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"Seixal > Castelo Branco, com a asfáltica"

Já há algum tempo que o meu amigo Silvério andava a "magicar" esta travessia com a bicicleta de estrada.
Pretendia efectuar a ligação entre a sua casa no Seixal, Rua Egas Moniz, com a sua residência em Castelo Branco, Rua das Palmeiras.
Pois bem, conseguiu contagiar-me e, para quem me conhece, sabe bem que nunca perco a oportunidade de participar numa aventura, seja ela grande ou pequena.
Com uma logística simples, combinámos dar início a mais esta "maluqueira saudável" no passado sábado, dia 2.
Na quarta feira anterior, o Silvério levou a minha bike para o Seixal e eu fui de combóio na sexta feira. Foi-me buscar à estação do Oriente e seguidamente, passámos pela zona das Amoreiras, para recolher a minha filha Ana Rita, que traria a viatura para Castelo Branco.
Depois duma lauto jantar, bem regado e com a companhia dos amigos Francisco e Evaristo recolhemos à zona de descanso.
No sábado, pela manhã, aprontámos as bikes e rumámos a Castelo Branco, com a adrenalina em alta, sentindo a alegria de dar inicio a mais uma aventura que mais tarde iremos recordar com prazer.
Os primeiros kms foram bastante cuidadosos, pois pedalávamos por zonas com bastante trânsito e inúmeros cruzamentos, alguns deles perigosos. E assim foi, até concluirmos a grande recta de Alcochete, depois de passarmos por Coina, Moita, Broega, Sarilhos Grandes, Montijo, Atalaia e Mata do Duque.
Passámos o cruzamento de Coruche e efectuámos a primeira paragem nos Foros de Almada para tomarmos o cafézinho da praxe, isto no que me diz respeito, pois o Silvério não dispensa o seu potente "abatanado".
Já mais libertos do trânsito, ou não fosse fim de semana longo, com o feriado do dia 5, continuámos as nossas pedaladas pelo Biscainho e Montinhos dos Pegos para seguidamente sofrermos um bom bocado na travessia da Azervadinha com a sua irregular calçada, com grandes intervalos entre pedras, que nos obrigaram a galgar passeios, até que finalmente e com bastante alívio, chegámos de novo ao alcatrão.
Sempre em bom ritmo, continuámos agora em direcção ao Couço, onde efectuámos o conhecido desvio até junto ao paredão da Barragem de Montargil.
Seguiu-se Água todo o Ano e logo depois a Ponte de Sôr, onde parámos no Rei das Bifanas para um abastecimento mais sólido.
Com um bom prego no pão e um par de imperiais, fiquei pronto para a segunda etapa desta nossa aventurazinha.
O Silvério mostrava estar à altura do desafio e mantinha com algum à vontade a velocidade de cruzeiro que já trazíamos desde alguns kms após a partida.
Passámos por Rosmaninhal, Escusa, Vale do Arco e Vale de Peches e apenas ao chegar ao cruzamento do Gavião, a média horária, que até então vinha estabilizada entre os 32 e os 33 kms horários, começou a baixar e o Silvério começou a acusar a falta de kms nas pernas e os grandes intervalos entre saídas de bike.
Parámos pela terceira vez em Arez, onde bebemos uma bebida fresca e, após passarmos Niza e Vila Velha de Rodão, chegámos finalmente à cidade, onde fomos invadidos pela alegria de termos concluído mais uma nas nossas pequenas maluqueiras, que ficam carinhosamente alojadas nas nossas mentes e nos nossos corações, sem grandes parangonas, nem alaridos. Apenas nossas, como nós gostamos!!!
A chegada, como não poderia deixar de ser, foi à porta do mentor desta aventura, o Silvério, ou seja, na Rua das Palmeiras. E nada melhor que uma "tasca" defronte da residência para festejar.
Uma última bjeca, um abraço amigo e um obrigado pelas muitas horas que passámos juntos neste belo dia de pedaladas e emoções.
Acabámos esta aventura com 243 kms a pedalar, 8h16m54s em cima do selim e uma média final de 27,5 kms hora. Não que esta informação seja importante, mas para antecipar a resposta a umas quantas perguntas sobre o evento.
Quanto ao acumulado, foi pouco desta vez. Apenas um prego no pão, uma tigelada, dois cafés, três bjecas e uma coca cola. Mas ao jantar, acreditem que acumulei bem!!! eh eh eh!!!
Outras aventuras já estão na "manga" e que certamente irei partilhar com alguns amigos, aqueles que realmente gostam de aventura.
.
Ontem domingo e apesar das previsões de chuva e vento e ainda sob a forte dose de maluqueira, fui dar uma volta de Btt com o João Afonso.
Saímos pelas 08h da Pires Marques e derivado ao tempo, combinámos ir tomar a dose matinal de cafeína ao Tá-se Bem na Lardosa.
Em termos de conclusão! 53 kms de Btt, quase sempre debaixo de chuva e forte vento. Café tomado de pé ao balcão, pois escorriamos tanta água, que se por ali nos mantivéssemos muito tempo, acabávamos por inundar o estabelecimento. eh eh eh!!!
A chuva tocada a vento, parecia agulhas a espetarem-se no rosto. Enfim. Gostos não se discutem!!!
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Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles.
AC

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