Domingo frio e solarengo.
Bem agasalhados, eu e o Silvério fomos hoje dar uma voltinha de btt, calma, descontraída e um pouco mais plana do que as anteriores. Estamos em final de ano e como tal, há que acalmar um pouco.
Teria já abrandado mais, se não fosse ainda a participação no Tróia-Sagres. Quiçá a última, pois com a deste ano já é a quarta. Não quero que uma bonita aventura se venha a transformar em "doença", pois acabaria por ser, cada vez mais do mesmo.
Gosto de variar e certamente encontrarei outra alternativa.
Depois de pensar um pouco, lá desencantei um percurso que nos levou por diversificados trilhos e cujo objectivo era circular Tinalhas.
Saímos pelo Pinheiro Manso e Tapada das Figueiras, onde entrámos no asfalto, até ao desvio para as Quintas de Valverde.
Passámos o Penedo do Corvo e subimos as "Três Toneladas", uma subida assim chamada pela malta da pesada. Aquela que por ali arfava com umas bikes mais convencionais, vai para uma vintena de anos. Outros tempos, outra rapaziada. Parece que ainda por ai andam, uns dois ou três, mas já não alinham muito neste "frenesim" mais actual.
Das Quintas de Valverde, rumámos à Queijeira do Bom Pastor, local onde já não pasava há uns tempinhos e por ali nos entretivemos um pouco a apreciar aquela arquitectura mais antiga, contrastando-a com os tempos modernos.
Saímos junto ao Santuário de Nªa Sra da Encarnação e descemos para o Vale de Ar, onde pedalámos até ao Cruzamento para o Ninho do Açor, virando um pouco mais à frente, para as Barrentas e, entre muros, circulámos por alguns estradões no Vale do Covido, até que resolvemos ir a Tinalhas, tomar a dose matinal de cafeína. (XXL para o Silvério, vulgo, abatanado)
Voltámos depois aos trilhos, acabando por entrar em asfalto, junto à Tapada da Queijeira, seguindo por este até à ponte da Póvoa de Rio de Moinhos.
Não chegámos a entrar na povoação e virando à direita, ziguezagueámos nuns trilhos catitas pela Folha Baixa, rumando seguidamente à Tendeira e Quinta da Pacheca.
Contornando Caféde, passámos pelo Lameiro de Caria e cruzámos o Rio Ocreza nas passadouras da Rabaça.
Entrámos pouco depois em Alcains e após Santa Apolónia, seguimos por asfalto até à Quinta da Atacanha.
Como ainda era cedo, o Silvério quiz ir dar uma vista de olhos num terreno, ali ao Lirião e a conversa, voltou-se para a vinha e para o vinho, drenagem de terrenos, etc.
E já agora, porque não dar uma espretadela ali na quintarola do amigo Zé e ver se ele lá está.
Dito e feito, lá fomos e ele lá estava!
Um par de palavras e já estávamos na cozinha, junto à lareira a beber do belo tinto, que o Zé faz com mestria . . . e que pinga.
Umas rodelinhas de belo chouriço, umas fatiazinhas de queijo de ovelha e umas azeitoninhas "Cordevile" retalhadas e "peneiradas" com sal grosso", foram o cenário para mais esta "tertuliazinha" na Quinta do Zé, que acompanhámos com dois parzinhos de tintos jorrados da bolha, ou seriam três? Bem, já não me lembro muito bem . . . mas isso agora, não interessa nada!!
Feitas as despedidas, pois do cedo, passou a tarde, lá resolvemos rumar a casa.
Bem, o Silvério, querendo atalhar o caminho, acabou por escolher o mais longo e eu, a tentar seguí-lo, com alguma dificuldade. Ao mesmo tempo pensava . . . mas afinal o que se passa aqui!! Porque não consigo acompanhá-lo e o raio da bike não estabiliza. Isto não pode ser da pinga, catrino!!!
E para alívio meu, de facto não era. Tinha furado na roda traseira e nem dera conta!!!
Umas bombadas . . . problema resolvido. Já com a bike estabilizada, (afinal não era eu!!) depressa chegámos a casa, ainda assim, com 63 kms bem pedalados, uma manhã cheia de bons momentos.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos
. . . ou fora deles.
AC
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