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"VII Peregrinação a Fátima em Btt - Castelo Branco - Constância"

Pelo sétimo ano consecutivo, liguei Castelo Branco a Fátima, em Btt.
Uma obstinação que me faz efetuar, ano após ano, esta bonita peregrinação, calcorreando montes e vales, sempre por um caminho diferente dos anteriores.
Este ano, acompanharam-me o Dário Falcão e o Vasco Soares.
O Vasco, apenas completaria o primeiro dia, com final na fantástica de Santa Bárbara, em Constância.
Pelas 06h00, ainda o dia se estava a espreguiçar, eu e o Dário saímos da porta da minha garagem ao encontro do Vasco, na sua residência, seguindo depois até às Bombas da Galp, defronte da Qta Dr Beirão, onde tomámos o cafezinho . . . este, era mesmo matinal!
Pela antiga N.18, pedalámos tranquilamente até ao nó das Benquerenças, onde entrámos no estradão que ladeia a A23, já com o sentido na padaria dos Amarelos para um delicioso panike de chocolate, um vicio já antigo e já quase abandonado.
Saímos em direção ao Vale do Morgado e passámos pelos Rodeios, aldeia ainda adormecida, onde mais á frente, entrámos no asfalto, que seguimos até Alvaiade, surpreendidos por uma nova aramada, que nos obrigava a andar a saltar com a bike. Não havia necessidade!
Cruzámos a Serra do Perdigão e descemos à aldeia com o mesmo nome, onde efetuámos nova paragem, para beber uma bjeca, das negrinhas, pois o calor já começava a apertar, apesar da manhã ser ainda uma criança!
Abandonámos o local e depois de passar sob o IC8, seguimos para o Vilar do Boi, passando pelas aldeolas de Vale de Figueira, Marmelal e Montinho.
Descemos às Estrumezas e subimos ao VG da Cabeça, onde avistámos a Carepa, que pouco depois cruzaríamos em direção a um bonito local, que particularmente me encanta . . . as ruinas da Azenha de Vermum e o seu bonito single track até à povoação.
A povoação, pequena e de beleza peculiar, não nos deixa indiferentes pelas antigas casas, algumas de xisto e de beleza impar.
Deixámos a aldeia e seguimos para o Juncal, para nos encostarmos depois à A23 até gardete, com passagem pela Silveira, onde deparámos com uma curiosa placa de boas vindas . . ."Welcome to Benvindos à Silveira". Foi um momento engraçado!
Descemos á barragem da Pracana e a paragem foi obrigatória, para apreciar a beleza daquela fantástica bacia hidrográfica.
Subimos à central elétrica e sempre em sentido ascendente, passámos pela Zimbreia e já no alto da serra, seguimos pela cumeada, até descermos para os vales de Rabique e da Estrada.
Voltámos a subir, agora a Serra da Forca, que nos proporcionou paisagens maravilhosas.
por trilhos fantásticos, fomos pedalando pelo Vilar da Lapa, Vale do Pessegueiro, vale Esteveira e Vale do Grou, onde viemos a cruzar a Ribeira de Eiras.
Era já uma bela hora para se almoçar e ainda faltava subir a Mação, o que fizemos por trilhos delineados entre vegetação rasteira, até à derradeira subida à vila.
Almoçamos na esplanada do restaurante da residencial Mansinho, onde já ficara alojado em ano anterior, também numa peregrinação a Fátima.
Como desta vez havia mais tempo para desfrutar  e estávamos bem dentro do planeado, resolvemos almoçar, como gente de bem. Para muito desgaste físico, há que repor em condições.
Eu e o Dário, ficámos-nos por uma bela favada à moda beirã, enquanto que o Vasco, se contentou com meio franguinho.
Comemos até atestar e bebemos umas bjecas fresquinhas. O problemas das rugas, ficou resolvido, o resto, logo se veria!
Almoçamos bem e sem stress de tempo, quase deu para uma sestinha!
Com o bandulho bem atulhado, lá pegamos nas nossas meninas grossalhudas e seguimos viagem.
Por asfalto, seguimos para o Penhascoso, passámos pela Queixoperra e, lá no alto das Fontainhas, descemos ao vale Formoso.
