Avançar para o conteúdo principal

"Hoje fomos a Monforte da Beira"

Com a chuva a amolecer os trilhos, as "Docas" começaram a encher.
Quero com isto dizer, que a malta gosta mesmo é de sujar o fatinho e, foi isso mesmo que hoje fomos fazer até Monforte da Beira . . . sujar o fatinho pelos belos trilhos de montado que antecedem aquela típica aldeia beirã.
Para que tal acontecesse, compareceram hoje, além de mim, o João Afonso, Abílio Fidalgo, Álvaro Lourenço, João Caetano, Nuno Dias, Nuno Eusébio, Nuno Maia e Pedro Roxo.
O percurso de hoje ultrapassava os 60 kms e como tal, para que a hora de chegada coincidisse com a habitual de almoço, era necessário aumentar um pouco a "lenga - lenga" do costume.
Alguns contratempos contribuíram para atrasar um pouco a coisa, mas tudo correu dentro da normalidade.
Abandonámos a cidade pelas 08h15 em direção à Srª. de Mércules, onde entrámos nos trilhos.
Passámos pelo Forninho do Bispo e num sobe e desce rompe pernas, subimos ao VG do Alcaide para seguidamente nos lançarmos encosta abaixo até ao Monte do Jambum.
Pelo largo estradão, passámos a Ribeira do Cagavaio e depois do Monte da Ponte entrámos na N.10-8, que segue para Malpica do Tejo.
Cruzámos a ponte sobre o Rio Ponsul e virámos à direita subindo o Monte do Pardal, onde fletimos depois à esquerda para o Monte do Picado.
Aqui voltámos ao asfalto, para encurtar um pouco o percurso inicialmente delineado e pela M.554, fomos até ao Monte da Farropa, onde voltámos aos trilhos.
Pela cumeada do Monte da Represa e pelo belo terreno de montado, seguimos até ao Monte do Caldeireiro, que cruzámos até ao antigo estradão agora alcatroado, que liga Malpica do Tejo a Monforte da Beira.
Seguimos depois para a Malhada e descemos à Cachaça, continuando até às Morteiras, que contornámos, para entrar na zona dos olivais da serra de Monforte.
Subimos a serra por uma quelha onde a pedra roliça, algo molhada e com uma inclinação a puxar pelo "arfanço", deu luta até ao cruzamento para a Mina da Tinta, situada na crista dos Galeguinhos, não muito longe do castelo.
Descemos a Monforte da Beira pela encosta dos olivais e fomos até ao Café do "Joaquim Padeiro", onde tomámos o cafezinho da praxe.
Hoje o tempo era curto e a paragem foi pouco longa.
Saímos da aldeia em direção ao Monte do Barata e à entrada do eucaliptal, virámos à direita para o Monte Grande, passando junto à margem esquerda da barragem. Uma bonita imagem!
Esta barragem é servida pelo ribeiro do Vidigal e foi este ribeiro que ladeámos até à Malhada do Sordo, sempre em boa velocidade, para ganhar algum tempo.
Mas alguns contratempos foram-nos criando alguns atrasos.
O Nuno Dias, começou com um furo lento na roda da frente e de vez em quando era necessário parar para meter ar.
Depois foi a roda de trás e à passagem pelo Monte do Barata, o pneu da frente acabou mesmo por sofrer um rasgão, tendo sido necessário algum improviso para que pudesse continuar. Vivam os "zip ties"!!!
O João Afonso à passagem pelo Monte da Represa foi fazer um xixizinho e só alguns kms mais à frente é que se lembrou que tinha esquecido da "pochete" no local. Enfim . . . tudo faz parte destas pequenas aventuras e acabam mesmo por as enriquecer!
Depois da Malhada do Sordo seguimos o estradão que ladeia o Rio Ponsul, com passagem pelas Malhadas da Várzea até à sua antiga ponte medieval.
A partir daqui, o grupo separou-se e eu, o João Caetano, Pedro Roxo, Nuno Eusébio e Nuno Maia, voltámos aos trilhos, pelo percurso delineado e os restantes seguiram por alcatrão até à cidade.
Subimos pelo Monte do Clérigo até à lixeira nova e cruzamos a estrada para o eucaliptal, voltando de novo ao asfalto e, um pouco mais à frente, entrarmos de novo nos trilhos para o Vedulho de Cima.
Ladeámos o Monte de S. Martinho e entrámos na cidade pelo Quinteiro.
Despedi-me da rapaziada que me acompanhou, pois iam para o outro lado da cidade e regressei a casa, donde saíra umas horas antes.
Uma bela manhã de btt com um excelente grupo de amigos, partilhando trilhos e convivendo em alegre cavaqueira, pelos bonitos terrenos de montado até Monforte da Beira e regresso.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Bela volta de uma bela equipa, a fazer lembrar manhãs domingueiras à "moda antiga"!
Abraço para todos
Silvério

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-