De novo, o grupo completo para a quarta etapa do GR22, com ligação de Marialva a Castelo Mendo.
Eu, AC, o meu irmão Luís, o Silvério, o João Valente e o Carlos Sales somos os protagonistas desta bonita aventura de pedalar pelos trilhos da GR22, ligando as 10 Aldeias Históricas por trilhos e paisagens de sonho.
Desta vez, portei-me um pouquinho mal na véspera desta 4ª. etapa, pois não consegui resistir ao chamamento do "Deus Baco", quando me acenou com umas belíssimas garrafas de "Casa de Santar" da também bonita região do Dão, que acompanharam um belo bacalhau assado, entre amigos, na Fonte Longa.
Depois do cafézinho final e de molhar os lábios com um pouco de aguardente de medronho, regressei a casa.
Uma noite mal dormida e uma viagem atribulada, com os meus companheiros a chatearem-me "o juízo" com uma algazarra tremenda durante toda a viagem, não era um bom augúrio e a cabeça já latejava.
Como se isso não bastasse, na descida do Castelo de Marialva, o GPS resolveu abandonar o suporte na bicicleta e espalhou as pilhas e a tampa pela calçada.
Não aparentando danos visíveis, lá lhe coloquei as pilhas e a tampa e o "magano" lá trabalhou!!!
O problema é que de quando em vez não queria trabalhar, requerendo um pouco de perícia manual e paciência, a colocar a patilha de contacto com uma das pilhas que se partira derivado à queda. Essa missão ficou distribuída ao Silvério, que a cumpriu com êxito, conseguindo assim terminar o percurso, que sem GPS não seria possível, porque marcações, só de vez quando e, ou não há, ou aparecem quase aos molhos. Mas a prova foi superada.
Após 2 horas de viagem até Marialva, estacionámos a carrinha junto ao Café onde descarregámos as bikes e tomámos a primeira alimentação sólida da viagem.
Desta vez acompanhou-nos como motorista de ligação entre Marialva e Castelo Mendo o amigo Pinto Infante que não prescindiu da sua esverdeada Specialized e com a qual pretendia, também ele, dar umas pedaladas pelos bonitos trilhos da zona, tendo até feito trabalho de casa e preparado um percurso que carregou no seu GPS.
Saímos todos juntos com o Pinto a acompanhar-nos e depois de passarmos a Gateira, primeira aldeia do percurso, seguímos em direcção ao Juízo (que nome peculiar), onde o Pinto planeara abandonar-nos.
Mas tal não aconteceu e acompanhou-nos mais uns quantos kms, acabando por connosco desfrutar um belo trilho, algo técnico, com uma subidinha a condizer e também ela bastante técnica.
Ao chegarmos ao asfalto, o Pinto abandonou-nos após foto de grupo e nós continuámos a nossa saga por trilhos diversificados, onde a pedra e areia nos fizeram companhia, enriquecidos aqui e ali, por algumas dificeis e técnicas passagens e uns singles, onde pedalar dava imenso prazer.
Após uma adrenalínica descida em alcatrão e com umas quantas curvas em cotovelo, bastante apertadas, chegámos à Ponte da União e assim transpusémos o Rio Côa pela primeira vez.
Passámos Freixeda do Torrão e por trilhos ondulantes chegámos a Castelo Rodrigo, onde entrámos para dar uma espreitadela, ou não fosse esta, umas das Aldeias Históricas da nossa rota.
Fiquei impressionado com a limpeza e a forma arranjadinha com que aquela medieval aldeia recebe os seus visitantes.
Depois dum par de fotos e uns olhares mais atentos, continuámos a nossa etapa de hoje, entrando num bonito trilho que nos levou até quase à entrada de Figueira de Castelo Rodrigo, virando depois à direita em direcção a Almofala, onde fizémos mais uma paragem, desta vez para atestar os camelbacks e comer algo mais sólido.
Já com Almeida no horizonte pedalámos até entrarmos naquela bonita Vila, dando uma volta pelo seu interior e onde o João pretendia desenterrar uma cache, não sendo tal possível, derivado a uma prova equestre que alí se realizava.
Dalí até ao nosso destino final faltavam ainda cerca de 20 kms.
A saída de Almeida deu-se por uma adrenalínica descida em calçadinha até à lindíssima Ponte Romana que nos fez de novo atravessar o Rio Côa.
Após uma curta subida, também ela em calçadinha, seguiram-se trilhos rápidos que nos levaram por Ansul e Leomil para finalmente chegarmos a Castelo Mendo através dum estupendo e técnico single track.
O Pinto Infante já nos esperava e como havia rapaziada que ainda ía para longe, carregámos as bikes e pusémo-nos em marcha, após um par de fotos para mais tarde recordar.
Fizémos uma única paragem antes de entrarmos na A23, para comer uns pregos e beber um par de "bjecas", algo que já merecíamos.
Foi mais um excelente dia de pedaladas com um grupo unido de amigos, alegres e amantes do verdadeiro Btt de lazer, que comigo partilham esta aventura de completar a GR22 - Grande Rota das Aldeias Históricas.
No próximo domingo, dia 12, concluiremos a 5ª. etapa, que fará a ligação de Castelo Mendo a Sortelha.
Um agradecimento especial ao Pinto Infante, pela disponibilidade e companhia, que registei com agrado.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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