Há dias em que vale a pena sair de casa.
Ontem, foi sem margem para dúvida, um deles.
A convite do amigo Pedro Ferrão fui juntar-me ao grupo do Alex, digamos assim, para desfrutarmos um belo dia de pedalada pela fascinante e durinha Serra do Sicó.
Não há betêtista que se preze, que não adore dar por ali umas pedaladas. Kms e kms de fantásticas trialeiras a rasgar a montanha em todos os sentidos. A subir e a descer. Acompanhando bonitas curvas de nível. Com graus de dificuldade alto, médio e assim assim!!!!
Cá mais por baixo, longos e sombreados single tracks entre muros serpenteando por zonas de floresta e de mato rasteiro, nomeadamente de fetos.
Éramos 16 bons pedalantes, no sentido lúdico, claro, incluindo dois elementos femininos . . . e com muita pedalada diga-se com justiça!!! Que inveja fariam a alguns cracks que eu conheço por aí!!!
Saímos de Meirinhas e andámos um pouco pelo vale, maioritáriamente por alcatrão até á primeira subida . . . e que subida!!!
Segui-se uma espetacular trialeira com algumas passagens bem tecnicas, até ao IC-8, que cruzámos, voltando a subir até ao alto da serra, por onde deambulámos por várias trialeiras e single tracks de cortar a respiração , descendo depois ao Vale (povoação).
Estava em pleno gozo. Malta divertida!!! Bonitas paisagens e trilhos fabulosos que sulcavam a montanha, faziam-me vazar adrenalina por todos os poros.
Passámos as Aroeiras, Pia Furada, Melriça, Poço dos Cães e Mata de Cima, até que chegámos às Malhadas, onde abancámos numa modesta tasca e mercearia de aldeia e nos refrescámos com umas quantas bebidas frescas, enquanto mordiscávamos algo mais sólido.
Saímos das Malhadas, para pouco depois passarmos pela aldeia de Cotas, seguindo-se Ramalheira, Quatro Lagoas, Chança e Ordem.
Os trilhos eram diversificados, sempre com a pedra a obrigar-nos a atenção redobrada.
O Márcio,o orientador do grupo e profundo conhecedor da zona, entendeu por bem alterar o percurso inicial.
A segunda parte era super fabulosa, com trialeiras e trilhos fantásticos, mas bastante técnicos e com muita dureza, pelo que, se pôs a hipótese de não conseguirmos terminar o traçado inicial.
A segunda parte era super fabulosa, com trialeiras e trilhos fantásticos, mas bastante técnicos e com muita dureza, pelo que, se pôs a hipótese de não conseguirmos terminar o traçado inicial.
A malta estava divertida, mas já se notava algum desgaste num ou noutro elemento menos rodado. Nós estávamos ali para nos divertir e não para cumprir uma promessa e, esta foi a atitude correta!!!
Já tinhamos bem a nossa dose de trialeiras, mas mal sabíamos o que ainda nos esperava.
A descida a Rabaçal foi simplesmente louca. Que single brutal a ziguezaguear montanha abaixo.
O perigo espreitava e toda a concentração era necessária para manter a bike no estreito trilho. O peito inchava e os braços e pernas tremiam com a emoção.
O perigo espreitava e toda a concentração era necessária para manter a bike no estreito trilho. O peito inchava e os braços e pernas tremiam com a emoção.
Esta velhice está a dar cabo de mim. Pareço um puto com o meu primeiro brinquedo!!! Cada vez mais adoro andar de bicicleta. Desta forma, com este espírito e com malta deste calibre. Aventura . . . da verdadeira . . . amizade, companheirismo, sã camaradagem e partilha sem contrapartidas, fazem-nos criar laços e momentos únicos, independentemente da idade, sem estatutos nem condicionantes.
Isto é viver, sem ser necessário pedir autorização, nem criar desculpas fúteis para a nossa preguicite. Eu até gostava, mas . . .!!! Ou se gosta ou não se gosta. E quando realmente se gosta . . . há sempre uma forma de criar o momento!!!
No Rabaçal estava previsto o almoço, que cada um "engendrou" à sua maneira. Uns já vinham precavidos e os outros mandaram fazer umas bifanas no pão com umas boas bjecas a acompanhar.
Saímos dali já renovados e prontos a enfrentar uma segunda parte mais embrenhada na floresta com single tracks bem interessantes. Durante todo o percurso, estes carreirinhos foram uma constante.
Efetuámos um circulo no terreno e voltámos a passar pelas Malhadas, para uma segunda fase "refrescante".
Seguimos depois pela Pisuaria, Mouta Negra e Lagoa Parada.
Voltámos a cruzar o IC-8, desta vez para a lagoa das Ceiras e já com o azimute virado ao ponto de partida.
Lá fomos pedalando em amena cavaqueira, serpenteando entre aldeias por trilhos bem catitas.
Passámos Portela do Sobral Vinha Chã, Palmeira e Pinhete.
O dia já ía avançado e Vermoil estava à vista. o que era indício de que já estavamos na reta final.
Mas . . . havia ainda uma surpresa, antes dos kms finais. Aquele single no eucaliptal (pista de freeride) fez transbordar a malta de adrenalina e esquecer por momentos o cansaço já acumulado. VIVA O BTT!!!
Mas . . . havia ainda uma surpresa, antes dos kms finais. Aquele single no eucaliptal (pista de freeride) fez transbordar a malta de adrenalina e esquecer por momentos o cansaço já acumulado. VIVA O BTT!!!
Chegámos então a Vermoil onde efetuámos a última paragem para atestar bidons e camelbags numa das fontes locais.
Cruzámos posteriormente a Lagoa, última povoação antes de chegarmos ao parque do pavilhão gimnodesportivo de Meirinhas, onde tinhamos estacionado as viaturas logo pela manhã.
Ali tomámos banho, nas espetaculares instalações do pavilhão e rumámos à Churrasqueira Paris, onde previamente tinhamos reservado mesa para o belo jantar que se seguiu.
Uma bela churrascada entre amigos que culminou com uma excelente tertúlia e com toda a malta divertida e animada. Coisas do Btt!!!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos.
Ou fora deles.
AC
Clip de filme.
Comentários
Obrigado e um grande abraço.
Obrigado e um grande abraço.