Avançar para o conteúdo principal

"Volta vadia a ver o mar"

"A felicidade é um fim de tarde olhando o mar" (Marina Nader)
 . . .e foi esse o objetivo deste meu passeio de bicicleta, que gosto de chamar de "volta vadia". Ir ver o mar na Figueira da Foz.
Delineei o percurso, circular como sempre, juntei um grupo de amigos, também eles fãs deste tipo de passeios velocipédicos e fizémo-nos à estrada.
Saímos de Castelo Branco pelas 06h00 e fomos tomar o primeiro cafezinho da manhã à Pastelaria "Estrela Doce", na Sertã, onde o meu irmão Luís nos esperava.
Depois da dose cafeínica e do pastelinho de nata, seguimos para Condeixa a Nova, o local de partida e chegada desta nossa pequena aventura, estacionando as viaturas no parque auto do Lidl.
Cerca das 08h30, já pedalávamos em direção a Ega, a primeira povoação que passaríamos rumo à Figueira da Foz.
O dia estava ótimo para pedalar e o pouco vento que se fazia sentir era nosso aliado.
Sempre em ritmo animado e em alegre cavaqueira, como é habito, quando algumas "personagens" preenchem o "grupeto", passamos Portela, Soure, Vale das Pedras, Queitide, Casal da Rola, Louriçal, Foitos, Matas do Louriçal, Capela e Boavista, antes de chegarmos a Lavos, nomeadamente ao Restaurante "O Grazina", onde nos deliciamos com umas excelentes enguias fritas, acompanhadas com pão de broa, que deliciaram a malta.
Estávamos já à entrada da Figueira da Foz.
Depois de cruzar a Gala, enchemos a vista com a espetacular panorâmica sobre as salinas quase a perder de vista.
Passamos a ponte, sempre com vistas fabulosas sobre o Rio Mondego, quer a montante, quer a jusante, na sua foz.
Entramos na cidade pela ciclovia, ladeando as belas praias da Figueira, da qual destaco a da "Claridade"
"Detentora de uma luminosidade única, a Praia da Claridade celebrizou-se no século XIX quando o extraordinário desenvolvimento da Figueira da Foz e as condições naturais da paisagem atraíam banhistas de todo o país.
Celebrizados por Ramalho Ortigão, nas palavras de quem um banho era «um rendez-vous geral de toda a população balnear» que implicava «certas exigências de aparato e toilette» os areais da Figueira entraram definitivamente no mapa dos veranistas portugueses.
E se a indumentária hoje é menos rigorosa, a praia não deixou de ser um ponto de encontro onde se vivem dias inesquecíveis, entre esplanadas, toldos e chapéus de sol.
Quer seja para um pouco de "dolce far niente", quer seja para praticar surf, windsurf, vela ou remo, a Figueira da Foz ainda é a Rainha das Praias de Portugal." (in Turismo de Portugal)
Paisagens únicas sobre a costa atlântica, acompanharam-nos no inicio da subida da Serra da Boa Viagem até ao Farol do Cabo Mondego.
O piso em mau estado na subida final à serra, apenas apimentou aquela dificuldade altimétrica, compensada depois com a soberba panorâmica vista do Miradouro da Bandeira. O mar a perder de vista e praias sem fim.
A descida a Quiaios foi bastante curvilínea, em boa velocidade, com a malta animada e em bom ritmo até ao final, com passagem ainda por Ervedal, Pincho, Esperança, Ribas, Casal das Oliveiras, Montemor o Velho, com uma pequena paragem para comer uma barrita e finalmente Alfarelos e Figueiró da Serra.
Já com as bicicletas arrumadas, sem a licra e com outra aparência, fomos até ao Restaurante "Bairradino dos Leitões" onde comemos umas boas sandes de leitão, que souberam a pouco.
A minha aventura velocipédica estava concluída, com um dia bem passado com amigos, numa das minhas habituais "voltas vadias". Restava-nos regressar a casa para o banhinho retemperador e a sopinha da noite.
Antes, paramos ainda na Sertã, para a "sossega" no Restaurante Santo Amaro, uma imperial e dois dedos de conversa, em jeito de despedida ao meu irmão Luís, que ficava por ali.
A próxima volta vadia, em data ainda por determinar, levar-me-á e certamente alguns amigos, a um dos locais exóticos de Portugal . . . as Arribas do Douro.

Fiquem bem.
Vemo-nos na estrada, ou fora dela.
Beijos, abraços e apertos de mão.
Inté

AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela ...

PPS PR1 e PR2 - Caminho de Xisto do Fajão e Ponte de Cartamil,"

"Eu escolho viver, não apenas existir." (James Hetfield) Em dia de mais uma das minhas caminhadas, sempre na companhia da minha cara metade e excelente companheira nestas minhas passeatas pela natureza, fomos até à bonita Aldeia de Xisto de Fajão. Fajão, é uma aldeia de contos, que convive com as escarpas quartzíticas dos Penedos de Fajão, encaixada numa pitoresca concha da serra, alcandorada sobre  o Rio Ceira, perto da sua nascente, cuja configuração faz lembrar antigos castelo naturais. Chegamos à aldeia pouco depois das 08h30, sob intenso nevoeiro, que nos criou alguma apreensão sobre se daríamos, ou não, inicio à caminhada. Mas a impressão era de que a neblina estava a levantar e o sol começaria a iluminar o bonito Vale sobre o Rio Ceira, rodeado pelos impressionantes Penedos de Fajão e pela Bela Serra do Açor. A beleza que ainda não à muito tempo caracterizava aquela zona, era agora um pouco mais cinzenta, depois da devastação causada pelos fogos ...

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separa...