No passado domingo, juntaram-se na Pires Marques, 11 companheiros, ávidos de aventura e divertimento.
O percurso delineado comtemplava uma grande variedade de trilhos, onde todos se divertiram e tiveram oportunidade de conhecer novos locais e novas paisagens.
Pelas 08h15 o grupo começou a rodar em direcção ao Rio Ponsul, com passagem pelos Cagavaios e Monte do Chaveiro.
Chegados à velha ponte medieval sobre o rio, a paisagem, apesar de bonita, era desoladora com o leito do rio quase seco, coisa que eu não via há umas dezenas de anos.
Subimos para o Monte dos Cancelos e daí, por zonas mais planas, rumámos a Monforte da Beira pelos extensos campos de montado, até ao Monte do Saraiva, onde entrámos no eucaliptal que nos deu acesso à Serra de Monforte.
Numa subida com alguma inclinação e onde a pedra solta dificultava a progressão, chegámos ao alto, para em adrenalínica descida, nos mandarmos encosta abaixo, serpenteando por trilhos xistosos entre velhos olivais.
Entrámos na aldeia pela quelha que dá acesso à rua principal e daí, rápidamente chegámos ao Café do Joaquim Padeiro, onde tomámos a matinal dose de cafeína, após algo mais sólido.
O "Ti Jaquim ", como sempre e quando por alí apanha malta nova, apronta-se logo para dar largas ao seu extenso reportório de histórias malandrecas, apanhando sempre alguém desprevenido.
Saímos pela zona da igreja de Santo António e continuámos a nossa aventura em direcção ao Rio Aravil, onde chegámos após alguns kms ondulantes e numa rápida descida.
Alí fomos bafejados pela sorte, pois alguém resolveu alargar e melhorar a passagem do rio com uma máquina, o que se agradeceu, pois quando por ali passei no reconhecimento do raid, aquela entrada era bastante técnica, com um longo degrau.
Seguiu-se uma bastante comprida e nalguns locais, bastante inclinada subida, onde a avózinha entrou de serviço a periodos, para alguns, para outros, se calhar nem lhe deram descanso.
Entrámos na pacata Aldeia das Soalheiras numa curta e rápida descida, onde o pessoal bastante animado, logo rumou ao café local, junto à escola e onde com mais pormenor nos debruçámos a apreciar a bela bike do Pedro Barroca, uma SALSA douradinha, que não deixou ninguém indiferente.
Bonita e exclusiva bike e que o amigo Pedro bem merece, sabendo ambos que aquela "menina" não é para exposições, mas sim para galgar trilhos e pintar a manta por aí.
Depois de mais um aperitivo na Soalheiras, seguiu-se uma difícil subida lá bem ao alto, onde pudemos então apreciar as majestosas paisagens a perder de vista até à terra de nuestros hermanos.
Numa divertida descida chegámos então à abandonada Aldeia dos Alares, onde não estivemos muito tempo, pois derivado à quilometragem do Raid e às poucas horas que compõem os dias, havia que gerir muito bem, para conseguirmos aquilo a que nos tinhamos proposto.
Nova subida para o eucaliptal que circunda o vale do Rosmaninhal, para em descida estonteante e por trilhos fabulosos, chegarmos à aldeia, com uma rápida paragem junto ao monumento à pastorícia, para um par de fotos.
Dalí à Tasca do Fatela, foi um instantinho e a malta logo dispôs as mesas, à laia de casamento, para receber as grandes e artesanais bifanas que já há algum tempo nos esperavam. E que saborosas que estavam, bem acondicionadas em pão cozidinho em forno de lenha, bem à moda do Rosmaninhal.
Já com o papinho cheio, faltavam ainda umas dezenas de kms para o final da nossa aventura de hoje, pelo que urgia começar a pedalar.
