Há dezasseis anos consecutivos que me desloco a Fátima de bicicleta, sempre no fim de semana antes de 13 de Maio, numa obstinação que me leva àquele altar mariano, não para cumprir qualquer promessa, que nada prometi, mas para agradecer o que sou hoje, o que tenho e a liberdade de dispor da minha vida como bem me aprouver, desligada de compromissos constrangedores ou fidelizações doentias.
Este ano, acompanharam-me o meu irmão Luís e o amigo Zé Almeida, que vieram da Sertã ao meu encontro.
Saí de Castelo Branco pelas 06h15 com um novo percurso delineado em direção a Fátima, passando por Sarnadas de Rodão, Alvaiade, Perdigão, vale da Mua, Pedra do Altar e Vale do Clérigo, onde me encontrei com o meu irmão e o Zé Almeida.
Eles deram meia volta e depois de passar as Moitas, paramos no café defronte da pista de aviação para a matinal dose de cafeína e o pastelzinho de nata.
Depois de uns minutos de conversa descontraída, retomamos a nossa peregrinação seguindo pelos Caniçais, Cimeiro e Fundeiro, Vale da Carreira, Mesão Frio, Arganil, Freixoeiro e Cabo, onde jizemos um desvio à pequeno lugarejo de Robalo, onde vive o meu pai, para uma pequena visita e "molhar o bico" com um tintinho matinal para manter a bateria carregada.
Depois da pequena visita, voltamos ao percurso inicial e continuamos pela Maxeira, Chão de Lopes, Chão de Codes, Monte Cimeiro, Panascos. Venda Nova, Andreus e Martinchel, onde paramos na Padaria "A Prensa" para um abastecimento sólido. Aqui encontrei o amigo Engenheiro Edmundo, que nos fez companhia e com quem estive algum tempo à conversa, relembrando velhos tempos.
Despedidas feitas e voltamos à estrada, descendo ao paredão da bonita barragem do Castelo de Bode, com paragem obrigatória para um clic digital.
Seguimos depois pelo Bairro e Ervideira e Quinta do Falcão, onde fletimos à direita para uma estradinha mais panorâmica e com escasso trânisto, que nos levou até Tomar, por Bemposta, Marianaia, Valbom e Marmelais.
Em Tomar, fizemos uma paragem no adro da igreja de Santa Maria do Olival para uma foto de grupo e de novo junto ao Rio Nabão, que ladeia o bonito jardim da cidade para um pequeno registo digital e continuamos, seguindo agora pelo Casal das Sortes, Carregueiros, Vale dos Ovos e Alburitel, para a derradeira paragem para abastecimento sólido num snack bar local.
Fátima já estava a escassos 18 kms e perfeitamente a nosso alcance.
Seguimos para Ourém, Corredoura, Melroeira e Ourém, a última localidade de passagem ants de concluir esta nossa peregrinação.
Desta vez subimos a Fátima pelo lado mais fácil seguindo em frente. Um pouco mais longo mas menos agressivo.
Com os parques cheios e o trãnsito cortado no seu acesso, a minha Maria estacionou a viatura um pouco longe do parque nº2, onde sempre tenho ficado.
Depois do lanchinho habitual, fomos de bicicleta até ao Santuário para registar o momento com a foto de grupo.
Depois das despedidas, o meu irmão e o Zé Almeida tinham ainda 75 kms para a tingirem o seu objetivo, no regresso à Sertã de bicicleta.
Eu regressei a casa, depois de cumprir mais uma vez a minha obstinação anual, com a ciclo peregrinação ao Altar Mariano de Fátima.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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