Acabado de chegar dumas mini férias nos Alto Pirinéus, lado francês, onde me fiz acompanhar da minha "asfáltica" para dar umas pedaladas em alta montanha, aproveitei a "embalagem" para matar já alguma saudade da minha "trilhadeira", encostada lá no fundo da garagem.
Assim, resolvi juntar-me à malta no Parque Infantil da Pires Marques, o nosso local de partidas e algumas chegadas das lídes betêtisticas.
Domingo, 24
AC, Fidalgo, Nuno Diaz, Jorge Palma, Álvaro e Pedro Antunes, seis companheiros menos escrupulosos aos alertas coloridos, quando a temperatura sobe ou baixa, o vento sopra ou não sopra, mais ou menos forte, resolveram dar umas pedaladas e "trilhar" um acumulado de quilómetros em busca de aventura e divertimento.
Como o AC já tinha chegado ao "Cais", calhou-me mais uma vez escolher um percurso para atormentar a musculatura.


Virámos a sul!!!
Rumámos aos Maxiais, onde não entrámos, optando por cruzar a antiga N.18 para apanhar o estradão que nos levou a mais un apeadeiro conhecido . . . o do Retaxo (Represa) . . . não para apanhar o comboio, mas para tomar o cafézinho matinal no restaurante "O Ramalhete", a sala de espera para quem viaja na REFER e o local de passagem, com paragem obrigatória, para os betêtistas de "baixa competição".


Dois dedos de conversa, um "olho" no jornal desportivo sempre à disposição e lá fomos nós em direcção à bonita aldeia de Amarelos, apesar de amarelos irmos nós de tantas nuvens de "lama em pó" termos já atravessado, normalmente os mais atrasaditos. eh eh eh!!!


Ao chegar o caminho alcatroado que desce para a estação de Sarnadas, uma surpresa, desta vez voltámos à direita para a Carapetosa onde pudemos fazer um teste "in loco" aos travões das nossas monturas na descida para a ponte sobre o Rio Ocreza, que dá acesso às Ferrarias.
O cheiro a "ferodo" inundou a zona e já parados na estreita ponte pudemos constatar que os discos de travões até tinham mudado de cor. Tinham agora uma cor violácea e derreteriam o que lá se encostasse!!!


Umas fotos da praxe, conversa banal e uns "xixizinhos" a grande altitude, com o cuidado de verificar se debaixo da ponte não existiria alguma "célula" do "BOOM" tão querido e desejado na nossa zona, (???) foi o tempo suficiente para arrefecer os "discos" e ganhar coragem para a subida às Ferrarias.


Chegados à aldeia, pedalámos no percurso por mim delineado aquando do meu "Raid", desta vez em sentido contrário, com passagem ainda na Aldeia de Calvos onde se inicía a bonita descida à foz da Líria e consequente subida às Benquerenças, desta vez as "Velhas", quase local de culto da rapaziada do pedal, alguns, cuja "crença" mais não é que a miragem daquela beleza acastanhada do seu casario xistoso em ruínas, agora inserido em paisagem verde desmaiado e aquele belo e pedregoso carreiro entre lages onduladas, que nos faz "babar" de prazer.


Castelo Branco estava à vista e para chegar a casa pouco mais faltava que alguns kms e a ansiada paragem no Bar da Associação do Valongo para o parzinho de bjecas, ornamentado por aquelas sementes de plantas fabáceas, vulgarmente conhecidas por "tremoço", que sempre põe alguém em "deliriun, deliriuns". Não acreditam?? Perguntem ao Fidalgo!!!eheheh


Um percurso circular no trajecto e longo na amizade que une esta rapaziada do pedal, que se junta periódicamente para umas pedaladas de prazer e aventura.
Terça Feira, 26
No passado Domingo, alguém comentou o belo passeio efectuado na terça feira anterior, ainda na minha ausência, ao Castelo do Rei Wamba.
Da malta presente, havia quem ainda não tivesse tido a oportunidade de efectuar esse passeio e outros, queriam repetir.
Assim, AC, Álvaro, Fidalgo, Jorge Palma e Filipe puseram "pés" à obra e mais uma vez rumaram a sul em direcção ao altaneiro Castelo do Rei Wamba, guardião das bonitas Portas de Rodão.


Num percurso mais linear e a pretender evitar alguns contratempos com alguns "ziguezagues" mesmo perdendo alguns belos "carreirinhos" e passagens "suí generis" em povoações algo fora da rede viária, seguimos quase sempre paralelos à A23, ou IP2 até a Alvaiade, onde ainda paralelos à IP2, fomos entroncar na antiga estrada para a Foz do Cobrão para subir à Portela da Milhariça, onde se encontra a passagem superior sobre a A23 e que dá acesso à Serra do Penedo Gordo, onde "palrando" e "bufando" chegámos ao cruzamento para o acesso alcatroado ao Castelo do Rei Wamba.


O espaço agora arranjadinho e bem arejado, impunha silêncio . . . aquelas majestosas paisagens faziam-nos transportar para sonhos inacabados !!!
O Tejo, atragantado à passagem pelas Portas de Rodão, alargava posteriormente ao mesmo tempo que a nossa visão se perdia no horizonte, sempre acompanhada pela linha da Beira Baixa, onde ainda pudemos apreciar o aproximar do comboio, agora em miniatura, criada pela distância e altura a que nos encontrávamos.
A sul, a planície começava a delinear-se com o início do Alto Alentejo e a norte a ondular-se com a Beira Baixa.


Se não fosse de Btt certamente não teria o previlégio de ir ao encontro destes momentos de prazer e comunhão com a natureza, pois de carro certamente e à semelhança de tantos outros, consideraria um desperdício deslocar-me aqui tão perto para apreciar um monumento tão singelo . . . imbuído naquela de . . . lá longe é que é belo . . . o norte, o sul, além, acolá, eu sei lá!!! Mas uma coisa é certa!!! De btt comecei a descobrir lindos recantos que inicialmente só pensava existirem noutros locais e que agora concluí que . . . tantos kms que fiz para ver coisas lindas, é verdade, mas que tão ou mais bonitas temos aqui, neste nosso belo recanto cá bem do nosso interior.


Têm dúvidas??? Apareçam às terças e domingos na Pires Marques, pelas 08h para pedalar. Mas sem as "choraminguices" das subidas, das descidas, dos kms, do tenho que cá estar a horas para ajudar a esposa a descascar as batatas, blá blá blá!!!
Apareçam só para se divertirem, desfrutar e imbuídos de espírito de aventura!!! O resto acontece naturalmente!!! Vão por mim!!!


O regresso fez-se pela Barragem do Açafal em direção à Atalaia e Sarnadas de Rodão onde entrámos nos trilhos iniciais até à cidade. A hora era digna e uma boa refeição esperava-nos certamente, mas antes teríamos que cumprir, é claro . . . com a usual "peregrinação" ao Santuário (Associação) da Nossa Senhora do Valongo, onde sentadinhos "comungámos" por duas vezes após 80 torturosos kms, antes da merecida refeição.


Desta vez conseguimos cumprir a promessa e trazer em harmonia o nosso companheiro Filipe a horas decentes. Batiam as 13h, quando entrámos no perímetro urbano da cidade.
E pronto!
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
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