Avançar para o conteúdo principal

"Ladeando o Ocreza"

Pensamento:
"Quando um amigo ri, é a ele que pertence dizer-me o motivo da sua alegria; quando chora, pertence-me a mim descobrir o motivo do seu desgosto."
(autor desconhecido)

.o0o.
Ontem, dia 13, juntei-me aos amigos F.Mike, João Valente e Filipe e fomos ao encontro do belo Rio Ocreza, em busca de trilhos e paisagens que nos preenchessem de forma divertida, a manhã solarenga e pouco fria que este atípico mês de Novembro teima em nos proporcionar.
Rumámos ao Palvarinho, passando pela Tapada das Figueiras e Penedo Gordo, onde descemos pela agora algo técnica descida para a Ponte de Ferro, derivado aos estragos feitos pelos camions de transporte de madeira, para de seguida atacar de forma arfante a algo dolorosa subida para a Capela de S. Lourenço já nas imediações da Aldeia do Palvarinho.
Ali, mais uma vez fomos bater com a nariz na porta do café situado junto ao Complexo Desportivo, pelo que, continuámos em direcção aos extensos eucaliptais a perder de vista e passámos pelo Vale Galedete e Monte Tavares, quase sempre em descida por caminhos pedregosos, até chegarmos ao leito do Rio Ocreza, já junto à ponte da Taberna Seca e que vinhamos ladeando já há alguns kms, lá do alto.
Cruzámos o rio, nesta altura do ano e ao contrário de anos anteriores, ainda se passa de bicla, quase sem molhar o "pézinho"e continuámos até à ponte onde virámos à esquerda para a Taberna Seca, apenas de nome, pois foi alí mesmo que parámos para tomar a bicazinha matinal no Café Belo.
Um pouco de conversa, umas barritas energéticas (???) consumidas e fizémo-nos de novo aos trilhos atravessando a povoação para tomarmos o trilho que segue sempre pela cumeada e de onde se pode observar durante muitos kms, à direita o Rio Ocreza e à esquerda a Ribeira da Líria, proporcionando-nos belas paisagens, até descermos para a foz, onde a Líria mistura as suas águas com as do Ocreza.
Pelo trajecto, vão-se avistando, ora à direita, ora à esquerda, vários lagares, lagaretas e moinhos, em que ambos os cursos são ricos e que entre eles, repartem umas dezenas dessas construções, na sua maioria já em ruínas, que com pena minha, não sejam aproveitadas e partilhadas na vertente turística, nas suas diferentes variantes.
Fala-se muito, faz-se muito pouco.
Há por aqui, ou por acolá uns pequenos esboços, umas pequenas vontades, mas não passa disso.
Bem explorado, seria uma riqueza e certamente uma mais valia para a região em termos de turismo. Enfim!!!
Eu, por ali vou pedalando de vez em quando, com alguns amigos, que comigo partilham estes belos recantos.
Da foz da Líria seguiu-se a longa subida para as Benquerenças, onde fizémos nova paragem para "uma rapidinha". Calma aí!!! Não é nada disso!!! Apenas parámos no Café Antão e aderimos ao spot publicitário da Sagres "vai uma rapidinha" e mamámos uma "bjecazinha" num acto de solidariedade para com a dita empresa, tanto mais que a cartilagem do meu joelho direito, que já vinha sequinho, há algum tempo que vinha clamando pelo precioso líquido.
Já tudo oleadinho e no sítio, foi fácil continuar até Castelo Branco, passando ainda pelo Baixo da Maria, para entramos na cidade pelo portal da Padaria de Montalvão, em direcção às Piscinas.
Chegámos pelas 13h, com 55 kms percorridos por belos trilhos e paisagens de encanto e onde a mim pessoalmente, me toca a alma.
Vemo-nos nos trilhos !!!
Fiquem bem
AC

Comentários

rider disse…
Bonitas paisagens.
Conheço parte delas, mas confesso que já tenho saudades de pedalar para esses lados.

Abraço

rarn
Fidalgo disse…
Dou-vos um concelho de quem foi pedalar no Domingo às 8 horas, desta vez penso que está na hora de mudar a concentração para as 9 horas. Estava um FRRRRIIIIOOO. Nem estava chuva nem orvalho, estava um frio .......
Boas pedaladas.

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Passeio de Mota à Serra da Lousã"

"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." (Albert Einstein) Dia apetecível para andar de mota, com algum vento trapalhão durante a manhã, mas que em nada beliscou este esplêndido dia de passeio co amigos. Com concentração marcada para as 08h30 na Padaria do Montalvão, apareceram o José Correia, Rafa Riscado, Carlos Marques e Paulo Santos. Depois do cafezinho tomado acompanhado de dois dedos de conversa, fizemo-nos à estrada, rumo a Pampilhosa da Serra, onde estava programada a primeira paragem. Estacionamos as motas no estacionamento do Pavilhão Municipal e demos um pequeno giro pelo Jardim da Praça do Regionalismo e Praia Fluvial, indo depois comer algo à pastelaria padaria no beco defronte do jardim Abandonamos aquela bonita vila, não sem antes efetuarmos uma pequena paragem no Miradouro do Calvário, com uma ampla visão sobre aquela vila tipicamente serra, cruzada pel