"A mui nobre e sempre leal Vila de Marvão, situa-se no Topo da Serra do Sapoio a uma altitude de 860 metros" - (in Wikipédia).

Foi para esta bonita Vila que pedalei durante 87 kms na companhia de 9 amigos do pedal numa iniciativa do Agnelo Quelhas, um também viciado destas "andanças"
Assim, pelas 07h30, juntei-me ao Agnelo, João Afonso, Fidalgo, João Valente, Luís Lourenço, Álvaro, Pedro Antunes e Sérgio Marujo, nas Docas, local de partida para esta bonita iniciativa.
Partímos por trilhos conhecidos e de pequeno grau de dificuldade, com passagem nas Benquerenças, (entrada) Represa e Sarnadas de Rodão, para entramos em Vila Velha de Rodão, local da primeira paragem do dia para a dose matinal de cafeína.

O grupo era animado e entre histórias e peripécias fomos conquistando kms e clicando nas digitais capturando imagens, tentando seleccionar as melhores, das que nos entravam pela retina ,plenas de beleza e harmonia e nesta primeira parte, explendorosas com o Rio Tejo como pano de fundo.
Num elegante carrossel ondulante, acompanhámos o Rio até que com alguma mágoa o abandonámos, para nos direccionar-mos para a Aldeia de Salavessa, onde chegámos sem grande dificuldade.
A partir daqui os trilhos passaram a ter outras formas e as paisagens outros contornos.
Com um bom andamento lá fomos ganhando terreno e aproximando-nos do nosso objectivo.
Numa curta e inclinada descida que daria início à "subida impossível", assim denominada pelo António Malvar, segundo o Agnelo, deu-se a primeira avaria do dia. A mola que segurava as pastilhas na minha roda dianteira, "aborreceu-se" de tanto aperto e simplesmente partiu-se, criando-me algum embaraço, pois estive muito perto dum monumental "tambolhão", que de tão atrapalhado que fiquei, nem decorei o nome do santo que me salvou. eh eh eh!!!
No início da dita subida, toca a despejar a ferramanta no chão e tentar solucionar o problema, pois alí não era zona onde um betetista que se preze, desistisse de tão bonita façanha.
Depois de tentar endireitar o que sobrara da mola com um pequeno alicate e paciência de relojoeiro, esta acabou por se partir, pelo que a solução momentânea foi continuar viagem com as pastilhas colocadas sem a respectiva mola e com as consequências que daí poderiam advir, mas que além do desgaste, barulho e falta de sensibilidade do travão, cumpriram a missão!!!
Já à entrada de Póvoa e Meadas, foi a vez do Luís Lourenço, cujas mudanças, solidárias com o 1º. de Maio (dia anterior) recusaram-se a trabalhar.
Mas depois duma desmontagem do "trigger", uns apertos de mola, uns pequenos safanões e uns esticansos de cabo, lá retomaram a sua missão de conduzir a corrente acima e abaixo, consoante o "capricho" do dono.
E quanto a avarias ficámo-nos por aqui.
Efectuámos a segunda paragem em Póvoa e Meadas e alí "merendámos" algo que nos ajudasse a continuar o nosso caminho.
Já no Alentejo mais profundo, rumáva-mos agora à bonita Vila de Castelo de Vide, conhecida como a "Sintra do Alentejo" derivado aos seus bonitos e abundantes jardins.
A chegada foi para mim espectacular e de um gozo tremendo, após ter conquistado a bonita e longa calçada pedalando muralhas adentro e por estreitas ruelas, Soberbo!!!

Mas não é só pelos jardins e pelo seu traçado medieval que Castelo de Vide é conhecida, pelo menos a partir de agora . . . e então aqueles belos e apetitosos "quisses" uns pastéis de nata tamanho XL com aquele docinho de "chila", que maravilha!!!
Foi então tempo de reunir a malta, descansar um pouco e continuar viagem, que outra bonita Vila aguardava ser por nós conquistada, quais mouros montados nos seus vistosos corcéis, desta vez de duas rodas, "ferrados" a borracha e guiados por "cavaleiros" já cansados e empapados em suor, de tempos mais modernos, ainda assim, com um largo sorriso nos lábios de tão gratificante conquista, fruto deste vício de pedalar em imensidões sem fim, na companhia de amigos e companheiros, alguns já de longa data.
A chegada a Marvão deu-se pedalando por bonitos trilhos e espectaculares single tracks "truncados" aqui e alí para as lides betetistas, que originaram umas quantas desmontadelas por dificuldade técnica.

À chegada, alguns familiares já nos esperavam e após um banho retemperador nas instalações da Santa Sasa da Misericórdia, rumámos à zona da Piscina Fluvial da Portagem, onde efectuámos um bonito piquenique na companhia dos familiares e restantes companheiros de aventura.

Sobre este evento, que realça bem o espírito que eu partilho sobre o btt, apenas três palavrinhas - "VIVA O BTT!!!"
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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Comentários
Parabéns pelas fotos e pelo relato.
Abraço
AQ