Hoje foi dia de vadiagem.
Acompanharam-me os amigos Álvaro Lourenço e José Luís até á zona do pinhal, para percorrermos parte dos trilhos que compõem a GRZ.
Saímos de Castelo Branco já perto das 07h30 e rumámos a Cambas, onde deixámos as viaturas junto ao cemitério local.
Foi uma grande pena o baixo nevoeiro que nos privou da primeira metade do percurso, sempre paralelo ao Rio Zêzere. Assim, não pude mostrar aos meus amigo a grande beleza daquela zona, onde o rio corre rápidamente entre fragas, criando uma panorâmica espetacular. Ficará para outra ocasião.
Saímos de Cambas pelo trilho que ladeia o rio por uma curva de nível até ao Cabeço do Folhadal, onde enfrentámos umas das longas e "endiabradas" subidas do dia, com posterior descida para a Barroca do Espinhaço, onde efetuámos nova subida, agora mais suave até à primeira das muitas povoações que cruzámos . . . Caneiros.
Seguimos depois até à Azeireira, sempre em sobe e desce, com nova subida, também um pouco "musculada" para a bonita povoação da Selada das Pedras.
Voltámos a descer para depois atacarmos outra subida, com alguma dificuldade, pela zona do Muro e que nos levou até à Sancha Moura.
Por trilhos bastante ondulados, ornamentados aqui e ali por alguns singles que nos faziam subir a adrenalina, passámos por Gavião de Cima, Brejos do Gavião, e Sobral do Gavião, subindo ainda ao VG da Cabeça Gorda, para seguidamente nos divertirmos uma rápida e adrenalínica descida, com uma pendente considerável até ao Armadouro, onde tencionávamos comer algo mais sólido, mas os dois cafés da aldeia estavam fechados.
Passámos pelos Brejos do Barco e rumámos às Estremanças de Cima e Estremanças de Baixo para de novo, numa espetacular descida e com uma panorâmica espetacular sobre o Rio Zêzere, entrarmos em Janeiro de Baixo, onde parámos no único café da aldeia.
Fez uma pausa seu no almoço para nos atender, confecionando-nos uma refeição, tipo rapidinha, com três latas de atum, a que juntou algumas das batatas cozidas do seu almoço e azeite de produção própria, assim como a cebola. Que bem nos soube.
Após aquela singela refeição, acompanhada dum par de "jolas" fresquinhas, negociámos 300 gramas de queijo à ovelheira, para acabar com o resto do "casqueiro" que a simpática senhora colocou na mesa à nossa disposição.
Para sobremesa, e por escolha do José Luís, foi uma torta de chocolate e para terminar, o cafézinho da praxe. Só faltou a sestinha retemperadora. Como eu gosto destas voltinhas "vadias" partilhadas com os amigos que me queiram acompanhar, ou a solo . . . não sou esquisito!!!
Contornámos a praia fluvial da aldeia e continuámos num dos trilhos da GRZ, que culminou com um single track com algumas passagens de arrepiar . . . gostei à brava. Ainda lá hei-de voltar um outro dia.
Passámos pela soberba Garganta do Zêzere . . . impressionante!!! Já a tinha espreitado lá de cima, mas agora, espreitei-a cá de baixo. Um espetáculo.
Pena ter uma seção rochosa não ciclável, onde até com a bike às costas apresenta alguma dificuldade.
Mas vale pela panorâmica!!!
Rápidamente chegámos a Ademoço e daqui até à ponte de Cambas, foi por asfalto, chegando a Cambas pela zona de lazer, bem bonita por sinal, com aquele espelho de água formado pelo rio a entrar nos nossos olhos.
Todos gostámos desta bonita manhã de btt, preenchida com 44 kms bem divertidos, por trilhos e single tracks que nos alegraram a alma e aceleraram o coração.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Clip.
Clip.
Comentários
Revivi muitos dos meus bons momentos que passei quando era jovem por estas paragens.
Grande passeio, as aldeias encontram se meio desertas sem grande possibilidade de oferecer condições aos seus visitantes mas as pessoas são afáveis e hospitaleiras.
Continuo a visitar o o AC-Trilhos e Aventuras diariamente e a partilhar algumas das vossas belas imagens em https://www.facebook.com/AdeiasDePortugal
Abraço