade de viver, pois ao contrário de quem diz . . . . só se morre uma vez, eu digo: errado, só se vive uma vez, por isso . . .usem e abusem da vida, porque só se morre mesmo uma vez.
Fiquem bem.
Vemo-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté
AC
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