Que saudade eu já tinha duma bêtêtada. De sair para o campo a vadiar sem compromissos, nem obrigações!!!
Pouco passava das 08h quando me fiz aos trilhos, com a ideia de ir conquistar o Castelo dos Mouros . . . a torre altaneira do rei Wamba, guardiã das espetaculares Portas de Rodão.
Decidi não fazer um percurso muito direto e por isso, a intenção era pedalar por onde me desse na gana, arriscando uma molha, pois o tempo estava bastante nublado, especialmente para aquela zona.
Passei na Piscina - Praia, Talagueira e Baixo do Maria, para descer à Ribeira da Canabichosa e afrontar a primeira das muitas subidas do dia, ás Benquerenças.
Passei a aldeia e mais à frente na abandonada aldeia do Monte Baixo, fiz uma visita mais em pormenor, pois já há algum tempo que por ali não passava.
Subi ao VG do Canto Redondo e virando à esquerda, rumei aos Amarelos, com passagem pelo apeadeiro do Retaxo, efetuando a primeira paragem do dia na Padaria, para o habitual panike de chocolate com um suminho a acompanhar, colmatando com uma dose de cafeína para mantêr o ânimo e o espírito em alta.
Pedalei até às Sarnadas e paralelo à A23 cheguei ao Vale do Homem.
Em constante sobe e desce, passei o Vale da Pereira e o seu arraial, onde virei o azimute à Aldeia da Tojeirinha, cruzando por duas vezes a Ribeira do Açafal.
Saí da aldeia pela passagem superior da A23 e entrei no estradão paralelo ao IP2 até Alvaiade, onde entrei na Serra do Perdigão, para baixar depois à aldeia do mesmo nome.
Logo de seguida entrei na Serra do Penedo Gordo, pedalando quase até às antenas, e lá no alto, virei à direita, para a Tapada dos Pintos, onde apanhei o estradão que me levou ao cruzamento do acesso ao Castelo.
Por ali me mantive bastante tempo, em pleno repouso, apreciando aquele belo "naco" de paisagem, alimentando-me ao mesmo tempo, pois o regresso á cidade não era própriamente "pêra doce".
Voltei à Tapada do Pinto e já na Serra da Achada, desci a Vila Velha de Rodão, por um estradão com uma inclinação razoável e mau piso, agora agravado com a passagem da maquinaria de limpar aceiros. Foi uma dança, até cá abaixo.
Cruzei Vila Velha de Rodão pelas traseiras da fábrica de celulose com destino ao Coxerro, onde cheguei, após passagem pelos Montes da Revelada e da Lameira.
Chegou a planície e agora, era aproveitar para descansar um pouco e sobretudo rolar, aproveitando o silêncio e a acalmia proporcionada pelos extensos olivais do Vale do Lucriz.
A montanha aproximava-se novamente, com a subida da Ladeira de S. Gens, que desta vez "ataquei" pelo lado das Barreiras.
A visão do VG do Pato, foi reconfortante e de bom augúrio, pois dava-me a informação que apenas já só tinha que vencer a suave Serra das Olelas.
E assim foi. Depois da passagem pelo Retaxo, entrei nas Serra Olelas e subi até ao Posto de Vigia e Complexo Hoteleiro, efetuando uma pausa, lá no alto, para tentar perceber o porquê de tanta maquinaria no local. Ali vai nascer uma nova via, que mais parece uma auto estrada, tal a largura e meios empregues.
Será que ainda vamos ter que pagar portagem para ir às Olelas!!! Huummm!!!
A cidade, lá ao fundo, parecia iluminada, no meio de toda a nebulosidade que preencheu o dia de hoje. Já estava a chegar a casa e o corpinho agradecia, pois já tinha levado "sova" que chegasse!!!
Desci pelo lado do campo de tiro e lá embaixo, cruzando a estrada, entrei no estradão que me levou á Caseta dos Maxiais, onde optei pela antiga N.18 até à passagem da via férrea para o Bairro do Valongo.
Passei à porta da Associação, mas desta vez, nem para lá olhei. O meu conta kms estava quase a indicar os 100 kms. Era mais do que pretendia fazer, quando de manhã dei as primeiras pedaladas. Mas evasão é evasão e o que é fato é que adorei esta minha aventura de hoje.
E vou ter que continuar durante as próximas semanas, pois o meu repto pirenaico já está à porta e vão ser 14 ou 15 dias sem interrupção, portanto, nada de lamúrias e toca a calejar o rabinho e tonificar a musculatura.
E foram mesmo 100 kms que preencheram o meu dia de hoje, na companhia da minha "baixota", na conquista do Castelo do Rei Wamba, uma pequena atalaia situada na porta norte do impressionante acidente geológico cortado pelo Rio Tejo. Este local constitui um excelente ponto de observação de aves e de paisagem.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles.
AC
.o0o.
Clip filme.
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