Avançar para o conteúdo principal

Serrasqueira e Coutada

Após mais dez dias sem dar ao pedal, lá resolvi ir fazer mais uma incursão ao trilhos, na companhia do Carlos Sales.
Combinámos tomar a matinal dose de cafeína na Pastelaria a "Ministra", pelas 08h00.

Pelas 08h15, já rumávamos ao "mato" com forte ameaça de chuva, mas, mesmo assim, resolvemos seguir o plano elaborado, que consistia em ir dar umas pedaladas até à Serrasqueira e contornar a Barragem da Coutada.
Saímos pela Talagueira e Baixo da Maria e descemos para a Ribeira da Canabichosa, que cruzámos, subindo ás Benquerenças.
Divertimo-nos por ali um pouco, nalgumas trialeiras escorregadias e passámos a aldeia abandonada da Azinheira rumo à Represa.
Desta vez, não fomos à "angelica" do Ti Oliveira e continuámos em direção aos Amarelos, onde parámos para o "panike" da praxe.
Por ali nos mantivemos um pouco à conversa, pois pressa não havia, apesar da chuva, que já há algum tempo nos vinha a querer apoquentar.
Depois de passar pela Estação de Sarnadas de Rodão, atravessámos a povoação, agora em direção à Atalaia, onde apanhámos o trilho que, em adrenalínica descida, nos levou até ao Vale Salgado, onde entrámos numa antiga trialeira, já práticamente sem ciclabilidade, pois já foi em grande parte, "abraçada" pelo mato e silvas. Desta vez ainda deu para passar, mas já com alguma dificuldade.
Entrámos então na Serrasqueira por um trilho engraçado e bastante encharcado, que nos levou ao cruzamento Perais/Vila Velha, entrando seguidamente num trilho bastante curvilínio, onde pedalámos até à bonita Barragem da Coutada.
Ali parámos um pouco, para apreciar aquela bonita paisagem, apesar de hoje, um pouco acizentada, pela manhã chuvosa e baixas nuvens, mas, ainda assim, gostei de ver.
Ladeámos a barragem e seguimos um trilho que nos levou até ao limite do Monte dos Ratinhos, onde virámos para o Vale Pousadas, onde tinhamos paragem programada, no café local, para comer algo mais sólido, para enfrentar a Ladeira de S. Gens, práticamente a última dificuldade do dia, até à conclusão do nosso passeio de hoje.
Conquistada então a Ladeira de S. Gens, ladeámos os Cebolais de Baixo e entrámos no Retaxo, para fazermos depois uma pequena incursão à Serra das Olelas, numa cota mais baixa, saindo para o lado da Fonte Santa, onde cruzámos a Ribeira da Breja para o Vale da Dona.
Subimos ao Monte do Rei e pelos arrabaldes dos Maxias, passámos pela caseta, já com a cidade à vista, onde chegámos já com um bom empeno e com o fatinho molhado e mais para o lado do acastanhado, tal não era a "camada"
72 kms bem divertidos e escorregadios, ocuparam a nossa manhã aventureira de hoje e fez-me aliviar um pouco o stress dos ultimos dias.

Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
. . . ou fora deles.
AC

Comentários

Silvério disse…
É com satisfação que volto a ver o amigo Carlos Sales em plena actividade Bêtêtista. Muito bem!
Parabéns pelo belo percurso que desfrutaram e pelos relatos/fotografias, que permitem, de certa forma, fazê-lo virtualmente, na impossibilidade de o fazer "alive".
Um abraço
Silvério

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-