Hoje, saí de casa pelas 08h45 e rumei ao Orvalho, com intenção de efetuar uma visita à Cascata da Fraga da Água D'Alta.
O ano passado fiz por ali uma "brincadeira" em Btt com um grupo de rapaziada e hoje, fui com a minha asfaltina em solitário.
A manhã apresentava-se radiante e com bastante sol, apenas manchada pelo forte vento que se fez sentir e que me fez sofrer durante dois terços da jornada.
Passei pelo Salgueiro do Campo e na Reta do Esteval mais uma vez olhei para aquele enorme empreendimento em olival a perder de vista e que certamente irá ser uma mais valia para a região.
Depois foi subir até à Foz do Giraldo, com passagem pela Lameirinha. O vento frontal, aliado ao recente corte da mata de eucaliptos, tornou a subida um pouco mais penosa.
No alto da Foz do Giraldo recordei alguns bons momentos do café junto à paragem, quando até ali pedalávamos e confraternizávamos com a sua proprietária, cujo nome agora não recordo e que era uma excelente contadora de histórias.
Lembro-me também de ela numa das minhas visitas ao café me ter contado com vaidade, uma sua ida à televisão onde contou algumas das suas histórias. Velhos tempos!!! Agora já pouco se confraterniza nestes recantos, pois estragam-se as médias horárias e corre-se o risco de beliscar a performance e o acumulado positivo, pois do negativo niguém fala, ficar um pouco desacumulado. Ressalvo aqui as devidas excepções, pois claro!!!
Mas a partir daqui estes pensamentos esfriaram, pois o tempo mudou radicalmente com o frio a chegar ao corpinho, devido às nuvens baixas que iam despejando aquela aguadilha, tipo chuvinha molha-parvos. E foi assim até ao Vilar Barroco.
Passei pelas Casas da Zebreira e, chegado ao Orvalho, nem parei, pois veio-me à recordação a tentativa de furto das bikes, junto ao café ao lado das bombas, no cruzamento para o Fundão. Nessa altura, estava acompanhado do Nuno da Suíça e do Pedro Barroca.
A partir do Orvalho entrei na bonita estradinha bastante panorâmica e agora melhorada com um novo tapete de alcatrão, do tipo grosso modo. Pedala, mas mantêm a boca fechada, senão mordes a língua!!!
Cheguei finalmente à cascata. Com sapatinhos de estradista, lá fui aos saltinhos até lá abaixo, até junto da cascata, correndo o risco de partir uma travessa dos pedais e ficar com um grave problema. Mas aventura é aventura e tudo o que é muito calculado, para mim não é aventura!!!
Lá estava ela, a cascata . . . ou melhor . . . o que deveria ser a cascata. Apenas uns modestos fios de água. Até às cascatas já chegou a crise!!! A falta de chuva que se tem feito sentir, tem um efeito nefasto nestes cantinhos paradisíacos. Mas ela está lá e ainda este ano por lá hei-de passar, talvez de btt, num percurso que mais tarde planearei. Agora estou apenas concentrado na minha Transpirenaica, já no próximo mês.
Abandonei aquele belo local e sempre olhando à minha direita, o lado mais bonito, com aquelas bonitas montanhas e profundos vales, proporcionando imagens singelas, num ou noutro local, onde o sol mais incidia.
Absorto naquelas explêndidas paisagens, lá fui pedalando e assim passei por Vilarinho, Vilar Barroco e Póvoa da Ribeira.
Voltei a passar pela foz do Giraldo e até Castelo Branco, fiz o percurso inverso.
Foram 103 kms de pedalada com a minha "asfaltina", num percurso que adoro fazer, sobretudo, pela sua componente paisagística.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles.
AC
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