Avançar para o conteúdo principal

"Uma aventura transibérica"

Já há algum tempo que tinha planeado esta aventura transibérica por asfalto. Já tinha inclusive lançado o desafio a um ou outro companheiro, mas por este, ou por aquele motivo, a "coisa" não aconteceu!
Este ano anda aí uma rapaziada a criar "endurance" para participar no Sky Road na Lousã e falei-lhes deste percurso. Ontem foi o dia D.
Eu, o Nuno Maia, o Rui Salgueiro e o Vasco Soares fizemo-nos à estrada pelas 07h de ontem em busca de aventura e evasão, entrando em Espanha pela Barragem de Cedillo e regressando a Portugal pela Barragem de Alcântara.
Com o fresquinho da manhã a "clamar" pelos manguitos que ficaram em casa, descemos a Vila Velha de Rodão e parámos na Bolaria Rodense, para o cafezinho da manhã acompanhado por um salgadinho.
Subimos a serra e descemos para a Vinagra, continuando por S. Simão e Salavessa para entrarmos em Montalvão, onde fizemos nova paragem no Restaurante o Rei do Camarão para comer umas sandes e nos despedirmos da comida portuguesa.
Seguimos em direção à Barragem de Cedillho que cruzámos sob o olhar atento do guarda que não autoriza ninguém a por o pé no chão nos passadiços da barragem. Apenas a passagem de viaturas é autorizada e em época sazonal.
Subimos a Serra de San Pedro e continuámos até à Aldeia de Cedillo que ladeámos, continuando até Santiago de Alcântara pelas áridas "dehesas extremeñas"
Parámos no largo junto à igreja e no bar La Plaza refrescámo-nos com um par de "jarritas de caña com limón" acompanhadas de "unos pinchos" para empurrar a coisa.
Já sequiados continuámos a nossa aventura pedalando por ondulantes e longas retas de asfalto, passando por Carbajo até chegarmos a Membrio, onde efetuámos a paragem para almoço no Mesón Fortuna.
Com uns belos "bocadillos de lomo caliente e unas jarras de cerveza com limón" ficámos de novo OK e prontos para continuar.
A travessia de "las dehesas de Brozas" foi uma passagem um pouco cansativa pela imensidão de terreno árido que mais se assemelhava a um deserto.
Valeu-nos a bonita passagem pelo Rio Salor com a sua bonita ponte medieval e a bonita visão de alguns veados um pouco mais à frente.
Foram kms de pedaladas em linha reta ondulante até chegarmos a cruzamento com a EX.207 para Alcântara.
Aqui fizemos nova paragem no café da praça para nos refrescarmos, descendo seguidamente á imponente ponte romana que cruza o Rio Tejo, logo após o paredão da barragem.
Ali estivemos um pouco registando o momento com as digitais e continuámos em direção a Piedras Albas, o derradeiro "poblado", antes de entrarmos em Portugal.
Cruzámos a fronteira em Segura e ainda com uma boa pedalada continuámos até à Zebreira para uma nova paragem para beber algo fresco e atestar bidons.
Ladoeiro foi o nosso próximo destino e feita a última subida do dia, a Monheca, passámos Escalos de Baixo para pedalar os derradeiros kms e entrar na cidade radiantes, após uma boa aventura transibérica, que culminou com 231 kms pedalados em grupo e em excelente harmonia.
Rapaziada animada e de boa companhia, fizeram com que esta aventura se concretizasse, contribuindo para mais um excelente dia de pedaladas.
No final, uma paragem na Esplanada das Laranjeiras, foi a sossega e a despedida, com a promessa de novas aventuras.

Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-