Avançar para o conteúdo principal

Aventura pela Sierra de Gata e de los Angeles"

No passado domingo foi dia de juntar um bom lote de amigos e partir à aventura para a sempre mítica Sierra de Gata, com as suas fantásticas trialeiras e calçadas romanas.
Alinharam o meu irmão Luís, Dário Falcão, Álvaro Lourenço, Pedro Ferrão, Domingos Ladislau, Zé Castro, Leonel e Paula Pita.
Saímos da cidade pelas 06h00 ao encontro do Ferrão, Domingos e Zé que foram assentar arraial às Aranhas.
Já pelas 07h00 e com a malta toda reunida, seguimos para o Camping de Gata, o local de partida e chegada desta nossa aventura.
estacionámos as viaturas e preparámos as bikes e restante material e fizémo-nos aos trilhos.
percorridas duas centenas de metros, o pedal esquerdo da bike da Paula, resolveu ficar agarrado a sapato soltando-se do eixo.
Acabou por ter sorte, pois o Leonel tinha na carrinha um par de pedais suplente e respetivos cleats.
Depois do problema resolvido continuámos em direção à Aldeia de Gata.
Depois de uma breve subida entrámos no primeiro single do dia, onde a Paula numa manobra esquisita, mandou o conta quilómetros às ortigas, numa pequena levada que ladeava o trilho.
Foi um fartote!!!
Encontrado o aparelho seguimos até à castiça Aldeia de Gata, onde fizemos a primeira paragem para abastecimento, mais líquido que sólido, com umas boas "cañas" acompanhadas com tortilhas.
Por asfalto, subimos a arroyo e entrámos num single estreito e pedregoso, ladeado de silvas que acabaram por tatuar quase toda a rapaziada.
O estreito e adrenalínico trilho, pedregoso e estreito levou-nos a uma bonita "hacienda", mesmo ali, aos pés da solitária e altaneira Torre de la Almenara.
Seguimos depois um curvilíneo trilho a ladear a encosta até Cadalso, onde não entrámos, seguindo para Descargamaria, ladeando o bonito Rio Árrago.
Na bela povoação, abancámos na esplanada do Bar El Molino e refrescámo-nos com mais umas "cañas" acompanhadas duns "pinchos", para a coisa não ficar tão líquida.
Estava já na hora de abocanhar algo mais sólido, à laia de almoço.
Seguimos para Robledillo de Gata, uma encantadora aldeia, à entrada do vale de Árrago, onde parámos para comer no Bar Lua, recentemente recuperado e com um estilo antigo e muito bonito.
Não poderíamos ter escolhido melhor o local para almoçar. Toda a malta gostou.
Mas se até ali o percurso não teve grande dificuldade, sair de Robledillo, foi algo mais complicado.
Iniciámos a subida por uma estreita e panorâmica estradinha com início junto à praia fluvial para entrarmos seguidamente numa calçada romana com cerca de 3 kms, à meia encosta pelo Vale de Árrago, até ao Alto de la Golosa.
Seguimos depois pelo estradão, pela cumeada da Serra de Robledillo até ao Pico Vela, que separa a Sierra de Gata da Sierra de los Angeles e parque natural de las Hurdes onde entrámos num dos momentos altos do dia, a descida em trialeira à Praia Fluvial de Ovejuela.
Foi um assombro, com toda a malta a babar-se por ali abaixo e a descarregar adrenalina.
Parámos num bar, onde bebemos mais unas cervezitas Mahou, bem instalados na esplanada do 1º. andar, com vistas soberbas sobre as serranias em volta.
A quilometragem desta aventura aproximava-se da centena de kms e fruto de alguns contratempos, era hora de acelerar um pouco por asfalto.
Rumámos a Torrecilla de los Angeles, onde voltamos a entrar nos trilhos até Hernan Perez.
Mais um pouco de asfalto até à vista de Santibañez el Alto, e que alto!
Já a escasso kms da aldeia, virámos à esquerda e arfámos bem por umas subidas de boa ascendente, até entrarmos noutro soberbo single track até á entrada da povoação, onde nos esperava uma acentuada subida em cimento, com tal inclinação, que tive de me chegar à frente no selim, de tal maneira, que estava a ver que era "violado" por este.
Quando pensávamos que já estávamos aliviados das subidas, eis que surge uma estreita ruela em direção à Fortaleza de San Juan de Máscoras, um local idílico e com uma brutal panorâmica sobre o vale e Embalse de Borbollón, já às portas de Moraleja.
bebemos água fresca que jorrava lá msmo no alto de uma fonte e descemos a serrania, inicialmente por estreitas ruelas pelos muros do castelo, até entramos noutra trialeira em calçada romana, que deixou a malta toda a necessitar de juntar a ossada com arames.
Chegámos à Torre de S. Miguel depois de curtir mais uns singles manhosos e aqui o Domingos viu-se a braços com um furo que trazia na roda da frente da sua bike e que não queria vedar.
Depois do problema resolvido, subimos até ao alto,  em cujo vale se encontrava a Aldeia de Gata, por um caminho bem pedregoso e com imensas regueiras, que nos fez suar a estopinhas.
Descemos à aldeia e seguimos em direção ao camping, onde tínhamos as viaturas.
O meu irmão Luís, regressou logo acasa e pouco depois, seguiram também o Leonel e a Paula.
Eu a restante rapaziada abancámos na esplanada do bar do camping e mandámo-nos a uns belos "bocadillos" e umas bjecas "Estrella Galicia", que nos puseram finos.
Já bem atestadinhos, quer da parte sólida, quer da parte líquida, regressámos à cidade.
O Ferrão o Domingos e o Zé, continuaram, pois ainda iam para o Porto, depois de irem buscar o carro à Sertã, onde o tinham deixado no dia anterior.
São estas aventuras e estes belos momentos de tertúlia que nos dão vida e nos rejuvenescem, partilhando e confraternizando com amigos, daqueles, que mesmo estando longe, estão sempre presentes.
Obrigado malta por mais este dia de grande aventura e soberba tertúlia, ao longo dos 90 kms do percurso, que partilhámos sempre em boa harmonia, excelente camaradagem e puro divertimento.
Até à próxima!
 
Fiauem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Um passeio por lugares muito bonitos, férteis em trilhos para a prática deste hobby e com vistas espectaculares!
Enhorabuena a los participantes!
Saludos

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-