Objectivo cumprido!!!
Foi neste passado domingo que conclui a Grande Rota das Aldeias Históricas, com o culminar da sétima e ultima etapa que ligou a mais portuguesa aldeia de Portugal . . . Monsanto, à lindíssima aldeia de Castelo Novo, aquela que serviu de lançamento para esta aventura de puro Btt.
Convidei para me acompanhar nesta GR os meus amigos Silvério, o grande animador desta aventura, o meu irmão Luís, que com este evento certamente subiu de escalão no Btt e o Carlos Sales, que por razões profissionais deixou por concluir práticamente metade da Grande Rota, mas a seu tempo e caso seja seu desejo, certamente que a concluirá e eu, de boa vontade o acompanharei.
Acompanhou-nos ainda o João Valente, que me contactou e mostrou grande interesse em fazer parte do grupo e claro, como não poderia deixar de ser, foi o quinto elemento e o último a compôr este quinteto de aventureiros ávidos de acção e emoção que com as nossas companheiras, metálicas ou carbónicas, isso não é importante, percorreram este percurso circular, conheceram e, ou recordaram, estas dez aldeias históricas e muitas outras, também elas bem bonitas e repletas de simplicidade e misticismo e nos engrandeceram com a sua história e enriqueceram na forma como nos proporcionaram este deambular por terras beirãs, pois a busca de aventura e conhecimento, reside na mente de cada um, em maior ou menor escala, mas ele existe, está lá, apenas é necessário abrir-lhe a porta de vez em quando e deixá-lo "pintar a manta" e sentir de novo a criança que há em nós.
Não somos por isso mais imaturos, ou menos zelosos dos nossos deveres, apenas mais ricos no conhecimento e no conteúdo.
Deixo aqui também uma palavra de apreço e agradecimento aos nossos motoristas de ligação, a que chamámos de "inter-aldeias", nomeadamente, à minha esposa, ao Fidalgo, ao Micaelo, ao Pinto Infante e ao Pedro, que com a sua disponibilidade e colaboração, contribuiram para que esta aventura se concretizasse sem sobressaltos. . . O MEU BEM HAJA!!!
Mas deixemo-nos de prosa!!!
Como sempre o nosso fiel motorista e animador, o Silvério, lá apareceu com a Old VW Transporter, para isso mesmo, para nos transportar para a derradeira etapa.
Carregámos as últimas bikes, a minha e a do meu irmão Luís e o resto da tralha e rumámos a Monsanto.
Depois da azáfama e da foto da praxe, demos início à primeira descida e após duas centenas de metros em asfalto, virámos à direita junto ao Posto da GNR, para entrarmos na calçada romana que nos levou até à Deveza.
Aí, o Silvério sentiu-se apertado e teve que ir rápidamente mandar um "fax" , entenda-se necessidade fisiológica, e como só costuma tirar a camisola em público, desapareceu e foi despir os calções atrás duma qualquer parede ou moita, sabe-se lá.
O que é certo é que já andava toda a gente em busca de tal personagem, que mais tarde lá acabou por aparecer, agora bastante mais aliviado.
Seguimos então até Idanha-a-Velha, antiga capital da Egitânea, onde parámos para comer algo sólido e sorver uns líquidos, pois a temperatura andava pelos 40 graus.
Ainda comecei a beber uns Ice Tea's, mas depressa mudei para bebida com nome nacional e feita à base de cereal e ainda mais, porque agora é uma das grandes patrocinadoras do Benfica, o tal, o dito cujo, o campeão (talvez este ano) eh eh eh!!!
Saímos de Idanha-a-Velha agora em direcção à Aldeia de Santa Margarida e foi nessa ligação que práticamente encontrámos a maior dificuldade do dia com uma subidita a fazer-nos inclinar a pala do capacete e sombrear o ciclómetro.
Depois foi quase sempre a rolar até aquela povoação, com mais uma paragem para arrefecer os radiadores.
A aldeia da Orca era o objectivo seguinte e foi nesse troço, por sinal um dos mais bonitos, para mim, claro, que o João Valente teve um desentendimento com a sua bike, acabando por ir cada um para seu lado, isto na descida para a estrada que liga S.Miguel D'Acha a Vale Prazeres.
Mas lá se entenderam de novo, voltando a juntar-se e ainda bem que assim foi, ficando o João mais mal tratado, com umas escoriações e o fatinho mais arejado. eh eh eh!!!
Mais um para a lista do Fidalgo, na aquisição da 2ª. via do equipamento do Btt Castelo Branco.
Com mais uma paragem na Orca e enquanto o João lavava as feridas, as exteriores claro, pois as interiores são lavadas com o tempo, os restantes abancámos num café mesmo defronte ao fontanário para manter o radiador a baixa temperatura.
Seguimos então para a Atalaia do Campo e Póvoa da Atalaia, com outra pequena paragem, onde desta vez, só eu e o meu irmão Luís traziamos temperatura anormal, os restantes contentaram-se com uns minutos de sombra.
Castelo Novo estava já a pouco mais de meia duzia de kms e já se vislumbrava acantonada nas faldas da Serra da Gardunha, animando-nos e fazendo-nos pensar já no almocinho que pretendíamos degustar no Restaurante o Lagarto, logo que alí chegássemos.
E assim foi, mas os últimos kms, não sei se por cansaço, ou se por pouca vontade de acabar já esta excelente aventura, foram bastante lentos, e isto, porque o meu irmãoi Luís já vinha mesmo na reserva e aqueles poucos kms que faltavam ainda por cima eram a subir.
Foi com alguma emoção que voltei a ver aquela fonte de água pura e cristalina que cai e respinga naquela antiga pia de granito e me fez recordar a saída e a adrenalina da partida para a primeira etapa.
Depois dum banhinho "à porco" naquela água bem fresquinha, mudei o fatinho e com os meus companheiros, tomei lugar à mesa do citado restaurante para uma reconfortante refeição bem regadinha com um tintinho Touriga Nacional que ajudou a empurrar o arrozinho de pato.
Muita conversa, um blá blá blá sobre novas aventuras, contas á moda do Porto e regressámos à nossa cidade, a também bonita cidade de Castelo Branco, onde nos despedimos com um até sempre e encontramo-nos por aí nos trilhos.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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