Passamos pela Carrascosa e descemos para a bonita Barragem da Lapa, onde parámos novamente para apreciar o local e meter uma barrinha energética. As favas, já tinham ido à vida.
Depois do Porto de Mação, cruzámos Entrevinhas  e com passagem pelo Vale do Asno, entrámos no Sardoal.
Fomos visitar a "Bélinha" à residencial, que tanto o Dário, como o Vasco, não conheciam.
Azar . . . saíu-nos uma "Bélinha" de chicote. Cúm catano . . . bebemos uma bjeca e siga!!
Subimos ao Chão dos Maias e pelo Poço Novo, descemos ao asfalto, que seguimos até ao Carvalhal.
A seguir à povoação, vinha um dos momentos do dia, o espetacular single da Brunheta, que nos levaria até à povoação da Ribeira da Brunheta, que tivemos que "trepar" para descer depois para o Carregal.
Agora em sentido ascendente, e que subida, fomos até ao Pico, onde terminava o trilho e começava o asfalto até à aldeia da Carreira do Mato.
Parámos num café, já meu conhecido de outras passagens e famoso pelas suas saborosas sandes de presunto e imperial preta.
estava na hora do Benfica-Porto e o espaço estava um pouco cheio.
Eu mantive-me fiel à imperial preta, o ex-libris daquele café e os meus companheiros optaram pela radler. Bahhh!!!
Seguimos agora para a espetacular praia fluvial da Aldeia do Mato com o vento já a chatear um pouco, depois de um dia bastante acalorado.
Depois da lenta subida a alto da Zambujeira, descemos à aldeia da Medroa, onde virámos à esquerda, já à espera de em qualquer momento vislumbramos a Quinta de Santa Bárbara, um belo espaço de turismo rural, onde eu e o Dário iríamos ficar alojados.
Passámos ainda pela Cavada velha e Casal da Eira Velha, antes de chegarmos ao Centro de Ciência Viva, que tivemos que ladear, por o caminho que planeara estar cortado e com nova aramada.
Contornámos aquelas instalações e descemos finalmente à Quinta.
Fomos bem recebidos e ficámos abismados com a beleza daquelas instalações.
O mobiliário era qualquer coisa de espetacular.
O bar deixou-nos de boca aberta . . . e aproveitamos para beber mais uma bjeca.
entretanto a esposa do Vasco chegou ao local e trazia os nossos sacos com a roupa para o final do dia.
O Vasco tomou banho, despediu-se da malta e regressou a Castelo Branco.
Encostámos as bikes e fomos para o quarto, previamente reservado, tomar o banhinho retemperador.
Fomos depois escolher a ementa para o nosso jantar e pelas 09h30 sentámo-nos à mesa numa fabulosa sala quinhentista, que nos deixou de boca aberta.
Um jantar que demorou duas horas e meia, em comida bem confecionada e bem apaladada, bebericando um "Chaminé alentejano" . . . sumarento, maduro e de fácil beber.
A conversa também saía fácil, a amizade ajudava e o momento . . . esse . . . fica para mais tarde recordar!!!
São estes dias e estes momentos, que me mantêm vivo e é por isto que gosto de btt . . . da aventura, do convívio, do puro contato com a natureza.
Pedalamos durante 127 kms até ao final do dia. Poderia chamar-lhe uma grande maratona, uma extreme, uma épica, ou outra treta qualquer, pois tivemos que enfrentar grandes desníveis. Mas a nossa vitória, ou pelo menos a minha, foi poder contemplar toda aquela magnitude paisagística, passar por belos recantos, aldeias com peculiar encanto e conhecer novas gentes e outros locais.
É esta simplicidade que me move e, enquanto puder, é o que farei, a solo ou acompanhado.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles
AC

Comentários

Silvério disse…
Magnifico primeiro dia da VII Peregrinação a Fátima em BTT! Juntando a esta detalhada e fiel reportagem, o conhecimento de alguns lugares por onde se desenvolveu, até cheguei a sentir que também vos acompanhava!
Grande Abraço para Todos
Silvério

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