Nesta quarta feira algo cinzenta com previsões de chuva, lá me decidi ir até à Pires Marques para a voltinha semanal de Btt.
Hoje apenas saí porque sabia que o Filipe estaria por lá á minha espera, pois a vontade era pouca e estava um pouco dorido e sentia-me cansado.
Mas nada melhor que o contacto com a natureza para apaziguar esta "maleitas".
Assim, pelas 08h lá estava eu a chegar ao local de encontro e dou com o Filipe a olhar para o novo instrumento montado na sua bike, um gps emprestado por um amigo, tentando desvendar o mistério daqueles risquinhos que preenchem o ecrã do dito.
Dois dedos de conversa e quando já nos aprestávamos para partir, eis que aparece outro companheiro, também ele useiro e vezeiro deste vício "beteteiro" . . . o Mike, montado na sua alva "trekinha".
Com o Filipe tinhamos apalavrado ir dar uma volta lá para os lados da Marateca, em percursos menos sinuosos, mas com a chegada do Mike, deu-me na gana de ir em busca de outros trilhos e outros lugares.
Saímos em direcção à Tapada das Figueiras e Monte da Maçana, onde apontámos os guiadores ao Rouxinol para descermos seguidamente para a Ponte de Ferro.
Seguiu-se a magana daquela subida à Capela de Sto António e eu hoje com pneus mais estreitos e com câmara de ar, logo com mais psi's, com a bike rígida e hoje com pouca garra, custou-me um pouco, aliás como todo o percurso.
Como quase sempre, levámos "tampa" no café junto à igreja no Palvarinho e onde pretendíamos beber a dose matinal de cafeína, ficando esta adiada para mais tarde.
Dalí rumámos ao açude do Vare Jorge, agora sem água e com passagem facilitada, mas para lá chegar a coisa complicou-se um pouco com o corte dos eucaliptos que me baralharam momentâneamente numa passagem agora desaparecida, mas a situiação foi prontamente resolvida, recorrendo ao gps encefálico com ecrã visual.
A descida para o açude encontra-se bastante perigosa, com regos e madeira deixada nos trilhos aquando do corte das árvores . . . assim se encontrasse a subida para os Pereiros, pois havia desculpa para empurrar a bike naquela parede de duas centenas de metros, com continuação mais suave até à aldeia.
Passámos ao lado dos Pereiros e com passagem na Mendares pedalámos ziguezagueando o vale até à Malhada do Servo, onde chegámos por um sombreado pinhal, mas vencendo outra arfante subida.
Cruzando a aldeia pela rua principal, descemos à ribeira e novamente subímos um pouco para o vale onde se situam as aldeias da Grade, Pousafoles e Vale Ferradas e passando esta última, rumámos ao Chão da Vâ, onde pretendíamos efactuar uma paragem no café local para abastecimento sólido e líquido, bem fresquinho.
Mas hoje era dia de "tampas" e o café estava também fechado, pelo que continuámos e parámos nas passadouras do Rio Tripeiro onde comemos algo mais sólido e tirámos a foto da praxe.
Já mais aconchegadinhos continuámos por trilhos diversificados em direcção ao Juncal que ladeámos pela zona das hortas e subimos ao Freixial por outra "penante" subida, com a ajuda da incansável "avózinha".
Já em terrenos mais rolantes chegámos a Caféde, onde parámos no Café da simpática D. Júlia, onde nos refrescámos finalmente com um par de bebidas frescas.
Com a travessia bonita passagem nas passadouras da Rabaça passámos para a outra banda e com a chegada a Alcains, estava quase concluída a nossa manhã de Btt de hoje.
Em asfalto desde Sta Apolónia até à Atacanha, serviu para moderar um pouco os abanicos dos duros trilhos de hoje.
Após 74 kms de bonitos trilhos e um excelente enquadramento paisagístico, aliado à passagem por algumas tranquílas aldeias cá bem do nosso interior, chegámos à cidade, onde nos despedímos com a promessa de novas aventuras.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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