Avançar para o conteúdo principal

"Foz da Ribeira do Muro"

Hoje, na companhia do Carlos Sales, resolvemos ir dar uma voltinha circular e reviver alguns velhos trilhos, que nos levaram até às inóspitas paragens, onde a Ribeira do Muro despeja as suas águas no Ribeiro do Barco, um dos afluentes do Rio Ponsul, cuja foz se situa bem junto à Ponte que antecede a Aldeia de Lentiscais.
O dia hoje, mostrava algumas incertezas, mas acabou por nascer uma manhã solarenga, apenas molestada pela forte ventania, que em alguns locais, bastante nos dificultou a progressão.
Saímos pela Cova do Gato e passando junto ao paredão da Barragem da Talagueira, pedalámos em direcção às Benquerenças pelo Baixo da Maria.
Junto à A23, rumámos em direção aos Amarelos, passando mais uma vez pela Represa, sem a habitual paragem no Ramalhete.
Acontece que descobrimos há algum tempo, que na Padaria dos Amarelos se faziam um croissants com recheio de chocolate, que são uma delícia!!!
Por isso para aquelas bandas, a paragem para abastecimento já está oficializada.
Deambulámos depois pela zona dos Poços Fundos, em velhos trilhos e alguns pequenos singles, até que chegámos ao Retaxo.
Passámos as Olelas e fomos divertir-nos para as imediações dos Maxiais, nuns singles por ali existentes, alguns bastante técnicos, que nos deliciaram.
Descemos depois pelo estradão que segue lá para os lados de Alfrívida, mas não o concluímos virando algures à esquerda, para os Vales das Quedas e da Dona, para em trilhos pouco usados passarmos a Várzea do Sapinho e contornarmos o cabeço, onde lá em baixo, mesmo à nossa frente e num local onde a natureza é completamente selvagem, comtemplámos o pequeno açude onde a Ribeira do Muro despeja as suas águas no Ribeiro do Barco, que acompanhámos durante algum tempo, no seu curso curvilínio, até que subimos para o Cabeço do Pico e seguidamente, para a Escudeira, onde em trilhos já mais conhecidos, rumámos ao Valongo, com a paragem habitual no Bar da Associação, onde bebericámos um par de minis pretinhas acompanhadas pelos afamados tremoços XXL, aproveitando aqueles longos minutos de relaxamento para por a conversa em dia.
A hora de almoço aproximava-se e urgia chegar a casa, para o banhinho retemperador e o merecido repasto.
Uma manhã de btt à antiga, sem stress nem euforias, sem críticas nem contratempos.
Dois tipos que adoram andar de bike, trilhar caminhos e ver paisagens em locais inóspitos, onde por vezes o acesso requer alguma teimosia e desgaste físico.
54 kms percorridos, a maioria deles em comunhão com a natureza.
Acho que vou regredir e voltar às minhas voltas de antigamente, onde tudo era puro e também algo duro. Começar a separar o trigo do joio e fazer aquilo que realmente gosto de fazer . . . andar de bicicleta. . . não dar umas voltas de bicicleta, à deriva e sujeitas a circunstâncias banais!!!

Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos.
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela ...

PPS PR1 e PR2 - Caminho de Xisto do Fajão e Ponte de Cartamil,"

"Eu escolho viver, não apenas existir." (James Hetfield) Em dia de mais uma das minhas caminhadas, sempre na companhia da minha cara metade e excelente companheira nestas minhas passeatas pela natureza, fomos até à bonita Aldeia de Xisto de Fajão. Fajão, é uma aldeia de contos, que convive com as escarpas quartzíticas dos Penedos de Fajão, encaixada numa pitoresca concha da serra, alcandorada sobre  o Rio Ceira, perto da sua nascente, cuja configuração faz lembrar antigos castelo naturais. Chegamos à aldeia pouco depois das 08h30, sob intenso nevoeiro, que nos criou alguma apreensão sobre se daríamos, ou não, inicio à caminhada. Mas a impressão era de que a neblina estava a levantar e o sol começaria a iluminar o bonito Vale sobre o Rio Ceira, rodeado pelos impressionantes Penedos de Fajão e pela Bela Serra do Açor. A beleza que ainda não à muito tempo caracterizava aquela zona, era agora um pouco mais cinzenta, depois da devastação causada pelos fogos ...

"Passeio de moto pelo Alto Douro Vinhateiro"

"O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura." (Miguel Torga) Com a  excelente companhia dos amigos Luís Miguel, João de Deus e Marta Farias, fomos "desbravar" algumas das encantadoras estradinhas panorâmicas do Alto Douro Vinhateiro. A saída foi programada para as 07h00 e, já na companhia do Luís Miguel, fomos até Penamacor, onde o João e a Marta já nos aguardavam junto às bombas de combustíveis locais. Já agrupados rumamos ao norte cruzando Meimoa, Vale da Srª da Povoa, Terreiro das Bruxas, Santo Estevão e Sabugal. A partir desta vila e com a bonita visão do seu famoso castelo das cinco quinas, entramos em terras de Ribacoa, onde o frescura matinal nos atormentou um pouco e nos fez reconhecer que o verão já lá vai e as temperaturas vão já sofrendo metamorfoses, sobretudo em algumas zonas e, esta é uma delas. Logo após abandonarmos o Sabugal, viramos à direita para as Quinta...