Depois de uma semana atípica, com a chuva a preencher práticamente todos os dias da semana, não tirei "o rabinho da canastra" mantendo-me sempre na espetativa.
Ontem o dia já convidava a umas pedaladas, apesar do vento um pouco forte, mas hoje, esteve um dia maravilhoso para a prática da modalidade.
E a prova disso, foi o lindo "raminho" que se apresentou nas Docas. 17 companheiros prontos para sujar o fatinho por esses trilhos ainda enlameados e pululados de pequenas charcas de água, que nos faz chegar a casa com outras cores, que não aquelas com que de lá saímos, logo pela manhã e ainda, sujeitos aos "raspanetes" das nossas "Marias".
Já passavam uma "mão cheia de minutos" das 08h00, quando iniciámos as nossas pedaladas, hoje em direção à bonita e neo Barragem dos Tamujais, ali às portas dos longos olivais do Vale do Lucriz.
Malta animada e barulhenta, sempre em alegre cavaqueira, foi o mote durante práticamente todo o percurso.
Saímos da cidade pela zona da Talagueira e hoje, por ser domingo, com a malta do costume a "dar banho à minhoca" nas inquinadas àguas da barragem, que recebe os despejos de várias unidades fabris da zona industrial. O peixe por ali de ser alguma espécie de "amorfo", digo eu!!!
Mal por mal, prefiro o bacalhau escamudo!!!
Nesta zona deparámos com outro numeroso grupo, que me pareceu a rapaziada das "Tílias" e adiantámo-nos, por um trilho mais curto em direção ao Baixo da Maria.
Subimos à Santinha e ladeámos o IP2 até à Represa, onde parámos, no Ramalhete, para a cafézada da manhã.
A passagem seguinte foi pelos Amarelos e depois de cruzar o IP2, seguimos pelas traseiras das Bombas das Sarnadas em direção à pequena represa, junto à estrada de ligação aos Cebolais de Baixo.
A malta gostou e registou o momento com as digitais.
A ideia inicial foi aqui um pouco alterada, relativamente aos trilhos a percorrer, para que se pudesse ganhar algum tempo e minimizar um pouco o sofrimento com um par de subidas que ficaram em standby, para uma outra oportunidade.
Contornámos então parte daquela pequena bacia hidrográfica, até ao paredão, onde a malta se juntou para uma foto de grupo.
Para acelerar um pouco e ganhar algum tempo, seguimos pelo estradão alcatroado pelo Sobral, cruzando os extensos olivais do Vale do Lucriz, passando pelo pequeno povoado e arraial do monte, em direção ao Vale de Pousadas.
Como demorámos um pouco pela barragem, já não entrámos na povoação, seguindo pela Vidigueira em direção à Vinha do Torão, ali mesmo às portas de Alfrívida.
Não entrámos e seguimos para a Quinta da Lameira, para enfrentar a dura subida do Cabeço do Bordalo.
Ultrapassada esta pequena superação, seguimos em direção ao Retaxo, onde tomámos o azimute à Serra das Olelas, que depois descemos por uns carreirinhos já de todos conhecidos até à estrada.
Mais à frente virámos à direita e seguimos pela cumeada do Vale das Quedas até ao Vale da Dona, onde passarmos o Ribeiro do Cinzeiro em direção ao Monte do Rei, que ladeámos, para já com a cidade à vista percorrermos os derradeiros kms e entrarmos na cidade pelo Bairro do Valongo, com 65 kms pedalados numa bela manhã solarenga, apesar de um pouco fria e na companhia de uma boa "ranchada" de amigos.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
O "comandante de dia", António Cabaço começou por "sacar" do baú, um percurso de elevado nível para os apaixonados deste hobby/desporto. Depois conduziu, exemplarmente, um quase pelotão (só faltavam 3), ávido Pelo Puro Prazer de Pedalar, por trilhos, grande parte deles novos para mim e para a grande maioria. Ao juntar a estes ingredientes uma manhã maravilhosa para a prática desta paixão, o resultado só podia ser um: PRAZER
Abraço para todos e até à próxima
Silvério