Com o grupo já recomposto das bjecas e dos tintos que temperaram aquela carniça, pedalámos vigorosamente, de novo em direcção ao Rio Aravil, agora uns bons kms mais a montante.
Fizemos uns quantos kms pelos trilhos do GR29, mais própriamente até às Cegonhas, abandonando-os aí, para começarmos a descer para o rio.
Derivado ao atraso das chuvas este ano, o rio passou-se sem dificuldade, uns a pedalar, outros mais receosos e também fruto do desgaste já acumulado, optaram por passar a pé.
Seguiu-se a subida para a herdade dos Pardinhos, sem grande dificuldade e daí, de novo até Monforte, foi um instantinho.
Apesar de termos cruzado a aldeia, optámos por não parar, pois o final do dia aproximava-se rápidamente.
Depois da passagem pelos pedregosos trilhos do Monte do Grilo, voltámos à direita, em direcção ao Monte Grande, onde chegámos através dum técnico single track, sem qualquer perigosidade, apenas as bikes se mostravam um pouco desobedientes, nas largas centenas de metros de montes de pedra roliça.
Contornámos a margem esquerda da barragem do Monte Grande e chegámos ao estradão, onde de talega enfiada, nos esforçávamos para vencer a forte ventania que assolava aquela zona e que por infortúnio, estava mesmo de frente.
Rápidamente chegámos ao Rio Ponsul, onde nos divertimos um pouco com a passagem do rio em cima das bikes, onde quase todos passaram com distinção.
Fizemos então a derradeira subida, que com passagem pelas Rebouças, nos levou até ao recinto da Sra de Mécules, mesmo ao caír do dia, após 114 duros e apesar de tudo, divertidos kms, onde a malta pôde trocar experiências, conhecer novos trilhos, apesar de já conheceram parte das aldeias por onde passámos, e cimentar uma amizade, que assenta essencialmente na pureza de sentimentos e na madurez que na maioria dos casos acompanha a idade, o gosto por este belo e salutar desporto que é o ciclismo de lazer, nas suas várias vertentes e fundamentalmente, o respeito e o saber conviver, brincar e divertir, apenas isso!!!
Para terminar em beleza, houve ainda tempo para uma "rapidinha" no Restaurante do Abílio e depois sim, depois das despedidas da praxe, todos regressaram ás suas casas, uns mais perto, outros mais longe.
Dos 16 que inicialmente mostraram vontade de participar neste meu VI Raid, compareceram 11 amigos, eu incluído, desejando as melhoras a quem não participou por se ter lesionado. Quem receou a meteorologia, mais uma vez os senhores do tempo se enganaram, pois o dia esteve explêndido para a prática do Btt, apenas com a pequena moléstia do vento que surgiu a meio da tarde.
Assim:- Ao meu irmão Luis, ao Silvério, ao Carlos Sales, ao Nuno Eusébio, ao Francisco Pereira, ao Pedro Barroca (Salsa), ao João Caetano, ao Luís Lourenço, ao João Afonso e ao Nuno Morgado, o meu obrigado pela vossa divertida companhia e já sabem, irei a continuar a desencantar circuitos, ou travessias, que nos proporcionem bons momentos de convívio.
Para Janeiro, fica já em stanby, o VII Raid, que se denominará . . . Rota da Miga de Peixe, cujo trajecto está já definido e ultimado.
Fica dependente do tempo, ou outros imprevistos.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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VI Raid AC-Trilhos e Aventuras |
Comentários
1 abraÇo.
uma grande abraço e boas pedaladas
EXCELÊNCIA
no BTT.
2º Inesgotável agradecimento ao António por, incondicionalmente, fazer acontecer estes eventos extraordinários e sempre sob a cultura:
EU GOSTO MESMO É DE ANDAR DE BICICLETA.
Quando todos se associam a estes com esta cultura o resto surge de forma natural e expontânea:
Convívio são entre pessoas e com a natureza.
OBRIGADO E UM ABRAÇO
Silvério