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"Volta vadia de bicicleta pelas Serras do Sicó e Lousã"

"Um pouco de aventura liberta a alma cativa do algoz cotidiano." (Clarice Lispector)
Uma verdade que assumo e alimenta este meu espírito sempre sequioso de uma pequena aventura.
Desta vez, na sempre agradável companhia do meu irmão Luís (o caçula), que aceitou o convite para mais uma das minhas voltas vadias de bicicleta, fomos pedalar pelas belas serras do Sicó e da Lousã.
Saí de casa pelas 06h30 e fui até pastelaria Estrela Doce na Sertã onde combinamos encontrarnos pelas 07h30.
Ali tomamos o cafezinho matinal acompanhado do belo pastelinho de nata, pusemos a conversa em dia e seguimos até Ansião, o local de partida e chegada desta nossa peque aventura cicloturista.
Escolhemos para "paddock" a nascente do Rio Nabão e depois das bikes preparadas, cruzamos a passagem superior sobre o IC8 rumo ao "Pastor", um local onde tantas e tantas vezes parei para comer os seus famosos pasteis de nata, em tamanho XL.
Passamos Constantina, Ribeira do Açor, Lagar da Ribeira, Peão, Lagarteira, Chã de Ourique e Taliscas, por uma bonita estradinha panorâmica e entramos no IC3, onde pedalamos até à Ponte do Espinhal.
A partir daqui, tivemos quase sempre a companhia do Rio Corvo, até Miranda do Corvo, onde nos deliciamos com a bonita estrada de bonitas panorâmicas cruzando as aldeias de Fraldeu, Gondinhela e Montoiro.
Passamos Miranda pelo centro da cidade e serpenteando pelas suas ruelas, seguimos para a Lousã por Padrão e Vale de Pereira.
Passamos a cidade até á Alfocheira, onde demos início aos 22 kms de suave subida ao alto da serra, que termina junto à Catraia da Ti Joaquina.
De beleza cativante e curvas desafiantes, lá fomos subindo e parando nalguns dos seus miradouros naturais, num deles para o meu irmão mudar a camara de ar, pois tinha furado momentos antes.
A visão dos vales profundos, levava-nos sempre às fragas onde está situado o bonito Castelo de Arouce, ou da Lousã.
Entretidos a admirar as sublimes paisagens ao longo da subida, chegamos ao Candal, uma das mais bonitas aldeias de xisto da serra, onde paramos na lojinha do Restaurante Sabores de Aldeia para mastigar algo mais consistente, cuja escolha recaiu, da minha parte, na bela da patanisca de bacalhau.
Fizemos uma pequena visita á parte baixa da aldeia, pois derivado à inclinação das suas estreitas ruelas, não era apropriado por ali andar de bicicleta e sapatos "esquisitos".
Por outro lado é uma aldeia cujos cantos e recantos conheço bem.
Voltamos às bicicletas e fizemos o último terço da subida até à Catraia, onde invertemos a situação e descemos uns bons quilómetros até Castanheira de Pera, com paragem no miradouro e uma visita à  praia fluvial do Poço da Corga. Um belo recanto, que promete um dia bem passado.
Passamos Castanheira e depois da foto junto à mascote da vila, rumamos a Figueiró dos Vinhos, onde chegamos num ápice, depois de passarmos por Troviscal e Alagoa.
Em Figueiró paramos na Pastelaria "Os Renatos" para mais uma sandocha, o combustível necessário para terminar esta nossa pequena aventura.
Descemos à aldeia de Ana de Aviz, com a sua conhecida praia e continuamos para Ribeira de Alge, num bonito percurso curvilíneo e de belas paisagens, agora um pouco acastanhadas e despidas pelo efeitos das chamas que assolaram a zona, num passado ainda recente e bem presente nas nossas memórias.
Depois de Almofala, entramos de novo no IC8, para completar os  dois derradeiros quilómetros até à nascente do Rio Nabão, em Ansião, onde tínhamos a viatura.
Já com as bikes arrumadinhas e com vestuário mais apropriado, fomos até ao bar do Intermarché e terminamos este nosso passeio cicloturista agarrados a uma bela sandocha de frango e uma bjeca loirinha.
Uma bela manhã alongada e de boas pedaladas por locais de belas paisagens e estradinhas panorâmicas e algo montanhosas nalgumas seções do percurso, que nos deliciaram e saciaram este salutar hobby de andar de bicicleta, na sua forma lúdica e cicloturistica, conhecendo bonitos cantos e recantos deste nosso belo Portugal e hoje enriquecida com a companhia do meu irmão caçula, o Luis.
Para a minha próxima volta vadia, estou já a pensar na bela da enguia frita, ou de ensopado na Costa de Lavos, no imenso areal da Figueira e Buarcos, das bonitas e panorâmicas estradinhas da Serra da Boa Viagem e da bela planície aluvial do Rio Mondego e de Montemor o Novo.
E não esqueçam: "A distância entre o sonho e a conquista chama-se atitude."

Fiquem bem.
Vêmo-nos na estrada, ou fora dela.
beijos, abraços e apertos de mão.
Inté
AC

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