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"Por terras da Celinda"

"Nada se compara ao simples prazer de andar de bicicleta"
(John F. Kennedy)
Ontem fui pedalar por terras da "Celinda", a jovem castelã que com uma sertã obrigou os romanos a recuar até á chegada de reforços, dando assim origem ao nome da vila . . .Sertã.
Numa iniciativa do meu irmão Luís, que juntou um pequeno grupeto de amigos para uma "volta ligeira e rolante", segundo as palavras dele!
É uma questão de interpretação do terreno, mas aqui na minha zona interpretamos o "ligeiro e rolante" de outra forma.
Humor à parte, foi de fato um excelente passeio por estradinhas de eleição, com umas belas ascensões e descidas a condizer.
Percurso bem escolhido para umas pedaladas matinais, que aliadas à bela manhã primaveril e ao excelente arrozinho de maranho, transportaram este dia para o album de boas recordações.
Depois da malta reunida, cujo encontro foi na Pastelaria Estrela Doce, na Sertã pelas 08h00, demos inicio ao passeio com o azimute virado à Cruz do Fundão com passagem pelo Casalinho de São Fagundo e Maxial.
Já na Cruz do Fundão, paramos no Café Andrade para uma ginjinha para aquecer as hostes.
Como não há uma sem duas, repetimos a dose, agora com chocolate, de que ficamos fãs. Uma paragem no regresso ficou prometida.
Dali saímos em suave ascendente em direção ao Porto do Troviscal, com passagem pelo Troviscal, Vale do Inferno e Troviscainho.
A partir daqui e como se diz na gíria, é que a porca torceu o rabo. Uma longa subida que levou os aparelhómetros a medir 17% de inclinação. Mas a malta era rija e foi apenas mais um assopro, antes de chegarmos à Cruz das Relvas, o merecido alívio para esta pequena tortura.
Oleiros era a próxima meta e por uma curvilínea descida de belas panorâmicas, cruzamos Fojos da Serra, Folga, Moutinhosa, Sardeiras de Cima e Carujo, antes de entramos em Oleiros, uma vila situada numa zona montanhosa de xisto e argila, de grande beleza natural, caracterizada por paisagens rurais de pinhais e abundantes cursos de água.
Ali fizemos uma pequena paragem no Bar JP para mastigar um rissol e beber uma "pretinha".
Saimos de Oleiros e entramos na velha estradinha panorâmica até Casal Novo, continuando, agora já em estrada mais larga e sempre em ligeira ascensão até ao Alto do Cavalo, sempre rodeados de paisagens impressionantes.
Como quando se sobre, também se desce, foi um gozo os 22 kms de descida até à Sertã , passando por, Selada da Lameira, Sardinheira e de novo pela Cruz do Fundão, onde, como prometido, fizemos nova paragem para umas ginginhas com chocolate, uma pequena delicia para final de um passeio de bicicleta, também ele delicioso.
Chegados ao Fundão, arrumamos as bikes, trocamos a licra por outra "farpela" e fomos até ao Café/Restaurante pré-combinado, onde nos deliciamos com um belo repasto de arrozinho de maranho que estava fabuloso.
Sempre em alegre camaradagem e são convívio, pusemos a conversa em dia e ajustamos novas aventuras, sempre que nos der na gana.

Fiquem bem.
Vemos-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté

AC

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