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"Rota da Eirinha (Gardunha) e Tripeiro"

Em continuação ao semi-empeno de sábado, seguiram-se mais 101 kms de pura adrenalina e de bom btt, daquele que eu gosto de praticar, entenda-se, num circuito que apelidei de Rota da Eirinha e Tripeiro.
Com o Nuno Eusébio a chegar no Sábado, quase de rastos, impunha-se uma boa recuperação e continuação dum dia "dolorido", pois no Trip Trail, serão três dias a doer.
Mas a surpresa aconteceu. O Nuno apresentou-se bem disposto e pronto para a aventura. Este também é dos duros, morde a língua quando é preciso e têm depois a justa recompensa, com trilhos fabulosos e paisagens de encantar. E isso, é tudo o que precisa como motivação.
Lá partimos pelas 08h00 da Pires Marques para mais uma aventura.
O Pedro Barroca foi ter connosco e acompanhou-nos até à entrada da Soalheira, seguindo depois em direcção à Marateca, por onde regressaria à cidade.
Antes, parámos no "Tá-se Bem" na Lardosa para bebericarmos calmamente a nossa matinal dose de cafeína e dar-mos "três dedos" de conversa.
Após nos separarmos do Pedro, continuámos em direcção a S. Fiel, com passagem pela Soalheira, embrenhando-nos nuns singelos trilhos, agora semeados de cereal.
Entrámos depois junto ao Santuário do Louriçal e por trilhos entre muros, fomos saír à Fonte dos Cabeços e entrámos numa secção do PR1 até ao estradão da Eirinha, onde sofremos de verdade até ao alto, tendo que empurrar a burra durante umas dezenas de metros, numa zona sem qualquer ciclabilidade derivado a estado do terreno, com longos e profundos regos e com uma inclinação brutal.
Passámos seguidamente no Casal da Serra e subimos à Barragem do Penedo Gordo e mais acima, fomos entroncar no caminho que vem das Antenas da Penha.
Algumas centenas de metros depois, entrámos numa sequência de bonitos trilhos que entre castanheiros e pinhal, nos levaram ao Santuário de N. Sra da Orada.
Descemos ao Casal da Fraga e contornando a Barragem do Pisco, apontámos azimute ao Sobral do Campo, sempre com os olhos ocupados com explendorosas paisagens da Serra da Maunça e do Açor.
Foi nesse percurso que quase ía sendo atropelado por um corpulento javali, que se encontrava mesmo à beira do caminho e que apenas se moveu à minha passagem, em longa correria a partir mato. Se lhe desse para atravessar o caminho, o choque seria enevitável. "Como é que iria "descalçar a bota" com o Seguro!!!
Já no Sobral do Campo, comemos algo mais sólido e auxiliados por uma bjeca fresquinha, lá repusemos um pouco a energia para prosseguirmos esta nossa aventura.
Agora em direcção ao Tripeiro, sózinhos naquela imensidão de zonas de matagal, eucaliptal e algumas zonas de Pinhal, tinhamos sempre como pano de fundo paisagens fantásticas.
A aldeia do Tripeiro lá apareceu acantonada junto ao rio do mesmo nome, o qual seguímos fielmente até ao Barbaído, sempre em excelentes trilhos.
Já nos caminhos vulgarmente usados nos circuitos de btt, rumámos a Caféde, ainda com passagem pelo Freixial do Campo.
Passámos no trilho do Moinho Velho e parámos em Santa Apolónia, em plena festa, onde nos rendemos a um refrescante "batido de cevada", que até causou arrepios.
Chegámos à cidade, um pouco estafados, é certo, mas imensamente felizes por mais esta aventura e sobretudo, por não ficarmos "moribundos" por esta pequena loucura a suplantar os 200 kms em dois dias e ainda com alguma reserva, caso fosse necessário, sabendo que nos esperam 350 kms em três dias e certamente com um grau de dureza bem superior.
Mas aventura é aventura e eu e o Nuno, é certamente garantido que nos apresentaremos sorridentes à partida . . . depois . . . logo se verá!!!

Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles
AC
Galeria fotográfica

Rota da Eirinha (Gardunha) e Tripeiro

Comentários

Carlos Gaspar disse…
ora viva sr Cabaço, antes de mais muito obrigado pelas palavras deixadas no nosso blog e saiba que o meu/nosso sentimento é recíproco, pois sempre que há novidades, não resisto a dar uma espreitadela no seu blog para me contemplar com as fotos e as descrições sempre tão sentidas que quase nos fazem sentir como se tivéssemos estado nós próprios nos locais que descreve.
Desejo-lhe boa continuação e claro ... sempre 100Stress!!!
Um abraço - Carlos Gaspar - BTT10Stress.
Pinto Infante disse…
Boas companheiro, certamente é louvável esta tua força que exerces no pedal e espírito de aventura. mas com uma coisa me deixas à rasca; "magnâminas"??!!são palavras oriundas de onde?!brincadeira não é. que tudo corra pelo melhor e divirtam - se
abraço
Pinto Infante
Helena Teixeira disse…
Olá!
Então 'bora pedalar até Trancoso...
Deixo um convite: Junte-se a nós no dia 10 de Junho, no Convento dos Frades, em Trancoso, num duplo evento: «Encontro de Bloggers e lançamento do livro "Aldeias Históricas de Portugal - Guia Turístico". Para estar presente, envie um mail para aminhaldeia@sapo.pt a solicitar o formulário de inscrição e o programa das festividades. Faça-o com antecedência, pois as inscrições são até dia 2 de Junho.

Abraço
Lena
AC disse…
Amigo Pinto Infante. A palavra magnânimas nada tem de "bombástico" . . . apenas significa "grandiosas", "generosas", "magníficas", etc...
Obrigado pelo comentário e boas pedaladas.
Abraço
AC

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