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"Rota das Azenhas"

Pensamento:
O homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o tenta fazer.
(Charles Dickens)



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Altimetria percurso






Percurso no Google

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Hoje, compareceram o Micaelo e o João Valente do BTTHAL e o Filipe.
Grupo homogénio quanto ao gosto de pedalar e apreciar as belezas naturais da nossa região.
O Micaelo e o João Valente, hábeis manejadores do obturador da digital, dispararam a torto e a direito a tudo o que lhes entrasse pela "retina".
Verdadeiro pessoal do "Stress Off", resolvemos ir à procura de emoções e belas paisagens mesmo que para isso tivéssemos que "arfar" a valer.
Quando cheguei ao P. Infantil da P. Marques, pelas 08h30, já ali se encontrava o João Valente e em conversa, disse-lhe que tinha hoje em mente dois percursos, ambas com alguma espectacularidade no tocante à paisagística, mas também com alguma dureza.
Uma seria para os lados do Ribeiro do Barco e Cabeço do Pico e outra na zona de confluência da Ribeira da Líria e Rio Ocreza, ambos ricos em azenhas e açudes.
Que desperdício de património!!!
Existem tantas organizações "desorganizadas" a defender tudo ou nada, ou melhor, alguns pretensos "subsídiozitos" fundamentados em projectos da "treta" e que, uns nem começam e outros nunca acabam, enquanto o "graveto" estiver à vista.
Que riqueza em património rural e que bem poderia ser aproveitado para fins "lúdicos" e ajudar por pouco que fosse a melhorar o turismo na nossa região, criando condições para que o turismo pudesse usufruir das belezas do nosso interior, que não só palácios e castelos, também eles na sua maioria em forma decadente e desaproveitada, mas não haverá realmente dinheiro, ou será na realidade a vontade!!!
Lá aparece aqui e acolá um passeio pedestre, agora também a ficarem na moda, muitas das vezes não com o intuito de mostrar a beleza das regiões, mas sim de lucrar alguma "coisita" para as despesas do clube, associação, etc..., pois as autarquias estão-se a cortar cada vez mais!!!.
Porque não marcar percursos com placas sinalizadoras à imagem de outros países, ou zonas do país com outros interesses no turismo, divulgá-los convenientemente e incentivar as pessoas a percorrê-los, sem que tenham de pagar por isso, ressalvando as devidas excepções. Melhor que as "marchinhas" do coração com oferta de T-shirts e outros brindes!!!
Dizem que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Talvez?
Mas no que toca ao turismo rural. Que diferença!!!
Qualquer lugarejo tem percursos pedestres e para bicicleta, grátis para toda a gente e que pretende dar protagonismo às suas regiões, mostrar o que de melhor por lá têm.
O lucro vem por acréscimo e de forma consensual através da restauração, artesanato e outros e o interior certamente iria deixando de ser tão interior e a ser conhecido mais pelos do exterior, isto no tocante ao nosso turismo rural, que não o das grandes quintarolas preparadas para receber pessoas a troco de diárias não acessíveis à maioria dos cidadãos portugueses.
Enfim. Já desbafei!!!
Posto isto, o João Valente ficou virado para a zona do Ocreza e foi para aí que rumámos.
Saímos em direcção aos Maxiais, mas passámos ao lado, junto à linha férrea, para apanhar trilhos e caminhos para a Foz da Líria.
Alí nos entretivémos em alegre camaradagem, conversando e fazendo o gosto ao dedo através da objectiva das nossas digitais.
Cruzámos depois a Ribeira da Líria e o Rio Ocreza para atacar a bonita, longa e algo dolorosa subida para a povoação de Calvos.
Uma foto junto à placa toponímica da aldeia e toca a descer para o Ocreza para nos deliciarmos com toda aquela beleza natural, com paisagens que nos fazem sentir pequeninos e diferentes, quando por alí pedalamos.
Alí brincámos e pedalámos um pouco por uns bocaditos algo técnicos e atacámos a barrita energética.
Seguiu-se a indecisão quanto ao melhor local para atravessar o rio, mas cá para mim, a malta não queria era molhar o sapatinho. E a àgua estava tão boa, mesmo à maneira para um "margulho", com diz o "Penatabua".
Depois dumas chapinhadelas com os pés, subimos pelo eucaliptal em subida inclinada e a ser necessário aplicar alguma técnica na sua parte inicial e chegámos ao estradão que nos conduziria à Taberna Seca.
Pretendia-mos descer para o Açude Pinto, conhecido como Moinho da Líria, mas falhámos a entrada.
Ainda tentámos por duas vezes por outros trilhos, mas de ambas as vezes tivémos que voltar atrás, por não ter saída.
Da Taberna Seca rumámos ao Penedo Gordo, virámos à direita para o Cabeço da Barreira, para efectuar aquela "descidita" manhosa para o pontão da Líria e entrámos na cidade pela Cova do Gato, pelas 13h, com 47 kms percorridos.
Um dia para recordar!!!
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Domingo dia 10, pelas 08h30 partida para o Raid ao Castelo do Rei Wamba.

Se queres participar, comparece.

Serão cerca de 80 kms em autonomia e por trilhos espectaculares.

Até lá!
AC

Comentários

rider disse…
Antes de mais os meus parabéns por este espectacular espaço dedicado à nossa paixão, o BTT.
Os filmes "Movie Maker" estão cada vez melhores, fazem-nos parecer estrelas de cinema ;)

Dia 10 de Junho lá estarei para visitar o Castelo do Rei Wamba.
Só não prometo companhia ao pessoal no regresso, é que faz muito tempo que também não viajo de comboio.

Talvez junte o útil ao agradável e vá de bicicleta até ao Castelo do Rei Wamba e venha de Comboio no regresso ;)

Mas às 8h30 lá estarei o resto logo se decide.

Um abraço.

rarn
FMicaelo disse…
Partilho da sua opinião quanto ao desperdicio de património...que pena estar tudo assim votado ao abandono!
Quanto á Rota das Azenhas só tenho uma classificação - 5 *****!
Boa volta para dia 10!

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