Hoje foi dia de ir passear a minha "ézinha", na companhia dos amigos Jorge Palma, António Leandro, Nuno Maia e o António, que depois duns treinitos recatados, veio mais uma fez fazer um teste à sua performance. Pois bem! Por enquanto pode ir continuando com os seus treinitos, que nós somos lentitos e trepadores de fim de semana . . . mas nem sempre.
Andar nas calmas, apreciar a paisagem e ir dando ao "lambarão" enquanto pedalamos, é uma opção e não falta de capacidade, para também andarmos a cheirar o rabinho uns aos outros, em bicha de "pirilau". Vemos também na televisão como fazem os profissionais, nas grandes voltas e clássicas de ciclismo. Mas . . . verdade seja dita . . . somos meros cicloturistas, não temos outras aspirações!
Por isso . . . se querem ser corredores e vão fazer testes com cicloturistas . . . algo está errado!!! Gosto de ser cicloturista, mas "de cobaia", fico mesmo fdd!
Já passava das 08h30, quando saímos para a estrada, em direção à Serra do Muradal.
Hoje escolhemos como ponto de passagem, entre outras, a Aldeia das Sarnadas de S. Simão, terra que um amigo nosso, o Silvério, adotou através dos laços matrimoniais.
É uma pitoresca aldeia, situada nas faldas da Serra do Muradal, e cujo nome, parece provir do étimo latino cerno, que significa ver ao longe, uma vez que a serra oferece paisagens únicas, e que hoje, mais uma vez testemunhamos.
A paragem para a matinal dose de cafeína, ficou marcada para o Café do Cabeço do Infante, onde chegamos após passagem pela Taberna Seca e Vilares de Cima.
Entre conversa amena, bolachas e chávenas de café, por ali nos mantivemos algum tempo, pois não temos nada contra o relógio, pelo contrário, gostamos bastante desse instrumento tecnológico, de tal forma, que até o usamos no pulso.
saímos do café e seguimos para as Sarzedas, onde à saída da vila, rumámos à Azenha de Cima, para fazermos o último km até à entrada da Aldeia do Pé da Serra, onde começa a canseira que é subir quase até à aldeia de Sarnadas de S. Simão.
E foi aqui que o António fez a primeira tentativa de mostrar ao pessoal que é um "escalador nato".
Com o "nato" já pode ficar, pois há-de servir-lhe para alguma coisa, mas para trepador! . . . talvez com mais uns treinitos!!! Isto, no que toca à nossa classe de cicloturistas, claro!!! Porque há os "trepadores" cicloturistas . . . e há os outros!!! Até porque nós, nem trepamos, apenas passamos a serra para o lado de lá!
Depois da passagem pelas faldas da serra, entramos na N238, que seguimos até à Foz do Giraldo.
Parámos na fonte ali existente para beber água, encher bidons e comer algo, dando depois início à longa descida à Ribeira do Alvito, nas proximidades do Chão da Vã, apenas interrompida, na Lameirinha e Reta da Esteveira.
Com uma manhã radiante de sol e temperatura amena, o prazer de pedalar estava hoje no auge, depois de tantos dias amargos, com a meteorologia a lixar-nos os planos.
Parámos de novo no Salgueiro do Campo, no café da curva, e na esplanada, demos início a outro tipo de "treino", cuja época começa agora com mais intensidade . . . o das bjecas e das jolas!!! Também é um pouco duro, só que em vez de ser em Watts, é em Decilitros.
Se a tua capacidade máxima, é por exemplo, 350/400 Watts . . . experimenta "mamar" 350/400 Decilitros . . . e já vez qual é mais difícil!!!
Saímos da esplanada do café e subimos ao alto, ao cruzamento para o Freixial e descemos ao Rio Ocreza para enfrentarmos o último local onde os cranks das bikes oferecem mais resistência.
Entramos na cidade na hora ideal para nos dedicarmos ao banhinho retemperador e almocinho com a família, após 82 divertidos kms pelos belos recantos cá do nosso condado.
(se nos divertimos a pedalar, também o podemos fazer a escrever . . . por isso . . . divirtam-se!!! Mesmo com a "conversa da treta!!!")
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
Só tenho é muita pena de não estar por lá para honrar devidamente a passagem deste pelotão de amigos cicloturistas!
Mas, outras oportunidades virão!
Abraço
Silvério